O LIMOEIRO
ANO 01 – Nº 251
Quando era menino acompanhava minha mãe no plantio de árvores frutíferas. Lembro-me de certa ocasião quando encontramos, no meio do pomar, uma árvore nova. Pelas folhas parecia ser um pé de laranjeira. Fiquei entusiasmado, pois não tínhamos muitos em nosso sítio. Minha mãe foi dizendo logo: “é bom esperar que ela dê os primeiros frutos; só assim poderemos ter certeza de que tipo se trata”. Quando os primeiros frutos foram amadurecendo não me agüentava de curiosidade. Ao prová-los percebi que mamãe tinha razão. Não deu outra – era um limoeiro cujos frutos eram muito azedos. Como já tínhamos vários limoeiros na propriedade resolvemos cortá-lo, para não tirar espaço.
A Igreja do primeiro século enfrentou o problema dos profetas itinerantes, que andavam de igreja, em igreja pregando o Evangelho e se dizendo inspirados pelo Espírito Santo. Muitos desses eram ‘falsos profetas’, que se aproveitavam da acolhida para viverem na ociosidade.
É comum nos entusiasmarmos com pessoas que chegam e se inserem nos grupos dos quais participamos. Bem apessoadas, bem vestidas, muito falantes, vistosas e cheias de novas idéias. O mundo está cheio de pessoas que se aproveitam da boa acolhida que recebem e vão logo fazendo seus discursos, pedindo oportunidade, dando testemunhos de sua própria vida. Cuidado! É bom esperar ‘amadurecer’. Nem todos que usam com facilidade a literatura, manuseiam as redes sociais com tranquilidade ou sabem falar fluentemente diante de um grupo são pessoas que merecem nossa confiança. Há muita gente que são verdadeiros lobos vestidos de cordeiro por todo o lugar. A prudência é o melhor método para verificarmos se a ‘árvore dá bons frutos’ ou se trata de um ‘azedo limoeiro’.
DESTAQUE DO DIA
Nascimento de Vigotski (115 anos)
Lev Vygotsky |
Lev Semenovitch Vygotsky[1] nasceu em Orsha a 17 de Novembro de 1896 e faleceu em Moscou a 11 de Junho de 1934, foi um psicólogo bielo-russo. Pensador importante em sua área, pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Veio a ser descoberto pelos meios acadêmicos ocidentais muitos anos após a sua morte. Para ele, os signos, a linguagem simbólica desenvolvida pela espécie humana, têm um papel similar ao dos instrumentos: tanto os instrumentos de trabalho quanto os signos são construções da mente humana, que estabelecem uma relação de mediação entre o homem e a realidade. Por esta similaridade, Vygotsky denominava os signos de instrumentos simbólicos, com especial atenção à linguagem, que para ele configurava-se um sistema simbólico fundamental em todos os grupos humanos e elaborado no curso da evolução da espécie e história social.
Meu caro Garin,
ResponderExcluiro assunto de minha blogada de terça-feira, a ‘missionária’ que fez uma igreja só para mulheres poderia servir para ilustra o caso do limoeiro. O evangelho não fala em lobos travestidos de ovelha.
Uma muito boa quinta-feira
attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com
www.professorchassot.pro.br
Caro Chassot,
ResponderExcluirconcordo contigo: a ilustração é perfeita. Para se extravasar uma distorção comportamental é possível 'sublimar' na forma de uma 'obra meritória'. O decepcionante é que há um verdadeiro mundo que segue o mesmo caminho, irrefletidamente.
Um abraço,
Garin