É SÓ UM POUQUINHO
ANO 01 – Nº 312
Estava indo ao supermercado, de carro, quando um veículo a minha frente parou num local proibido e ligou o pisca alerta. Como estivesse interrompendo o fluxo do tráfego, freei o carro e aguardei. Logo uma fila de outros carros parou atrás do meu. Nesse momento, o motorista do carro parado desceu e fez um sinal de positivo acrescentando: “é só um pouquinho!”. Foi possível perceber como ele se dirigiu à porta de um edifício e conversou, pelo interfone, com alguém. Depois, retornou para o veículo, engrenou a primeira e saiu pela avenida.
Fiquei pensando sobre o significado da expressão do motorista, “é só um pouquinho!”. Esse ‘pouquinho’ durou mais um menos um minuto. No meu carro havia três pessoas. Atrás, havia uma fila de mais ou menos uns dez carros. Digamos que houvesse cerca de trinta pessoas envolvidas nesses outros veículos, teríamos, somando os tempos de cada pessoa, desperdiçado no engarrafamento, aproximadamente trinta minutos. As questões inevitáveis são: o que se pode fazer em trinta minutos? O que se pode perder em trinta minutos?
As pessoas da sociedade contemporânea de consumo se acostumaram a pensar exclusivamente nos seus interesses pessoais. Ele precisava de um minuto, mas atrapalhou trinta minutos de outras pessoas com a justificativa de que ele necessitava daquele ‘pouquinho’ de tempo, mas de todos os outros.
A tentação é sempre recorrer à forma mais fácil e menos onerosa para a nossa pessoa. Não imaginamos que todas as outras pessoas também possuem suas necessidades e seus interesses. Como a avenida é um espaço público não posso privatizá-lo com a argumentação de que é só um pouquinho. É possível aprender com a rotina que sempre há mais de uma maneira de encaminhar/resolver as nossas dificuldades.
Quando há boa vontade, sempre é possível fazer o que necessitamos sem atrapalhar o cotidiano dos outros. Já vi situações em que esse ‘pouquinho’ se transformou em mais de dez minutos. Em casos assim, como fica a vida dos demais? Dá para pensar na necessidade dos outros antes de olhar exclusivamente para o nosso interesse individual, particular e egoísta?
DESTAQUE DO DIA
Fundação da Escola Universitária Livre de Manáos (103 anos)
A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) é uma instituição de ensino superior pública brasileira, mantida, pois, pelo Governo Federal do Brasil. É a maior do estado do Amazonas, região norte do Brasil. Instituição de referência de ensino superior, conta com 645 grupos de pesquisa em 65 cursos de graduação. A Universidade Federal do Amazonas é considerada a primeira universidade brasileira, pois originou-se da Escola Universitária Livre de Manáos, criada em 17 de janeiro de 1909[1]. Mesmo com a extinção da Escola, permaneceu a Faculdade de Direito, que deu continuidade ao modelo da atual UFAM. O fato foi registrado em 1995 no Guinness Book, o livro dos recordes.[1]
[1] UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/UFAM Acesso em 16 jan 2012.
Meu caro Garin,
ResponderExcluirquando em dezembro estive em Manaus e visitei, uma vez mais a UFAM, trouxeram-me esta situação de primazia entre as Universidades brasileiras.
Duvidei. Logo depois ratifiquei o título, como fazes hoje no teu blogue.
Um abraço depois de ter vivido a primeira vez experiências sísmicas aqui em Santiago,
attico chassot
Caro Chassot,
Excluirsempre acho que o melhor que uma pessoa pode fazer na vida é ter o maior número de experiências, mas um tremor de terra não é uma experiência muito desejável; ainda bem que já estás de passagem comprada para a Argentina.
Um abraço e votos de menos tremores!