quarta-feira, 3 de agosto de 2011

AFOGADO
ANO 01 – Nº 145
Domingo passado quando fui movimentar meu carro simplesmente ele não ‘pegou’. Dei a partida uma, duas, três vezes e nada. Como se trata de um veículo novo, e por isso nem adianta levantar o capô para examinar o motor, aguardei um pouco enquanto pensava sobre as causas daquela falha. Na véspera, andei com ele e tudo estava ‘certinho’. Deixei-o no Box como sempre faço todos os dias. Voltei a acionar a chave e nada. Lembrei de uma antiga dica dos mecânicos de antanho: pisa no acelerador e dá a partida. Pronto! Demorou um pouquinho e em seguida, com alegria, pude ouvir o ronco do motor funcionando. Na verdade, estava afogado. Havia mais combustível do que oxigênio na câmara de combustão do motor.

Em tudo precisamos tomar cuidado. Tanto a falta como o excesso pode provocar dificuldades e ‘atrasar’ nosso cotidiano. Corriqueiramente nos preocupamos com as carências. Quando está faltando alguma coisa corremos preocupados buscando a satisfação. Entretanto, quando a realidade é o excesso, nem sempre temos a mesma agilidade na correção das falhas.

Quando trago esse assunto não estou me referindo apenas à realidade física. Quero chamar a atenção para outra dimensão do nosso existir que também é afetado, e muito, pelas carências e pelos excessos. Muito se fala sobre o excesso de liberdade. Se considerarmos a educação de um filho, isso pode se tornar um problema muito agudo na formação do caráter da criança. O excesso de amor pode abafar[1] a pessoa amada e deixá-la completamente dependente de quem a ama. O excesso de confiança pode levar uma pessoa ao desatino, à aventura inconseqüente. Há que se ter cuidado para não ‘afogar’ às pessoas com a nossa preocupação, com o nosso carinho, com qualquer forma de excesso.

Alguém pode dizer que excesso de liberdade, de amor, de carinho, de confiança etc. não se caracteriza por liberdade, amor, carinho ou confiança. Contudo, precisamos convir que encontramos no cotidiano, essas formas de excesso. 

É preciso não ‘afogar’ os outros por causa de nossa ansiedade!

DESTAQUE DO DIA
Liberdade de expressão (23 anos)

No dia 3 de agosto de 1988 a Assembléia Nacional Constituinte do Brasil aprovava o fim da censura, da tortura e concedia a liberdade de expressão[2] em todo o território nacional. Marco fundamental para os direitos democráticos de uma nação, a liberdade de expressão permite a um povo falar de si sem ser proibido e manifestar a sua vontade livremente. Ainda que seja uma adolescente, a liberdade de expressão é que nos permite falar e escrever com a segurança de que nossos direitos serão respeitados.



[1] Ilustração disponível em http://www.correiodemocratico.com.br/2011/04/as-galinhas-tambem-amam/ acesso em 1 ago 2011.
[2] Ilustração disponível em http://josepauloecon.blogspot.com/2010/02/liberdade-de-expressao.html. acesso em 01 ago 2011.

2 comentários:

  1. Muito estimado colega Garin,
    apenas para dizer um adeus à/da Rússia.
    Obrigado pela companhia,
    achassot

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  2. Caro Chassot,

    muito obrigado pela tua constante visita ao meu blog. Com os votos de um bom retorno e de uma viagem tranquila.

    Um abraço,

    Garin

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