domingo, 8 de janeiro de 2012

A CONCHA

ANO 01 – Nº 303

Cenas da infância marcam muito. Jamais poderei esquecer a cena acontecida num “armazém”, como eram chamados os mercadinhos, naquele tempo. Meu pai pediu cinco quilos de arroz. O dono do armazém foi até a tulha, encheu um saco de arroz e o trouxe até a balança. Como faltava um pouquinho, completou até o ponteiro marcar 5Kg, exatamente. Olhou para o papai e então acrescentou mais um pouquinho passando do peso solicitado. Meu pai sorriu e agradeceu feliz o sobrepeso.

Esta cena me vem à memória quando penso no amor de Deus. Estamos acostumados a pensar na justiça divina. Sobre ela não temos dúvida nenhuma. Deus é justo com todos os seus filhos e filhas. Ninguém seria capaz de imaginar algo diferente.

Entretanto, Deus não é apenas justo. Imaginem se Ele sempre fosse exercer a justiça para conosco em todas as circunstâncias. Mesmo depois de perdoados continuamos a cometer pecados. Não haveria salvação para ninguém. A diferença é que Deus além de justo é misericordioso. Exatamente isto.

A justiça corresponde ao peso exato daquilo que o nosso dinheiro deve pagar pela tabela contratada. A misericórdia, melhor, o amor de Deus vai além da justiça. É como se fosse o sobrepeso que o dono do armazém colocou no saco de arroz. A justiça é o equilíbrio. O amor de Deus é o excedente, aquilo que provoca em nós o sorriso, a alegria porque é aquela parte que não temos como pagar. Este excedente é a Graça de Deus que nos chega através de seu filho Jesus Cristo, com uma diferença, pois nesse caso o sobrepeso extrapola o peso original, pois a graça divina é muito maior que a justiça.

Votos de que esse Domingo de Epifania nos permita refletir sobre tudo o que excede os nossos merecimentos, mas que continua a ser necessário para que vivamos nesse tempo de Manifestação!

Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. (Rm 5.18)

DESTAQUE DO DIA

Planetas fora do sistema solar

O Telescópio Espacial Hubble[1] é um satélite astronômico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para a luz visível e infravermelha. Foi lançado pela agência espacial estadunidense - NASA - em 24 de abril de 1990, a bordo do Ônibus espacial Discovery. O Telescópio Espacial Hubble é a primeira missão da NASA pertencente ao Great Observatories Program, consistindo numa família de quarto observatórios orbitais, cada um observando o Universo em um comprimento diferente de onda, como a luz visível, raios gama, raios-X e o infravermelho. Pela primeira vez se tornou possível ver mais longe do que as estrelas da nossa própria galáxia e estudar estruturas do Universo até então desconhecidas ou pouco observadas. No dia 8 de janeiro de 1998, o Hubble captou imagens de Saturno que fortaleceram a teoria da existência de planetas fora do sistema solar.



[1] TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio_espacial_Hubble. Acesso em 7 jan 2012.

2 comentários:

  1. Meu caro Garin, muito impressionante o quanto as balancas dek armazéns e açougues marcam nossas infâncias.
    elas atestavam a (des)honestidade do vendeiro.
    Hoje são algo de museu, pois os novos métodos de aferir massas são 'caixas-pretas' que não sabemos como operam.
    festejo aqui o primeiro comentário que faço com iPad, por isso portador de erros que não sei corrigir, que solicito releves.
    Uma Epifania marcada por revelações!
    Achassot

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  2. Caro Chassot,

    sempre que peso meu prato no almoço fico com uma pulga atras da orelha: será que a tara da balança corresponde à massa do prato vazio. Fico com uma vontade de colocar uma folha de alface no prato e pedir para pesar, mas nunca tive coragem.

    Parabéns pelo iPad... olha a neopatia aí, gente!

    Um abraço,

    Garin

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