Entre um semestre e outro acontece o planejamento das atividades educaiconais[1]. Nós, professores(as) precisamos construir o planejamento pedagógico que iremos desenvolver de agosto em diante. É um tempo de preparação: planos de ensino, ementas, objetivos, conteúdos, bibliografias etc. Os estudantes em férias, nem imaginam o trabalho que os professores(as) realizam nesse período. Muitos acham que os mestres estão em gozo de férias.
Pois foi exatamente a preparação que ficou martelando na mente enquanto eu dirigia de volta para casa. Passei a tarde montando planos e aulas para as minhas disciplinas a serem desenvolvidas a partir do mês que vem. Por mais que empreguemos as técnicas da Pedagogia, sobra sempre um resto de dúvidas sobre o que virá. As questões são infindáveis. Quem serão meus alunos(as)? Quais serão suas principais dúvidas? Quê objetivos terão ao cursar a disciplina que ministrarei? Terão maior ou menor dificuldade para compreender minhas aulas?
Um colega, com muitos anos de prática pedagógica falou que sempre sente um ‘frio na barriga’ quando entra pela primeira vez numa nova classe. Aliás, não acontece apenas com ele, mas com a maioria dos professores(as) no início do semestre letivo. Outro colega, que também estava trabalhando com a preparação de planos e aulas dizia que, normalmente somos idealistas quando fazemos os nossos planos. Queremos realizar muito mais e muito melhor do que é possível fazer. Sempre idealizamos e, porque quase sempre não conseguimos realizar concretamente os planos, mergulhamos na ansiedade. A quantidade de questões sem respostas e o cuidado que se tem com o ser humano que estará em nossas turmas nos faz apreensivos, às vezes receosos.
É importante salientar que essa ansiedade não se circunscreve apenas aos prefessores e à preparação de planos e aulas. Ela está presente em todos os processos de preparação. Nossa tendência é planejar para situações que estão muito além do exequível, sejam viagens, construções, investimentos etc. A ansidedade surge exatamente porque, no planejamento, vamos além das nossas possibilidades.
Com os votos de uma boa quinta-feira!
DESTAQUE DO DIA
O julgamento do macaco (86 anos)
Em 21 de julho de 1925, “o professor de biologia John T. Scopes, de 24 anos, foi julgado por violar a lei que proibia o ensino da teoria da evolução nas escolas públicas do Tennessee. "O julgamento do macaco", como ficou conhecido, contrapôs o promotor William Jennings Bryan, candidato derrotado três vezes à Presidência dos Estados Unidos, ao advogado Clarence Darrow e deu visibilidade global ao tema. Scopes foi condenado a pagar a irrisória multa de 100 dólares, mais tarde revogada.”[2]
[1] Ilustração disponível em http://bioftc.blogspot.com/ acesso em 20 jul 2011.
[2] Texto e ilustração: Onde Darwin é só mais uma teoria. Disponível em http://veja.abril.com.br/110209/p_084.shtml acesso em 20 jul 2011.
Meu querido amigo Garin,
ResponderExcluirInteressante algo: esta manhã ganhei as ruas de Paris sem ler tua blogada matinal, pois como previ, o blogger na funcionou no agendamento. Mas pensava em pontos do Plano de ensino de Conhecimento, Linguagem e Ação Comunicativa que estou elaborando no meu lapkopf.
Quanto ao destaque de hoje, assisti um emocionante filme sobre o tema que não lembro afora o nome (Algo como: ‘o vento será tua herança’).
Uma muito boa quinta-feira
attico chassot
Caro Chassot,
ResponderExcluiré impossível um professor, mesmo no Velho Continente ficar isento de pensar no próximo semestre. Com facilidade, "viajamos" para o trabalho mesmo passeando em qualquer parte do mundo.
Um abraço,
Garin