FAZER-SE PAI
ANO 01 – Nº 156
A fragilidade nas relações entre pais e filhos[1], parece ser uma característica de diferentes culturas. Cingindo-se da responsabilidade de ser ‘esteio’, boa parte dos pais tem dificuldades para construir uma aproximação mais afetiva com seus filhos. Pior, muitos têm exagerado na dose de autoridade, tornando-se autoritários.
No passado, o respeito à autoridade paterna era um direito e um dever. Direito dos pais e dever dos filhos. Hoje, situações de desrespeito têm sido geradas tanto pelo questionamento dessa autoridade, quanto pela provocação de alguns pais. Cresce, nesse meio, um afastamento crivado de distâncias. Carinho, afago, abraço, beijo ficam, com facilidade, riscados da convivência entre pais e filhos.
Tal procedimento, por parte de crianças e adolescentes é, de certa maneira, compreensível. Considere-se a imaturidade dos atores. Entretanto, a provocação, por parte de alguns pais, nos faz pensar sobre a ‘maturidade’ de alguns homens para o exercício da paternidade.
Outra face da questão é a da ‘responsabilidade’. Muitos homens entendem que ser pai é ser o ator que participa da geração dos filhos, e só. Entretanto, este é outro assunto.
Resta-nos alguns questionamentos: como foi ou é nossa postura como pai? Será que temos superado a “tradição” de que pai tem que ser ‘durão’? Será que, nosso sentimento de culpa não nos tem conduzido a um enfraquecimento de liderança e autoridade paterna? Temos nos esforçado para ser ‘gente’ neste relacionamento?
E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. (Ef 6.4)
DESTAQUES DO DIA
Morte de Berthold Brecht (55 anos)
Eugen Berthold Friedrich Brecht[2], nasceu em Augsburg a 10 de Fevereiro de 1898 e faleceu em Berlim a 14 de Agosto de 1956. Destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955. Ao final dos anos 1920 Brecht tornou-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.
Dia dos pais (58 anos)
O Dia dos Pais[3] (no Brasil) ou Dia do Pai (em Portugal) tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai. Seguindo a tradição, nos Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho. Em Portugal é comemorado a 19 de Março. No Brasil, é comemorado no segundo domingo de agosto. Por aqui, a implementação da data é atribuída ao jornalista Roberto Marinho, para incentivar as vendas do comércio e, por conseguinte, o faturamento de seu jornal. Foi comemorado pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953.
[1] Ilustração disponível em http://www.fotosimagens.net/dia-dos-pais.html. Acesso em 12 ago 2011.
[2] Berthold Brecht. (texto e ilustração). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertolt_Brecht. acesso em 12 ago 2011.
[3] Dia dos Pais (texto e ilustração). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Pais. acesso em 12 ago 2011.
Meu caro Garin,
ResponderExcluirbem trazida a tua reflexão acerca do dia dos pais. A fragilidade da relação pais<>filhos pode ser traduzida pela existência de um ‘quarto mandamento para os filhos. Para os pais Javé não se preocupou em legislar, pois parece ser natural o amor dos pais para com os filhos.
Com votos de um domingo comemorativo abençoado
attico chassot
Caro Chassot,
ResponderExcluirbem lembrado a necessidade de mais um mandamento. Distante do decálogo, percebemos que esse amor pelos filhos não é tão 'natural' na contemporaneidade. Precisamos alertar o legislador do decálogo para essa deficiência.
Um abraço,
Garin