quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A MATURIDADE
ANO 01 – Nº 327

A idade madura e a idade avançada eram prestigiadas
na Antiguidade. Em Ditos e feitos memoráveis de Sócrates,
Xenofonte (430-355 a.C.) menciona o respeito que
Sócrates (469-399 a.C.) aconselha os filhos a
terem pelos pais e principalmente pelas mães.[1]

Nas diferentes etapas da história da humanidade, a idade avançada foi tratada de forma distinta. Ora valorizada pelo seu conhecimento e pela sua sabedoria, ora desprestigiada por causa da enfermidade e da debilidade física. A maneira como cada sociedade enxerga os seus velhos depende da postura que adota diante do existir.

Quando o foco é a felicidade do viver, os velhos são prestigiados. Eles são os responsáveis por transmitir às gerações mais novas, o caminho que conduz ao paraíso. Possuem as chaves do conhecimento e os únicos que detém a sabedoria, fruto da conjugação do conhecimento com a experiência. Quando o foco é o desenvolvimento tecnológico, a velhice é colocada em segundo plano. Em algumas etapas da história, por causa do seu alto custo, a velhice é encarada como um ônus por causa das enfermidades e do cuidado que demanda.

No texto que encabeça nossa reflexão de hoje, percebemos que na Antiguidade, a idade avançada era prestigiada. Voltada para o conhecimento que levava à felicidade, a sociedade buscava a realização humana como valor final. Os filósofos buscavam encontrar o melhor caminho que garantisse ao ser humano sua realização, independente do volume de produção tecnológica. Assim, o conhecimento se voltava para esse objetivo maior.

É significativo perceber, que a maneira como enxergamos a idade avançada hoje não é única. Reflete o foco que a sociedade globalizada de consumo escolheu para perseguir. Assim, mirando o desenvolvimento tecnológico, valorizamos mais a juventude e a criatividade. A sabedoria fica restrita a pequenos círculos que, como na antiguidade e noutras etapas da história, buscaram a realização humana como fim maior.

Com votos de uma ótima quarta-feira, com sabedoria!
DESTAQUE DO DIA

Último dia em que o sol não nasce

Hammerfest é uma comuna, cidade-porto da Noruega, no condado de Finnmark, com 847 km² de área e 9 157 habitantes (censo de 2004), situada na ilha de Kvalo, a 480 km do Círculo Polar Ártico. Foi criada, como um município, em 1 de Janeiro 1838. É a cidade com mais de 6.000 habitantes mais a norte no mundo. O seu magnífico porto é uma base de pesca baleeira das ilhas Svalbard. Nesta cidade, o Sol não se põe de Maio a Agosto e não aparece de 18 de Novembro a 1 de Fevereiro.[2]



[1] MASCARO, Sonia de Amorim. O que é velhice. São Paulo: Brasiliense, 2004, p.27.
[2] HAMMERFEST. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Hammerfest. Acesso em 1 fev 2012.

2 comentários:

  1. Meu ilustrado colega,
    quando se tem DNA (Data de Nascimento Avançada) só se pode aplaudir as reflexões maduras de hoje,
    attico chassot
    DNA 061139

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    Respostas
    1. Amigo Chassot,

      meu problema é o 'amarelão' da Certidão de Nascimento: quase não dá mais para ler nada.
      Obrigado pelo comentário,

      Garin

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