sábado, 14 de abril de 2012

Se correr... - ano 02 - nº 398

SE CORRER...
ANO 02 – Nº 398

Há circunstâncias que envolvem a pessoa num círculo tão fechado que é melhor escapar delas antes de se enroscar. Como diz o ditado popular, “se correr o bicho pega, se parar o bicho come!”. Quase sempre que tomamos uma atitude sem refletir, acabamos pagando um preço alto por essa forma de agir. A pior situação é aquela na qual a pessoa tem um dilema para resolver e, se encaminhar dessa ou daquela maneira, obterá um resultado desastroso. Terá que optar entre a solução ruim e a pior, mas não haverá como sair sem ser afetada.

Quando as autoridades do Sinédrio, conselho superior de Jerusalém do século primeiro, prenderam os discípulos de Jesus, com a intenção de silenciar sua pregação, ficaram nesse tipo de ‘saia justa’. O objetivo era acabar com a seita que fazia grande sucesso na cidade. Já haviam executado o seu líder principal, mas a fama da prática religiosa não cessara. Pelo contrário, parece que havia crescido ainda mais rápido. A prisão de Pedro e de João trouxe, para frente da praça, uma multidão de novos adeptos.

Se mantivessem a prisão dos discípulos teriam a multidão ‘berrando’ junto às suas portas. Se soltassem os presos teria sua autoridade diminuída porque os presos eram considerados contraventores e eles os estariam libertando. Com o intuito de saírem-se menos ‘chamuscados’ da situação, acabaram fazendo ameaças aos discípulos se continuassem a pregar a nova seita e os soltaram.

Isso vale para qualquer situação na qual estejam envolvidas as relações humanas, com menor ou maior valor político. É mais fácil justificar uma distração do que sair de uma situação enrascada, que pode acabar ‘machucando’ a imagem e a posição dos envolvidos.

Que faremos com estes homens? Pois, na verdade,
é manifesto a todos os habitantes de Jerusalém que
um sinal notório foi feito por eles. E não o podemos negar;
mas, para que não haja maior divulgação entre o povo,
ameacemo-los para não mais falarem neste nome
a quem quer que seja. (At 4.16-17)

Com votos de um sábado de trabalho/descanso!
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Schlick (130 anos)

Moritz Schlick nasceu em Berlim a 14 de Abril de 1882 e morreu em  Viena a 22 de Junho de 1936. Foi a figura central do positivismo lógico e do Círculo de Viena. Nascido numa abastada família, estudou física em Heidelberg, Lausana e na Universidade de Berlim com Max Planck. Em 1904 completou sua tese "sobre a reflexão da luz num meio não-homogêneo". Em 1908 publicou "a sabedoria da vida", um volume curto sobre eudaemonismo, a teoria de que a felicidade é o objetivo ético mais elevado. A sua tese de habilitação, "a natureza da verdade de acordo com a lógica moderna", foi publicada em 1910. Vários ensaios sobre estética seguiram-se, nos quais Schlick virou a sua atenção para problemas da epistemologia, a filosofia da ciência, e questões gerais sobre a ciência. Nesta última categoria Schlick distinguiu-se pela publicação em 1915 de um ensaio sobre a teoria especial da relatividade. Também publicou "espaço e tempo na moderna física", um tratamento mais sistemático da física pós-newtoniana.[1]


[1] MORITZ SCHLIK. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Moritz_Schlick. Acesso em 14 abr 2012.

2 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    Gostei dos votos trabalho/descanso!
    Aonde esta o tenue limite entre um em outro?.
    Obrigado pelas sabias reflexões
    bom sábado de . . .
    Ac

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    Respostas
    1. Amigo Chassot,
      o limite está na percepção: há quem descanse trabalhando e há quem trabalhe descansando. Depende da subjetividade da pessoa, não concordas?
      Um abraço,
      Garin

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