O PERFUME
ANO 01 – Nº 226
Você já usou um perfume caro? Não me refiro ao perfume de cem ou cento e cinquenta reais. Quero perguntar se você já usou um perfume cujo preço equivaleria ao salário de um ano inteiro?
Pois é, no caminho para Jerusalém, Cristo foi ungido com um perfume deste preço. Tratava-se de um perfume feito a partir de uma planta rara, importada da distante Índia. Mais ainda, normalmente se colocavam quatro ou cinco gotas de perfume sobre a cabeça dos hóspedes quando chegavam, na distante Palestina do século primeiro.
Entretanto, no caso de Cristo, a mulher quebrou o frasco e derramou todo o conteúdo sobre sua cabeça. Esta atitude tem um significado simbólico. No oriente, quando se desejava homenagear uma pessoa distinta, com um brinde, por exemplo, a taça era quebrada para que ninguém mais pudesse fazer uso da mesma. Tinha o significado de que aquela pessoa tinha uma importância única para quem a homenageava. Esta, deve ter sido a intenção daquela mulher que derramou o perfume sobre a cabeça de Cristo.
Lendo este texto que descreve a passagem de Cristo por Betânia em direção à Jerusalém, começo a refletir sobre a homenagem que temos prestado a Deus. Aquela mulher havia ungido Jesus antes de sua ressurreição e antes de saber o quanto ele amava o ser humano, a ponto de aceitar morrer lugar no lugar de todos que criam nele.
Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. (Mc 14.3)
DESTAQUE DO DIA
O Amigo da Onça[2] é um personagem criado por Péricles de Andrade Maranhão (14 de agosto de 1924 - 31 de dezembro de 1961) e publicado em uma charge pela primeira vez na revista O Cruzeiro em 23 de outubro de 1943. Satírico, irônico e crítico de costumes, o Amigo da Onça aparece em diversas ocasiões desmascarando seus interlocutores ou colocando-os nas mais embaraçosas situações.
A criação
O famoso personagem foi criado pelo cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão, em 1943, e publicado de 23 de outubro de 1943 a 3 de fevereiro de 1962. Os diretores da revista O Cruzeiro queriam criar um personagem fixo e já tinham até o nome, adaptado de uma famosa anedota.
“Dois caçadores conversam em seu acampamento:
— O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
— Ora, dava um tiro nela.
— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
— Bom, então eu matava ela com meu facão.
— E se você estivesse sem o facão?
— Apanhava um pedaço de pau.
— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
— Subiria na árvore mais próxima!
— E se não tivesse nenhuma árvore?
— Sairia correndo.
— E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?”
Após a morte do autor, em 1962, o personagem continuou sendo publicado, desenhado pelo cartunista Carlos Estevão, até 1972.
Meu caro Garin,
ResponderExcluirdividia-me em comentar a censura que se faz à mulher que unge Jesus (Não seria melhor vender o perfume e distribuir o dinheiro aos pobres!) e o Péricles. Claro que me acanho em falar ao teólogo. Dico no “Amigo da Onça” que encantou minha juventude. ‘O Cruzeiro’ que nunca comprei (muito menos meus pais) era lido com regularidade. Por empréstimo ou nas surradas revistas que estavam no consultórios médicos ou odontológico, em tempos que não se marcava hora e o atendimento era por ordem de chegada ou por posse pecuniária.
Uma boa semana, na expectativa de nos encontrarmos na mesma.
attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com
Caro Chassot,
ResponderExcluirna minha casa de infância também não se podia comprar "O Cruzeiro", mas a gente lia na casa de parentes e amigos. A primeira coisa que procurava era o Amigo da Onça.
Um abraço,
Garin