DESCONSTRUÇÃO
ANO 01 – Nº 339
Ontem fomos surpreendidos com o anúncio da morte de mais um ídolo da música popular mundial. Ainda de madrugada chegava a notícia do falecimento, em Los Angeles, de Whitney Elizabeth Houston, cantora que impulsionou a música negra no mundo da pop music. Sua voz poderosa e a habilidade de afinar em tons diferentes faziam dessa cantora uma das maiores expressões mundiais. Ainda jovem desenvolveu uma carreira brilhante e rápida, tornando-se referência no campo da música popular.
Apesar disso, viveu um período de decadência irreversível que a levou ao vício destrutivo. Morreu jovem aos quarenta e oito anos, de forma ainda não explicada, num hotel de Beverly Hills.
Pessoalmente apreciava suas interpretações, mas a trajetória da sua vida, nos últimos tempos, dava notícias de um caminho de desconstrução. Para quem é admirador e está longe fica um questionamento: por que pessoas assim, tão significativas para a cultura do ocidente, têm encontrado esse tipo de final?
Parece, à maioria, que a vida desses ídolos é facilitada pela fama e pela fortuna que amealham com rapidez. Entretanto, contrariamente ao encantamento que produzem nos seus fãs, desencantam-se com a própria existência, desconstruindo-se lentamente.
São episódios assim que nos fazem refletir sobre o significado que construímos para nós mesmos. Com esse lado do existir não há chance para brincadeiras. Os abusos cobram uma conta difícil de ser paga. Quem sabe, as pessoas confundem a natureza do ídolo com a sua natureza: o ídolo é imortal, mas a pessoa, que se tornou base de sustentação desse ídolo, é finita.
Vale pensar sobre o que é imortal e o que é finito em cada um de nós. Nem tudo que faz parte da pessoa desaparece com a morte. Há particularidades que não morrem, tornam-se eternas. Ainda que referenciadas à pessoa, transcende-a porque não são dela: são do existir humano e permanece como sua contribuição.
Com os votos de uma segunda-feira de reflexão sobre o existir e o construir da cada pessoa!
DESTAQUE DO DIA
Nascimento de Malthus (246 anos)
Thomas Robert Malthus nasceu em Rookery, perto de Guildford, a 13 ou 14 de fevereiro de 1766 e morreu em Bath a 23 de dezembro de 1834. Foi um economista britânico. É considerado o pai da demografia por sua teoria para o controle do aumento populacional, conhecida como malthusianismo. Filho de um culto e rico proprietário de terras, amigo de Hume e Rousseau, terminou os estudos no Jesus College de Cambridge a partir de 1784, onde obteve um posto em 1793. Tornou-se pastor anglicano em 1797 e, dois anos depois, iniciou uma longa viagem de estudos pela Europa. Expôs suas idéias em dois livros conhecidos como Primeiro ensaio e Segundo ensaio: "Um ensaio sobre o princípio da população na medida em que afeta o melhoramento futuro da sociedade, com notas sobre as especulações de Mr. Godwin, M. Condorcet e outros escritores" (1798) e "Um ensaio sobre o princípio da população ou uma visão de seus efeitos passados e presentes na felicidade humana, com uma investigação das nossas expectativas quanto à remoção ou mitigação futura dos males que ocasiona." (1803). Tanto o primeiro ensaio - que apresentava uma crítica ao utopismo - quanto o segundo ensaio - onde havia uma vasta elaboração de dados materiais - tinha como princípio fundamental a hipótese de que as populações humanas cresciam em progressão geométrica. Malthus estudou possibilidades de restringir esse crescimento, pois os meios de subsistência poderiam crescer somente em progressão aritmética. Segundo ele, esse crescimento populacional era limitado pelo aumento da mortalidade e por todas as restrições ao nascimento, decorrentes da miséria e do vício.[1]
[1] THOMAS MALTHUS. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Robert_Malthus. Acesso em 12 fev 2012.
Meu caro Garin,
ResponderExcluirquando na noite de sábado fui bombardeado com informações acerca da morte de Whitney Houston, cantora que impulsionou a música dei-me conta que a pop music não é minha paróquia.
Por outro lado quando lemos sobre Malthus certamente evocas de quando falei admirado dele em nossas aulas de Historia e Filosofia da Ciência.
Saudades daquelas manhãs,
attico chassot
Amigo Chassot,
Excluirantes do final do semestre passado encontrei o Alexandre e, ao nos abraçarmos, recordamos nossas saborosas aulas do Seminário... saudades!
Um abraço,
Garin