NÃO LEIA... É PERDA DE TEMPTO
ANO 01 – Nº 241
Sentado no sofá da sala procuro uma inspiração para escrever a postagem de hoje. O tique-taque do relógio da parede parece me dizer que as horas estão passando e não sei o que escrever. Quanto mais fico ansioso menos a inspiração se mostra amiga. Minha mente passeia pelos diferentes recantos em busca de um assunto: inútil. Nada que presenciei, li ou assisti hoje, parece significativo para que os leitores desse blog possam aproveitar.
Não há o que fazer, então me rendo a impossibilidade de encontrar um tema relevante. Decido compartilhar com a minha angústia diante de uma página em branco. Exatamente, essa página que diariamente me desafia com seu espaço vazio e sedento de algumas palavras. Não adianta subterfúgios, as expressões desaparecem na insignificância de sentido. Permaneço solitário diante da imensidão em branco me inquirindo sobre a inspiração que fugiu. Que teria feito para estar assim tão vazio? Que pecado específico cometi para que a mente tenha se recusado a oferecer um tema, uma ideia, uma expressão? Como se estivesse em um confessionário, vasculho os recônditos de mim mesmo. Faço um exame de consciência pormenorizado, mas não encontro justificativas para essa esterilidade.
Impiedosamente o relógio continua o seu tique-taque com se fossem passos apressados em direção ao momento no qual necessito disponibilizar essa postagem. As letras não combinam, as ideias não se juntam, as imagens não se colam umas às outras e somente a ansiedade aumenta.
Quase desesperado penso no leitor dessa segunda-feira e me pergunto: o que estará buscando aqui? Inútil! Nada é capaz de fazer brotar um texto que faça sentido, que diga algo, que pelo menos demonstre a intencionalidade de dizer.
Infelizmente, como não encontrei a inspiração para escrever qualquer coisa que pudesse fazer sentido, fica aqui o meu registro da impossibilidade de dizer algo. O ser humano é assim, humano no encantamento de palavras bonitas, mas também humano na confissão das frustrações que nos acompanham cotidianamente.
A única mensagem que valha a pena aqui são os votos de uma ótima semana aos leitores e leitoras que me acompanham neste espaço!
DESTAQUE DO DIA
A primeira emissora de rádio[2] no Brasil foi fundada em 20 de abril de 1923, tendo como fundador Edgar Roquete Pinto, na Academia Brasileira de Ciências, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, com o prefixo PRA-A. Logo depois veio a Rádio Clube do Brasil PRA-B, fundada por Elba Dias.
Em São Paulo/SP, a primeira Emissora foi a EDUCADORA PAULISTA, fundada em 1924, e em Belo Horizonte, a primeira rádio foi a RÁDIO MINEIRA, fundada em 30 de maio de 1936. Hoje, lamentavelmente, fora do ar. Mas, a primeira transmissão do Rádio foi no dia 07 de setembro de 1922, durante a exposição comemorativa do centenário da independência. O discurso do então Presidente da República, Epitácio Pessoa, além de ser ouvido no recinto da exposição, chegou também em Niterói, Petrópolis e São Paulo, graças à instalação de uma retransmissora no Corcovado e de aparelhos de recepção nesses locais. Hoje são milhares de rádios espalhadas pelo país, levando alegria, entretenimento e informação para um Brasil de audiência, e principalmente ao ouvinte que sempre fez do Rádio, seu grande companheiro.
Estimado colega Garin,
ResponderExcluiresta esterilidade intelectual é algo que me assalta com frequência. Ela e balizado por uma frase que muito ouvi de minha mãe, em uma casa que havia sete filhos, mais um esposo e ela para alimentar: ¿O que vou cozinhar amanhã?
Isto que nos impusemos: ‘Uma blogada nossa de cada dia!’ é por demais exigente e é natural que muitas vezes não venha a inspiração. De vez e vez, me assalta a pergunta: “¿Qual a pauta do blogue?” Sábados e domingos, que não queremos ‘roubar’ com nosso ‘brinquedinho’ o espaço da família esta dúvida, para mim é mais atroz.
Assim teu texto, que se fez de tique-taques, terminou por cumprir sua razão de ser: uma meditação que faz a madrugada espaço de reflexão.
Com empatia, a admiração do
attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com
www.professorchassot.pro.br
Caro Chassot,
ResponderExcluirnão deixa de ser um sofrimento atroz. Já passei por esses momentos em outras épocas do meu trabalho. No final da década de 1970 e início da de 1980 fazia, ao vivo, um programa de reflexão religiosa às 7h20 (bem cedo) diariamente na Rádio Charrua de Uruguaiana. Algumas vezes ia caminhando com a dúvida na cabeça: dentro de três minutos o microfone estará aberto e eu tenho que dizer alguma coisa além de "bom dia"!
Um abraço e muito obrigado pela empatia!
Garin