segunda-feira, 22 de agosto de 2011



PALAVRA DURA
ANO 01 – Nº 164

Certa vez, durante a realização da “Feira do Livro” de Porto Alegre[1], tomei um livro de poesia numa tenda e comecei a ler um poema em voz alta. Em pouco tempo, havia um círculo de ouvintes espontâneos ao redor. O poema que estava lendo era cheio de palavras agradáveis. As pessoas que passavam pela Praça da Alfândega tinham os seus ouvidos cheios pelos ruídos incômodos da cidade grande. Acredito que a leitura que fazia, soava como um refrigério para a alma dos ouvintes no meio do deserto de balbúrdia. Nada melhor, em nossos dias, do que ouvir palavras agradáveis e bonitas. É alívio para nossos ouvidos cansados.

Nem sempre as palavras de Jesus Cristo representavam refrigério aos ouvidos da gente de sua época. Até mesmo os discípulos reclamavam de algumas de suas preleções. Acontece que a sua pregação não tinha como objetivo acalmar a alma dos ouvintes – queria comprometer a sua gente com o Reino do Pai. Este compromisso implicava em sacrifício e dor. Por isso, ele estava disposto e empenhou sua vida nisto.

Poucos estão dispostos a sofrer pelos outros. Na maioria das vezes queremos apenas ouvir palavras bonitas e agradáveis. Pregações que nos comprometam e nos desafiem ao sacrifício em favor de outras pessoas são muito duras para nós. Entretanto, a mensagem do Reino de Deus não tem meios-termos: fala da justiça nas relações humanas; no amor e na compaixão para com o próximo empobrecido; na transformação de instituições opressivas em agentes de serviço e ajuda. Fundamentalmente, nos desafia a assumir o sacrifício de dar nossa vida para que outros possam ter vida.





DESTAQUE DO DIA

Morte de Juscelino Kubitschek[2] (35 anos)

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em Diamantina, MG, a 12 de setembro de 1902 e faleceu em acidente rodoviário na Via Dutra no município de Resende, RJ, a 22 de agosto de 1976. Médico, militar e político brasileiro foi casado com Sarah Kubitschek, com quem teve as filhas Márcia e Maria Estela. Foi o responsável pela construção de uma nova capital federal, Brasília, executando, assim, um antigo projeto, já previsto em três constituições brasileiras, da mudança da capital federal do Brasil para promover o desenvolvimento do interior do Brasil e a integração do país.


[1] Ilustração disponível em http://www.mundodastribos.com/feira-do-livro-porto-alegre-2011.html acesso em 21 ago 2011.
[2]  Juscelino Kubitschek (ilustração de texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Juscelino_Kubitschek. acesso em 21 ago 2011.

2 comentários:

  1. Meu caro colega Garin,
    apenas um registro: o encantamento pelo o aedo na praça. Isto valeu a blogada
    Com cada vez maior admiração
    attico chassot

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  2. Caro Chassot,
    quando iniciei ao meu aedo não imaginava que haveria repercussão. Pretendia ficar apenas nos primeiros versos. Como percebi o interesse, fui até o final do poema, que era robusto.

    Um abraço,

    Garin

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