Algum tempo atrás assisti ao filme “Fé demais não cheira bem!”. Conta a história de um homem que resolve ganhar dinheiro montando uma tenda de milagres. Sai de cidade em cidade armando uma enorme lona de circo e fazendo pregações inflamadas. Durante os ‘cultos’ fazia orações ‘fortes’. Como resultado destas orações algumas pessoas eram ‘curadas’ de paralisias, dores, etc.
Na verdade, tratava-se de ‘artistas’ que subiam no altar para simular uma cena de enfermidade/cura. Com base nestas curas, o falso pastor arrecadava ofertas polpudas. Numa determinada localidade, enquanto fazia uma de suas ‘orações poderosas’, um rapaz, que não era artista e nem fazia parte do seu grupo se restabeleceu de uma enfermidade grave. O falso pastor entrou em crise.
Apesar de se tratar de uma obra de ficção, no seu conjunto há algo de verdadeiro. As curas e as obras que Deus realiza na maioria das vezes não estão relacionadas com a autenticidade dos seus operadores, mas com a fé genuína da pessoa necessitada. O próprio Jesus afirmava que até as ‘pedras’ poderiam falar do Evangelho de Deus.
Deus escolhe pessoas para desenvolver a sua obra. Mas quando há necessidade, Ele não espera que ‘apareça’ um dos seus escolhidos – realiza sua obra a tempo e fora de tempo.
E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão. (Lc 19.40)
Meu estimado Mestre Garin,
ResponderExcluirontem – ante o comentário da minha mulher de como escurecia mais cedo – brinquei que devíamos fazer preces e ofertar sacrifícios para ‘amarrar o sol’ pois este estava indo embora.
Reportei então a festa do Inti Rami’ que refiro no ‘Ciência através dos tempos’ que honras-me em citar na lateral do teu blogue, quando os sacerdotes conhecendo a aproximação do solstício de inverno, levavam o povo às orações e aos sacrifícios. Algo como narras na blogada de hoje. O abuso da fé de outros já fez/faz/fará espertalhões enriquecer.
Um bom fim de semana
attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com
Caro Chassot,
ResponderExcluirassim como a educação, em muitas circunstâncias está sendo encarada como apenas um negócio, a Religião tem se tornado um "grande negócio", para um grupo de inesclupulosos. Joga-se, impiedosamente, com a simplicidade das pessoas e delas lhes quita os minguados salários que trabalhadores(as) suadamente recebem. É simplesmente nojento!
Um abraço,
Garin