domingo, 15 de julho de 2012

Cores e cores - ANO 02 – Nº 490


CORES E CORES

Foto colhida em Jaguarão, RS, em 19/02/2008.


Às vezes nos damos conta de que nossa criatividade se inspira na criatividade da natureza. Na foto do prédio de Jaguarão, não é simples estabelecer o limite entre a criatividade do ser humano e a da natureza. Não parece que uma é a continuação da outra?

Um domingo de intensa criatividade... e uma e de outra!
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Benjamin (120 anos)

Walter Benedix Schönflies Benjamin nasceu em Berlim a 15 de julho de 1892 e morreu em Portbou a 27 de setembro de 1940. Foi um ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo judeu alemão. Associado à Escola de Frankfurt e à Teoria Crítica, foi fortemente inspirado tanto por autores marxistas, como Georg Lukács e Bertolt Brecht, como pelo místico judaico Gershom Scholem. Conhecedor profundo da língua e cultura francesas, traduziu para o alemão importantes obras como Quadros Parisienses de Charles Baudelaire e Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust. O seu trabalho, combinando ideias aparentemente antagônicas do idealismo alemão, do materialismo dialético e do misticismo judaico, constitui um contributo original para a teoria estética.

Benjamin tinha seu ensaio “A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica” na conta de primeira grande teoria materialista da arte. O ponto central desse estudo encontra-se na análise das causas e consequências da destruição da “aura” que envolve as obras de arte, enquanto objetos individualizados e únicos. Com o progresso das técnicas de reprodução, sobretudo do cinema, a aura, dissolvendo-se nas várias reproduções do original, destituiria a obra de arte de seu status de raridade. Para Benjamin, a partir do momento em que a obra fica excluída da atmosfera aristocrática e religiosa, que fazem dela uma coisa para poucos e um objeto de culto, a dissolução da aura atinge dimensões sociais. Essas dimensões seriam resultantes da estreita relação existente entre as transformações técnicas da sociedade e as modificações da percepção estética. A perda da aura e as consequências sociais resultantes desse fato são particularmente sensíveis no cinema, no qual a reprodução de uma obra de arte carrega consigo a possibilidade de uma radical mudança qualitativa na relação das massas com a arte. Embora o cinema, diz Walter Benjamin, exija o uso de toda a personalidade viva do homem, este priva-se de sua aura.[1]


[1] WALTER BENJAMIN. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_Benjamin. Acesso em 15 jul 2012.

2 comentários:

  1. Muito dileto colega de blogares,
    esta tua série julina, me ensina, mais que a beleza das fotos, que microblogadas são mais lidas que extensos dissertares.
    É algo que tenho que aprender.
    Um domingo onde o 'caliente' resida n'alma.
    attico chasssot

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    1. Amigo Chassot,
      sabes que também estou me encantando com essas pequenas expressões! Antes, ficava muito tenso e estava perdendo a espontaneidade pelo "compromisso" de produzir um texto diariamente.

      Um abraço,

      Garin

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