Estou tentando faz tempo. A cada nova convivência com a multidão surgem questionamentos inquietantes. Um, por exemplo, é sobre a multidão de preocupações que cada pessoa alimenta naquele instante. Será que entre essas pessoas há quem esteja sofrendo um grande drama na sua saúde? Será que está pensando que a sua situação não tem remédio? Será que tem alguém cuja situação de vida afetiva a está levando à beira do suicídio? Será que tem alguém aqui, bem pertinho de mim, que cruza comigo nessa esquina da Ramiro com a Oswaldo[2], não sabe como chegar em casa e enfrentar um drama familiar?
Por outro lado, fico imaginando que, caminhando junto comigo há muita gente que carrega milhares de sonhos, de expectativas que vão se realizar logo ali! Há gente que anda do meu lado e leva consigo o desejo de oferecer o acolhimento para uma pessoa cansada! Deve haver alguém nessa multidão que carrega um presente, não daquelas das propagandas, mas daqueles presentes que se oferecem através de um sincero abraço, um sorriso, um beijo, um calor humano! Deve haver gente, que anda com a gente, apressadamente, que carrega junto a ação nobre da ajuda, do socorro, da acolhida...
Tem horas que fico pensando: será que estou louco por pensar/imaginar todas essas coisas (absurdas?) que povoam a minha mente. Puxa vida, será que sou um lunático, totalmente fora da realidade?
Será que eu já enlouqueci e esqueceram de me avisar? Xi... agora fiquei preocupado! [foto][3]
[1] Vias do Bairro Bom Fim de Porto Alegre, RS, Brasil.
[2] Aqui em Porto Alegre temos o hábito de mencionar o nome das ruas apenas por um termo que, pode ser o primeiro, o do meio ou o último.
[3] Foto: disponível em http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://n.i.uol.com.br/ultnot/album/091221_f_033.jpg&imgrefurl=http://noticias.uol.com.br/album/091221_album.jhtm&usg=__GdLyoXlar-adD35i-WIssg-wV0s=&h=500&w=956&sz=157&hl=pt-BR&start=17&sig2=niA3G5PLYRF6RosScG9Bsw&zoom=1&itbs=1&tbnid=7PegWrqJp_RQ0M:&tbnh=77&tbnw=148&prev=/search%3Fq%3Dmultid%25C3%25A3o%2Bna%2Brua%26hl%3Dpt-BR%26newwindow%3D1%26sa%3DG%26gbv%3D2%26biw%3D1024%26bih%3D465%26tbm%3Disch&ei=ps_WTc7-MsLv0gH9zbTcBw. Acesso em: 20 maio 2011.
Meu caro Garin,
ResponderExcluirmesmo em uma situação muito emergencial quanto a computador, não me privei de colocar nas minhas leituras de teu blogue, aqui na Ilha da Magia. Serei, uma vez mais repetitivo: “És um escrevinhador do cotidiano”. Obrigado por parilhares a tua natural (e justificada) demofobia.
Attico Chassot
PS.: Ontem em um encontro de aeroporto com nossos colegas Anelise e Skilero (!) foi gostoso falar para eles de teu blogue.
Floripa, num lindo sábado de maio
Caro Chassot,
ResponderExcluirMuito obrigado pelo teu carinho e cuidado nas leituras do meu blogue. Já te disse e repito: teus comentários honram as minhas escritas nesta mídia.
Meus agradecimentos por comentares o meu blogue com nossos colegas e amigos.
Um grande abraço,
Garin