Em uma parábola Jesus falou sobre a contratação de trabalhadores para a sua vinha. O proprietário saiu de madrugada para a praça onde se contravavam trabalhadores e contratou uma turma, acertando com eles um denário pela tarefa de um dia. Por volta das 9h contratou uma nova turma pelo mesmo salário total. Depois repetiu nova contratação ao meio-dia, e às 15h e finalmente a última turma às 17h. Às 18h voltou para pagar aos trabalhadores e os dispensar. Começando pela última turma pagou um denário, como havia acertado. Quando foi pagar os demais trabalhadores, ouviu a reclamação de que deveriam receber mais por haviam trabalhado mais. O proprietário lhes interrogou: não lhes contratei por um denário? Portanto estou sendo justo com vocês.
É muito provável que nossa atitude seja semelhante à daqueles trabalhadores. Parece que sempre estamos descontentes e insatisfeitos com os benefícios e bênçãos que Deus nos oferece gratuitamente. Estamos com os olhos sempre voltados para o que os outros recebem e nos consideramos lesados por Deus. Seguidamente choramingamos contra Ele com expressões injustas, tais como "Deus não podia ter feito isto comigo!"
Esse sentimento de permanente insatisfação bloqueia nossa comunicação com Deus e empobrece a obra que realizamos. Fazemos as coisas com descontentamento. Vivemos numa época em que os acordos e contratos firmados com as outras pessoas são logo esquecidos e desrespeitados. Transferimos isso para nossa relação com Deus e reclamamos dEle como se fôssemos mais merecedores do que as outras pessoas.
Não são nossas obras que nos credenciam diante dele – é sua busca na “praça do mundo” que nos permite integrarmos sua equipe de obreiros e de obreiras. Transferimos a maneira equivocada como reagimos diante dos compromissos assumidos para nossa relação com Ele.
Mais uma vez queremos tirar vantagem de nossa condição de proximidade com o Deus tentando ser mais merecedores do que as outras pessoas que se juntaram ao grupo muito depois de nós.
“Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?” (Mt 20.14-15)
Meu caro Garin,
ResponderExcluirhoje a ‘voz do pastor’ se adequa (verbo de conjugação ‘feia’ este) ao domingo (¿ou hoje é feriado?). Acho que o vinhateiro foi justo/injusto. Aqueles que mourejaram (preconceito contra os islâmicos) de sol a sol ganharam igual aos que chegaram na nona hora! Gostei do choramingar no texto. Fazia tempo que não ouvia.
Um bom die domini
attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com
Bom dia Prof.Garin!
ResponderExcluirAlgumas palavras do senhor mexeram comigo neste dia de hoje:"Vivemos numa época em que os acordos e contratos firmados com as outras pessoas são logo esquecidos e desrespeitados." Oxalá se nossas palavras valessem como as dos cavaleiros medievais...onde a história se perdeu do mundo real?!
"Transferimos isso para nossa relação com Deus e reclamamos dEle como se fôssemos mais merecedores do que as outras pessoas." É incrível como ainda existem pessoas que se esquecem de Deus e colocam apenas sua religião à frente [como se o Deus fosse outro!] e se julgam melhores ou mais merecedores que os outros!
Desejo um ótimo domingo ao senhor!
Prezada Profa. Thaiza,
ResponderExcluirparece que há uma necessidade, em certas pessoas, de se sentirem mais importantes, mais célebres, mais notáveis, mais tudo... em relação às outras. A lição da humildade não foi apreendida como a maior mestra na arte de aprender.
Um ótimo domingo para ti também!
Garin
Caro Chassot,
ResponderExcluiràs vezes faz bem choromingar, mas quando a causa é justa. Em tratando-se de Teologia há diferentes interpretações sobre a justiça/injustiça, pelo menos no que se refere à relação com Deus.
Bom domingo!
Garin