QUANDO ACENDO A LUZ
ANO 01 – Nº 149
Ao chegar do trabalho abri a porta do apartamento e acendi a luz[1] da sala. Imediatamente toda a peça se iluminou, permitindo um andar seguro.
O gesto de acender a luz é algo que repetimos dezenas de vezes durante o dia. Entretanto, a gente não se dá conta de que por trás de um simples gesto de acender a luz, um mundo inteiro está girando. Desde os geradores, os técnicos, os vigias, o zelo pelas linhas de transmissão etc, fazem parte de um conjunto de atividades onde pessoas trabalham para que tenhamos a energia na ponta do fio quando dela necessitamos.
Nem sempre, em nossas orações, somos devidamente agradecidos por todas essas pessoas, anônimas, das quais nossa vida depende todos os dias.
A Bíblia nos adverte sobre o compromisso e a responsabilidade que temos para com o nosso próximo: "O Senhor disse a Caim: Onde está teu irmão Abel?" Ele respondeu: "Não sei. Acaso sou tutor de meu irmão?" (Gn 4.9).
Com muita facilidade esquecemos que somos interdependentes uns dos outros. Nossa vida sempre depende de muitas outras vidas. Uma tentação muito forte é pensar que se pode realizar a vida individualmente. Que não se necessita dos outros e que não se precisa compartilhar a vida com ninguém.
Pelo relato do encontro/desencontro de Caim e Abel, Deus nos ensina que somos responsáveis uns pelos outros e o que atinge um, atinge os demais.
"Acaso sou tutor de meu irmão?" Sim, eu sou!
DESTAQUE DO DIA
Morte de Rabindranath Tagore[2] (70 anos)
Rabindranath Tagore, nascido em bengali a 7 de maio de 1861 e morto em 7 de agosto de 1941 possuía a alcunha Gurudev, foi um polímata bengali. Como poeta, romancista, músico e dramaturgo, reformulou a literatura e a música bengali no final do século XIX e início do século XX. Como autor de Gitanjali e seus "versos profundamente sensíveis, frescos e belos", sendo o primeiro não-europeu a conquistar, em 1913, o Nobel de Literatura, Tagore foi talvez a figura literária mais importante da literatura bengali. Foi um destacado representante da cultura hindu, cuja influência e popularidade internacional talvez só poderia ser comparada com a de Gandhi, a quem Tagore chamou 'Mahatma'[3] devido a sua profunda admiração por ele.
Meu caro Garin,
ResponderExcluirleio tua epistola dominical quando relampeja, venta e começa chover.
Nada mais adequado quando trazes em tuas reflexões o fazer ‘quase mágico’ e com tanto envolvimentos de ‘ligar a luz’, que nossos avós não conheceram e que a nossos filhos parece tão natural, que só se dão conta que ele existe, quando há falta de energia.
Obrigado por lembrar-me das responsabilidades para com o outro.
attico chassot
PS.: Tagore, há tempo era um poeta que curtia. Que bom que revivas neste domingo.
Caro Chassot,
ResponderExcluirminha infância foi iluminada por lampiões à querosene. Quando batia um vento era aquele Deus nos acuda, pois seguidamente ficávamos às escuras. Pior ainda quando terminava o combustível. Hoje é tão fácil. Por aqui os relâmpagos também foram assustadores.
Bom domingo!
Garin