MANADA
ANO 01 – Nº 335
Quando cheguei ontem ao Buffet, para o almoço, o recinto estava quase lotado. Minha esposa e eu encontramos uma mesa vazia bem junto á parede, mas para chegar até ela, necessitamos passar por entre duas fileiras de mesas. Ao passar por uma delas, esbarrei na bolsa de uma senhora, que estava pendurada na guarda da cadeira. Depois de juntá-la expressei minhas sinceras desculpas pelo incidente.
Quando nos acomodamos em nossos lugares, olhei para a bolsa e verifiquei que se tratava de uma ‘enorme’ bolsa. Imaginei quantas coisas seria possível carregar ali.
Comentando com a Ana o episódio ela fez uma observação que fiquei a pensar. Disse que somente quando a TV exibir uma reportagem falando sobre os danos que uma bolsa tão grande, normalmente repleta de objetos, pode causar na saúde das mulheres, haverá mudança de comportamento. Disse mais, que isso só aconteceria quando alguma grife famosa colocasse no mercado uma nova moda, com bolsas mais leves e de tamanho suficiente para que cada mulher carregasse o necessário.
Dessas observações fiquei pensando em como todos nós reagimos em ‘bando’. A sociedade de mercado, com o seu arauto infalível das modernas mídias, lança modas e costumes e vamos todos seguindo as suas ‘orientações’. Evidentemente, que tudo é pensado e planejado com o objetivo de alcançar os consumidores e ‘prendê-los’ de tal sorte que, qualquer um se sentiria obsoleto se não aderisse à nova moda. Para tanto, são mobilizados altas somas de recursos em campanhas caríssimas que atingem os principais meios de comunicação de massa e as redes sociais.
Obedientes aos novos deuses, nos ajoelhamos diante de seus altares fabulosos representados por sites bem elaborados, vitrines muito enfeitadas, campanhas de TV, rádio, jornais e revistas, caprichosamente envolventes. Como fiéis súditos, depositamos nossas ‘ofertas’ nos ‘gazofilácios’ do mercado e saímos sorrindo felizes com a ‘bênção’ de um novo objeto. Timidamente, uns e outros são capazes de reagir criticamente, rebelando-se contra o engodo da felicidade comprada com cartões de crédito. Há marcas, inclusive, que fazem propaganda sobre as coisas que ‘não têm preço’, mas desejando que seus adeptos comprem as mercadorias com preços pagáveis com aquela marca de cartão. Na maioria nos comportamos como manadas, cuja filosofia de reação é, “onde a maioria vai, vou atrás também!”.
Sonho com o dia em que homens e mulheres poderão se tornar senhores de suas decisões e, de fato, decidir seguindo sua livre e soberana vontade de se realizar plenamente como seres humanos.
Com votos de uma ótima quinta-feira!
DESTAQUE DO DIA
Dia do Zelador
O zelador tem uma grande importância na segurança das pessoas, principalmente nos dias atuais. São eles que zelam das pessoas e do patrimônio de edifícios, sejam comerciais, de apartamentos ou de estabelecimentos como igreja. Além de manter a ordem e garantir a segurança, o zelador é, por natureza, um acumulador de funções, uma espécie de “faz de tudo”. Comumente, é sua responsabilidade tratar da limpeza de seu ambiente de trabalho e entregar correspondências e objetos deixados com ele.[1]
Há, porém, discrepância com relação á data. Alguns comemoram o Dia do Zelador em 11 de fevereiro. De qualquer forma, fica aqui registrada a nossa homenagem a todos os zeladores e zeladoras, pessoas que trabalham para que outros tenha tranqüilidade com relação à limpeza e manutenção.
[1] MENSAGEM DIA DO ZELADOR. Disponível em http://www.grandesmensagens.com.br/mensagem-dia-do-zelador.html. Acesso em 8 fev 2012.
Meu caro parceiro de blogares,
ResponderExcluiruma vez mais convergimos no assunto hoje.
Como, no mundo do consumismo, se faz a estrela da vez.
uma boa quinta-feira
attico chassot
Amigo Chassot,
Excluirisso só demonstra que nossas preocupações são bastante próximas: educação, lutas sociais, sociedade contemporânea etc.
Um abraço. Garin