AGENDA

ANO 01 – Nº 244

Recebi um convite para participar de um evento de educação no final desse mês. Abri minha agenda, procurei a data e postei o compromisso com data e horário determinado. Depois voltei para o dia de hoje e fiquei vasculhando os próximos compromissos. Quase automaticamente me vi refletindo sobre o ato de agendar um compromisso. É como se tivéssemos um dia inteirinho à disposição que gradativamente vamos fatiando em pedaços. Às 9h20 aula na turma X, ás 14h banca Y, às 19h10 aula na turma Z e assim por diante. Quando percebemos, nosso dia está todo fatiado como se fosse bolo de aniversário. Inevitável é repensar cada compromisso agendado e se perguntar: essa é mesmo a melhor forma de gastar minha agenda?

Certos dias não tenho dúvidas: são compromissos fixos, assumidos mediante um contrato estabelecido em que a minha parte é o seu cumprimento através de um trabalho ou de uma banca. Mas há outros agendamentos sobre os quais fica a incerteza: era isso mesmo que deveria agendar? Depois de certa idade, a qualidade dos agendamentos necessita ser considerada. Há diversos elementos envolvidos, entre eles, a qualidade da saúde, a expectativa de vida, os compromissos afetivos etc.

No mês de janeiro quase sempre aponto para o calendário e digo para minha esposa: olha um ano inteirinho para a gente gastar. Conforme os meses vão passando procuro avaliar a qualidade desse ‘gastar’ através da agenda cujas páginas vão ficando para trás. Mesmo que tomemos todos os cuidados, sempre corremos o risco de ‘desperdiçar’ uma parte do nosso existir em coisas que não vale a pena: reuniões que não levam a nada; encontros nos quais alguém se ocupa de falar mal dos outros; momentos nos quais somente há lamúrias e por aí afora.

De fato, em qualquer idade é preciso cuidar muito bem do que postamos em nossas agendas. É bem melhor um não que pode não agradar a alguém do que um sim contra a vontade. Nosso existir é muito caro para que alguns preciosos minutos sejam desperdiçados.

Votos de uma boa quinta-feira!

DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Schiller (252 anos)

Johann Christoph Friedrich von Schiller[1] nasceu em Marbach am Neckar a 10 de novembro de 1759 e morreu em Weimar a 9 de maio de 1805, mais conhecido como Friedrich Schiller, foi um poeta, filósofo e historiador alemão. Schiller foi um dos grandes homens de letras da Alemanha do século XVIII, e juntamente com Goethe, Wieland e Herder é representante do Romantismo alemão e do Classicismo de Weimar. Sua amizade com Goethe rendeu uma longa troca de cartas que se tornou famosa na literatura alemã.

Na literatura brasileira e portuguesa Schiller também exerceu influência, inicialmente no poeta romântico brasileiro Gonçalves Dias, que viria a ser o primeiro grande divulgador da obra de Schiller no Brasil. Durante seus estudos em Coimbra, quando interagiu com poetas românticos lusitanos como Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho, Gonçalves Dias iniciou seus estudos de língua alemã e entrou em contato com a tradição literária da Alemanha.

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[1] FRIEDRICH SCHILLER (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Schiller#Amizade_com_Goethe. Acesso em 9 nov 2011.