QUE DESENVOLVIMENTO?
ANO 01 – Nº 160
Chamou minha atenção, nessa terça-feira, uma notícia veiculada no site “Prensa Latina” sobre uma convocatória que a UNESCO está fazendo para debater e repensar o desenvolvimento, no México. O ocidente está acostumado a debater crescimento, desenvolvimento, progresso, sempre na perspectiva da economia e das finanças. O paradigma dos debates tem levado em conta muito mais os aspectos materiais do desenvolvimento do que a dimensão humana. Essa convocatória chama a atenção para a necessidade de repensar esse paradigma e buscar uma dimensão ética diferente, ancorada nas necessidades humanas. Enfim, o humano do ser humano começa a se tornar ponto focal dos debates de desenvolvimento. A seguir, reproduzo a notícia da Prensa, com os votos de uma ótima quinta-feira para todas as pessoas que lêem esse blog.
UNESCO convoca no México a repensar o desenvolvimento[1]
México, 16 ago (Prensa Latina) A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) inicia hoje aqui o encontro "Repensando o Desenvolvimento: Ética e Inclusão Social".
O evento, em colaboração com as secretarias de Educação Pública e de Relações Exteriores do México, analisará os urgentes desafios globais sobre sustentabilidade e igualdade.
Também se debaterá sobre a maneira como a Ética pode influenciar nos debates sobre o desenvolvimento, entre outros temas.
De acordo com os organizadores, na medida que o prazo para conseguir os Objetivos do Milênio até 2015 se aproxima, é momento de revisar o conceito de desenvolvimento e se este pode ser atingido por todos sem destruir o planeta.
Durante dois dias, 25 especialistas internacionais e nacionais exporão seus pontos de vista críticos sobre estes assuntos, para além dos enfoques meramente econômicos até agora destacados.
Os participantes ampliarão sobre variados temas relacionados ao desenvolvimento, tanto rural como urbano, e às desigualdades globais, além das alternativas para atingir a igualdade, a justiça e o bem-estar.
Além disso, mostrarão que as dimensões econômicas da ciência do desenvolvimento também exige uma ética sólida, entre outros enfoques sobre as necessidades humanas.
mv/km/es
DESTAQUE DO DIA
Nascimento de Aldo Locatelli[2] (96 anos)
Aldo Daniele Locatelli, nasceu em Villa d'Almè a 18 de agosto de 1915 e faleceu em Porto Alegre a 3 de setembro de 1962. Pintor ítalo-brasileiro, de grande importância no cenário artístico do Estado do Rio Grande do Sul, onde passou a fase final de sua carreira. De família de modestos recursos, não obstante pôde receber uma sólida preparação artística em academias italianas celebradas. Herdeiro das tradições clássicas e renascentistas sistematizadas pela disciplina acadêmica recebeu também influências maneiristas, barrocas e modernistas. A partir disso criou um estilo figurativo original onde se aliaram expressividade narrativa e monumentalidade, em grandes murais e obras de cavalete espalhados pela Itália e sul do Brasil. Abordou preferencialmente a temática religiosa, decorando vários templos no Rio Grande do Sul, mas deixou obras importantes também no campo do retrato e da cena histórica.
[1] UNESCO convoca no México a repensar o desenvolvimento. Disponível em http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=315388&Itemid=1. Acesso em 16 ago 2011.
[2] Aldo Locateli. (texto e ilustração: : "Juízo Final", teto do templo da Igreja São Pelegrini de Caxias do Sul, RS)) Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldo_Locatelli. acesso em 17 ago 2011.
Muito estimado colega Garin,
ResponderExcluirpasso de raspão no chamamento da UNESCO acerca de refletirmos que desenvolvimento é inclusivo, chego ao nosso Locatelli que nos encantamos a conhecer como um ‘ousado’, A via sacra da Igreja S. Pelegrino em Caxias é significativa, quando em uma das estações há uma lata de nescafé jogada em Jesus. Da ‘santa ceia’ na mesma igreja tinha uma reprodução na sala de jantar de uma das casas que vivi. E ‘a conquista do espaço’ que nos extasiava a contemplação no velho aeroporto Salgado Filho. Em igrejas em Porto Alegre (Lourdes, Santa Terezinha) e no Palácio Piratini há varias obras monumentais deste italiano que se fez gaúcho. Mas de todas há uma que muito contemplei enquanto membro do conselhos superiores da UFRGS: personagens históricas da vida universitária (Pagliolli, André da Rocha...) são ícones das diferentes careiras. Tenho deste mural uma reprodução em minha casa. Por tal teu destaque do dia me envolve.
Obrigado por esta abertura de quinta-feira
attico chassot
Caro Chassot,
ResponderExcluirmuitas vezes nossos afazeres acadêmicos nos desviam e concentram demais a atenção. De vez enquanto, pelo menos, temos que olhar para esse pessoal que nos encanta com suas obras e através delas nos transmitem uma visão crítica da realidade.
Um abraço,
Garin