TREMENDO
ANO 01 – Nº 320
Depois de mostrar aos visitantes, uma parte bonita do Estado, descemos a Serra Geral. Para isso, optamos pela Rota do Sol por ser uma estrada que oferece paisagens deslumbrantes. Uma viagem tranquila e repleta de cenas bonitas de montanhas e vales. Sobretudo, impressiona a exuberância da vegetação que cobre a encosta das montanhas. Mais ou menos na metade da descida, logo após um viaduto, encontramos um paradouro, do qual é possível enxergar uma grande extensão do vale espremido entre as montanhas. Paramos o carro e fomos apreciar a paisagem.
Entretanto, quando começaram a passar os caminhões carregados e nitidamente acima da velocidade indicada, o viaduto começou a tremer com bastante intensidade. A experiência de sentir o chão treme sob os pés é muito desconfortável, especialmente quando se está sobre uma edificação com mais de sessenta metros de altura.
Acostumamo-nos, com facilidade, a ter nossos pés firmes sobre o chão. É dessa zona de conforto que contemplamos a vida, assumimos posições e tomamos nossas decisões. É desse conforto que analisamos e julgamos a realidade. Quando essa base deixa de ser minimamente estável, tudo o mais se torna relativo. Existir sob essa instabilidade provoca indecisões e o desejo de correr para escapar disso.
Essa experiência me permitiu sentir, de forma muito distante e pálida, o que deve sentir as pessoas que sobrevivem em regiões de constantes abalos sísmicos. Assim também devem se sentir as pessoas cuja situação de vida não apresenta condições mínimas de certezas sobre o futuro, sobre o amanhã.
Corri de volta para o carro em busca do velho e bom chão seguro.
Com votos de uma ótima quarta-feira!
DESTAQUE DO DIA
Dia do Carteiro
Correio é um sistema de comunicação que envolve o envio de documentos, cartas, faturas, contas, encomendas etc. entre um remetente e um destinatário, que podem estar numa mesma cidade ou em lugares muito distantes entre si. A princípio, o serviço postal pode ser privado ou público. Governos podem instituir restrições para que empresas privadas assumam o sistema postal. Desde a metade do século XIX, o sistema postal nacional passou geralmente a ser estabelecido por monopólios governamentais através de um papel pré-pago, que era na forma de estampas adesivas, os selos. Em geral, os monopólios governamentais apenas entregavam as encomendas para prestadoras de serviços, e estas responsáveis pela entrega da encomenda até o endereço correto. Comunicação através de documentos escritos carregados por um intermediário até outro lugar certamente data-se anteriormente a invenção da escrita. Contudo, o desenvolvimento formal do sistema postal ocorreu muito depois.[1]
Na ponta final desse sistema está O CARTEIRO, que recebe a nossa homenagem no seu dia!
Meu caro Garin,
ResponderExcluirprimeiro uma explicação por não deixar comentário ontem. Quando ainda Buenos Aires te acessei a primeira vez, ainda não estavas. O resto de minha ela terça-feira foi marcado pela morte de um amigo, ainda que tivesse dado aulas em duas Universidades, não permitiu comentar tuas mostradas do Rio Grande do Sul à Ana do Iguatemi.
Hoje volto a ler tuas jornadas.
Fico na homenagem ao carteiro, que não é a figura que ‘trazia cartas’ que conhecemos.
Hoje ele traz coisas de bancos e propaganda. É raro um envelope que te é subscritado.
Abraço, agora retornada à Morada dos Afagos,
attico chassot
Caro Chassot,
Excluiros carteiros acabam nos trazendo mais dissabores do que alegrias, não por sua vontade, mas por imposição dos novos tempos imersos na sociedade de consumo.
Um abraço.