O TOPO
ANO 01 – Nº 209
Olhar para o alto, subir o máximo, atingir o topo. Parece que as alturas sempre atraíram a atenção do ser humano em sua sedição de conquistas. Na antiguidade clássica, os montes eram a morada dos deuses. Foi assim na Grécia, onde o Olimpo, pouco mais que uma cochila, era o local onde ficava o Panteão dos deuses da mitologia. Na Bíblia encontramos a comunidade construindo uma enorme torre, a de Babel[1] (Gn 11.1-9), com a qual os seres humanos desejavam atingir as alturas habitadas por Deus.
As constantes excursões na direção do pico dos montes mais altos do planeta carregam consigo esse desejo de estar num lugar tão elevado que somente as divindades habitariam. As nossas ações direcionadas às conquistas mais diversas podem ter uma conexão bastante estreita com essa sede de habitar o Olympus possível.
Nisso não há contradição, mas é necessário cuidado para que essa sede não sufoque o humano que em nós habita, e o que é ainda mais sério, não destrua o humano que habita no outro. Continuaremos todos nossa marcha em direção ao topo, mas, por favor, com ética e respeito ao humano e à diversidade biológica e natural na qual estamos inseridos.
Votos de uma boa quinta-feira!
DESTAQUE DO DIA
O topo do Kilimanjaro[2] (122 anos)
Hans Meyer, Ludwig Purtscheller e o guia Yohana Lauwo alcançam o topo do Kilimanjaro em 6 de outubro de 1889. Kilimanjaro (Oldoinyo Oibor), significa montanha branca em Masai, ou Kilima Njaro, montanha brilhante em kiswahili. Está localizado nas coordenadas 3º07' S e 37º35' E, no norte da Tanzânia, junto à fronteira com o Quénia, é o ponto mais alto de África, com uma altitude de 5 891,8 m no Pico Uhuru. Este antigo vulcão, com o topo coberto de neve, ergue-se no meio de uma planície de savana, oferecendo um espetáculo único. O monte e as florestas circundantes, com uma área de 75 353 ha. Possuem uma fauna rica, incluindo muitas espécies ameaçadas de extinção e constituem um parque nacional que foi inscrito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1987 na lista dos locais que são Patrimônio da Humanidade.
Meu caro Garin,
ResponderExcluirtua trazida da torre de Babel, me faz evocar o dia que uma vez mais, lamentei muito que um dia tenha havido a tentativa daqueles semitas ambiciosos em construir a Torre de Babel. Isso já me prejudicou / prejudica em minha vida. Isso deve ocorrer para bilhões de humanos.
Foi em março do ano passado, quando falei Læreruddannelsen Aalborg do University College Nordjylland. uma escola como nem em sonhos eu imaginara pudesse existir. Minha tradutora teve um desafio tão grande quanto o meu. Não sendo falante de nenhuma língua latina, traduziu para o dinamarquês meu inglês que é muito pobre.
No passado, quando não havia os tradutores como o do Google isso era ainda mais dramático. Acredito que os únicos que lucraram / lucram / lucrarão com a tentativa de chegar aos céus por meio de uma torre são os tradutores e os editores de dicionários.
Agora, convenhamos que Jeová não foi nada misericordioso e muito menos camarada. Poderia apenas ter mandado um tufãosinho ou uma simples soprada sobre a torre. Se não houvesse tomado a radical decisão de embaralhar as línguas (um pedia tijolo e outro alcançava uma pá; um queria água, outro entregava uma corda) e hoje todos falaríamos a mesma língua em todo o mundo. Então, não poder me comunicar melhor com aquelas e aqueles que me ouviam tão atentamente foi doloroso.
Chega de história. O cansaço me vence. Meu dia que começou na madrugada em Porto Alegre, já quase encontra a madrugada em Ponta Grossa.
Um abraço do
attico chassot
Caro Chassto,
ResponderExcluiracho que Deus estava interessado em valorizar a diversidade mesmo. O mundo seria muito monótono se todos tivessem a mesma língua,a mesma cultura etc. Um novo desafio Deus coloca sobre o ser humano: conviver bem com a diversidade de idiomas e culturas.
Obrigado pelo comentário que valoriza a minha postagem.
Um abraço,
Garin