O JÚBILO
ANO 01 – Nº 324
Quando Israel foi deportado pelo rei Nabucodonosor em 597 a.C. (2Rs 24.13-14), a sensação de desastre foi enorme. Toda a fé dos judeus se alicerçava em que Jerusalém era uma cidade sagrada e ninguém colocaria suas mãos sobre ela.
A maneira violenta com que Nabucodonosor agiu contra a cidade provocou uma profunda tristeza em todo o povo. Na segunda deportação, acontecida dez anos mais tarde, os atos do rei foram mais cruéis ainda, matando os filhos do rei de Israel e furando-lhes os olhos. A descrença se abateu sobre o povo de tal sorte que não conseguiam acreditar no que estavam assistindo. Uma parte da cidade foi deportada para a Babilônia. Outros fugiram para o Egito e a maior parte permaneceu em Israel.
Os profetas começaram, então, um trabalho de reconstrução da fé, agora não mais baseada na escolha de Israel como povo especial de Deus, mas a partir da mudança de atitude, de um coração convertido, da prática da justiça e do amor.
Não há muitas informações sobre este período, mas através da mensagem dos profetas Ezequiel e Jeremias podemos deduzir que aos poucos o povo foi recobrando a antiga fé no Deus Eterno, o Deus de Abraão, Isac, Jacó.
Quarenta e nove anos depois, Deus respondeu inequivocamente às orações do povo, usando um rei pagão, Ciro da Pérsia, para mostrar a sua glória. Libertou o povo que regressando a Jerusalém reconstruiu o Templo. Foi um tempo de júbilo e de alegria. O povo voltou a cantar feliz e a reconhecer que Javé era um Deus de verdade, não era de pedra e nem de pau, mas de amor, justiça e paz!
Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles. (Sl 126.1-2)
DESTAQUE DO DIA
Morte de José do Patrocínio (107 anos)
José Carlos do Patrocínio nasceu em Campos dos Goytacazes a 9 de outubro de 1853 e morreu no Rio de Janeiro a 29 de janeiro de 1905. Foi um farmacêutico, jornalista, escritor, orador e ativista político brasileiro. Destacou-se como uma das figuras mais importantes dos movimentos Abolicionista e Republicano no país. Foi também idealizador da Guarda Negra, que era formado por negros e ex-escravos para defender a monarquia e o regime imperial. Filho de João Carlos Monteiro, vigário da paróquia de Campos dos Goytacazes e orador sacro de reputação na Capela Imperial, com Justina do Espírito Santo, uma jovem escrava Mina de quinze anos, cedida ao serviço do cônego por D. Emerenciana Ribeiro do Espírito Santo, proprietária da região. Embora sem reconhecer a paternidade, o religioso encaminhou o menino para a sua fazenda na Lagoa de Cima, onde José do Patrocínio passou a infância como liberto, porém convivendo com os escravos e com os rígidos castigos que lhes eram impostos. Aos catorze anos de idade, tendo completado a sua educação primária, pediu, e obteve ao pai, autorização para ir para o Rio de Janeiro. Encontrou trabalho como servente de pedreiro na Santa Casa de Misericórdia (1868), empregando-se posteriormente na casa de saúde do doutor Batista Santos. Atraído pelo combate à doença, retomou, às próprias expensas, os estudos no externato de João Pedro de Aquino, prestando os exames preparatórios para o curso de farmácia.[1]
[1] JOSÉ DO PATROCÍNIO. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_do_Patroc%C3%ADnio#Pseud.C3.B4nimos. Acesso em 28 jan 2012.
Meu caro Garin,
ResponderExcluire... Israel ainda hoje não descansa enquanto nação. Parece uma sina milenar.
Trouxeste nova leitura de José do Patrocínio. Sabia dele muito pouco, Na placa da rua que o homenageia diz ter sido ‘abolicionista’. Imagino o assédio que seu pai — honorável orador sacro — não fazia sobre as jovens serviçais de seu latifúndio, mesmo que como ministro de igreja católica devesse ser celibatário.
Estou lendo ‘Los secretos del imperio Karadima: la investigatión definitiva sobre el escándalo que remecio a la iglesia chilena’ que é algo espantoso.
Um dia quero contar-te dele.
Um bom domingo
attico chassot
Caro Chassot,
ResponderExcluira maioria dos escândalos envolvendo a Igreja (seja católica ou evangélica) é sempre varrida para baixo do tapete; em todas as instituições, especialmente as eclesiásticas, há formas de "abafar" os deslises enquanto se mantém o moralismo de cuecas. Estou curioso pela resenha do livro que estás lendo.
Um abraço,
Garin