quarta-feira, 27 de julho de 2011

A CHAVE

Tempos atrás enfrentei um dia especialmente cansativo. Bastante trabalho, a noção de uma semana cheia, várias reuniões, etc. Quando a noite chegou ainda tinha trabalho para realizar. Depois de tudo, cheguei em casa tarde. Ao colocar a chave[1] na fechadura da porta, por um instante me veio aquela noção de ‘repouso’. Puxa, finalmente em casa! Finalmente vou poder relaxar num ambiente de relativa segurança e de muita paz. Ainda dei uma olhadinha na chave antes de girar a fechadura para sentir se era verdade mesmo.
Nem sempre a gente pode ter esta sensação de relativa segurança e de paz. Nem sempre, apesar do cansaço, estamos com o nosso dia convenientemente encaminhado. É comum carregarmos ‘alguns problemas’ dentro da pasta. Tem gente que além dos problemas carrega temores injustificados. Não consegue relaxar. Não consegue ter a tranqüilidade para ‘chegar’ em casa. Nestes casos, os males não vão dentro da pasta, mas dentro de cada um. Não adianta fechar a porta – eles entram juntos para dentro de casa. São prenúncios de noites mal dormidas, pesadelos, insônias...
Quando colocamos a chave na fechadura necessitamos deixar o resto, que não vai na pasta (ou na bolsa), do lado de fora. Há muitas coisas que nos incomodam porque não queremos deixá-las. São como nossas ‘bengalas’. Justificam nossas omissões e nossos equívocos. Quando temos a coragem de assumir estas verdades, experimentamos a sensação de liberdade e de paz.


DESTAQUE DO DIA
Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trânsito[2]

Todos os dias são dias para se tomar precauções contra essa praga que infesta os nossos dias de tristezas. O aumento dos carros, adicionado da imprudência e inabilidade dos seus condutores, mais o descuido de motoristas e pedestres, tem transformado nossas estatísticas em lista de horrores. Recordo do acidente acontecido com o meu filho em 1999, mas que se recuperou milagrosamente depois de ter sido ‘desenganado’ pela equipe médica. Naquele momento valeu a fé e a persistência dos profissionais da saúde do Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre. Entretanto, a lista de famílias que chora a destruição de vidas no trânsito é imensa e com sua dor nos solidarizamos.
PAREM OS ACIDENTES!


[1] Ilustração disponível em http://4photos.net/en/image:146-200138-Chave_3_images. Acesso em 26 jul 2011.
[2] Ilustração disponível em http://tvsolcomunidade.com.br/site/?p=65. Acesso em 26 jul 2011.

5 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    aqui a quarta-feira quase termina. Para ti é quase 17h. Saimos a primeir vez do hotel às 21h30min, a noite ainda ão havia chegado. A temperatura era 35ºC. Passeamos pela Praça Vermeha e tomamos cerveja con hering, vendo o Kremlin. Pode haver maior emoção.
    Neste relato no teu blogue a gratidão pela parceria nesta viagem,
    achassot

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  2. Caro Cahssot,

    fico muito feliz com a tua felicidade. Pela descrição que fizeste é possível imaginar a emoção que está sentindo.

    Obrigado pelo teu cuidado em comentar a minha postagem.

    Bons passeios!

    Garin

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  3. Professor,

    quando a "chave" gira e abre o espaço para que entremos e nos sintamos em paz, é porque há equilíbrio.Palavra "chave" para os tempos atuais...

    Um abraço,
    Zana

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  4. Cara Rosana,

    de fato, essa palavra chave "equilíbrio" representa um grande desafio na era contemporânea.

    Um grande abraço,

    Garin

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  5. Olá caro Norberto, digo, professor Norberto!
    Que genialidade de descrição. Realmente, em meio as turbulências da atualidade, muitos não conseguem perceber a riqueza que é a simplicidade, a natureza. Não saboreiam os pequenos detalhes que tornam a vida mais amável de se viver. Não percebem que cada instante tem seu valor crucial...
    Excelente blog! Parabéns!
    Fica em paz!
    Grande abraço!

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