SINFONIA
ANO 01 – Nº 321
Antes das seis já tinha preparado o chimarrão. Sentei à varanda para escrever esta postagem e me surpreendi com a sinfonia de sons dos passarinhos. Não sei identificar suas espécies, mas são muitos e fazem muitos sons ao mesmo tempo. Provavelmente são pardais. É claro que não dá para comparar com uma orquestra, que além da profusão de sons, constrói uma harmonia melódica.
Mistura-se à sinfonia, o canto dos bem-te-vis, joão-de-barros e de outros pássaros, como se estivessem saudando o amanhecer da quinta-feira. Aos poucos, a cidade vai acordando com seus sons característicos, de automóveis, de conversas de pessoas que vão em direção aos seus trabalhos etc.
Não diria que uns sons abafam os outros, mas ambos se intercalam e, porque não dizer, se completam. De um lado é a natureza, na forma mais pura, certificando sua presença importante no ambiente urbano. De outro, é a presença do ser humano que, partindo do natural, proporciona as intervenções necessárias para a sua sobrevivência.
Nem a natureza é suficiente para dar conta dos anseios e projetos das pessoas e nem somos suficientes para sobreviver sem a natureza. Não sou adepto da teoria de que é o ser humano que destrói a natureza para sobreviver. Os excessos também acontecem no mundo natural e não são provocados pela ação humana.
É claro que a ambição do ser humano tem sido causa de inúmeras tragédias ambientais com consequências nefastas para si próprio e para a natureza de modo geral. Meu entendimento é o de que ser humano e a natureza acabam encontrando a fórmula da convivência possível. Em ambos os lados há ‘inteligências’ capazes de se construírem e se reconstruírem indefinidamente. Nem catastrofista, nem progressista. Considero-me um sujeito crente e cheio de esperanças, às quais me esforço para construir.
Votos de uma boa quinta-feira, entre sinfonias de pardais e outros sons urbanos!
DESTAQUE DO DIA
Dia da Gula
Gula é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida ou drogas. Para algumas denominações cristãs, é considerado um dos sete pecados capitais. Segundo tal visão, esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. Ela seria controlada pelo uso da virtude da temperança. Entretanto, a gula não é considerada um pecado universalmente; dependendo da cultura, ela pode ser vista como um sinal de status.[1]
Meu caro Garin,
ResponderExcluirque combinação mais original: Chimarrão e pardais.
Ainda esta semana tive pardais como comensais em meu café da manhã. Eles me encantam quando vem disputar migalhas que sobram de nossas mesas.
Uma muito boa quinta-feira em que já retomei a Academia.
attico chassot
Caro Chassot,
Excluirbom saber que as viagens transcorreram bem e que já estás na Morada dos Afagos. Os pássaros também me encantam muito e mesmo ao longo do dia posso perceber seus gorjeares entre os barulhos da cidade.
Um abraço,
Garin