segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O CÂNCER
ANO 01 – Nº 234
O final do sábado foi marcado por uma notícia que nos causou tristeza, a todos os brasileiros que, nesses últimos anos, acompanharam o governo do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Foi detectado um câncer na laringe.
É uma enfermidade que tem consumido investimentos significativos em sua pesquisa, mas que ainda não existe um método seguro de prevenção. Outro aspecto a considerar é que quase sempre o seu diagnóstico só é possível depois que ele se instala nalguma parte do corpo.
Tenho acompanhado diversos familiares e amigos que já foram vítimas dessa doença. Alguns se foram em consequência dela. Outros conseguiram se restabelecer e ter a sua vida natural reconquistada. Meu pai teve um câncer linfático com setenta e cinco anos. Fez o tratamento e só faleceu aos noventa e dois de outras causas. Minha irmã também foi acometida dessa enfermidade, fez tratamento e cirurgia e já, há quase um ano, sente-se bem e o acompanhamento médico fala de cura.
Os alertas médicos nos dão conta de que vários fatores são importantes no seu enfrentamento, entre eles, a forma como a pessoa a encara. Os que se deixam abater pelo diagnóstico podem favorecer com isso, um progresso mais rápido da enfermidade. Os que a encaram como um desafio, têm mais facilidade de vencê-la. A maneira de enfrentar o câncer está relacionada com a determinação e a força espiritual como cada pessoa se posiciona diante do seu existir. Quando a ameaça parece ser grande, nossas energias se abatem. Quando as motivações e os objetivos se mostram vigorosos, o enfrentar a enfermidade também se mostra mais confiante.
Resta aqui nossas orações e torcidas para que o ex-presidente possa, mais uma vez, se mostrar vigoroso no enfrentamento da doença.
DESTAQUE DO DIA
Reforma Protestante (494 anos)
A Reforma Protestante[1] foi um movimento reformista cristão iniciado no início do século XVI por Martinho Lutero, quando através da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, propondo uma reforma no catolicismo. Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento. O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo. As consequências resultaram numa abertura ampla do pensamento e da ciência do ser humano e o seu principal elemento foi a tradução da Bíblia para a linguagem vernácula.


[1] REFORMA PROTESTANTE (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante. Acesso em 30 out 2011.

domingo, 30 de outubro de 2011

COM ALEGRIA
ANO 01 – Nº 233
Vivemos num mundo ranzinza. Seguidamente ouvimos choros, lamentos e reclamações. Reclama-se de quase tudo e tudo pode se tornar motivo de lamentos. Um dia desses encontrei uma aluna, adulta, num pranto descontrolado por causa da enfermidade do seu animal de estimação. Alguns ranços se perpetuam por todo o lugar. Há pessoas que têm prazer em se lamentar. Acho até que ficam irritadas quando não possuem um bom motivo para chorar.
Ainda bem que há exceções. Convido a refletir sobre a postura da comunidade primitiva de Jerusalém. Diz a Bíblia que ela experimentava uma forma de viver despojada. Uma característica desta comunidade era reunir-se diariamente no templo. Isto fazia parte do seu trabalho evangelístico. Á porta do templo pregavam o Evangelho e testemunhavam sua fé. O livro de Atos dos Apóstolos nos fala que em cada alma havia temor e os sinais da presença de Cristo iam aparecendo a partir de sua maneira simples de viver. Diz também, que as pessoas repartiam o pão de casa em casa e louvavam a Deus. As refeições eram feitas com alegria e com singeleza de coração. Talvez o surpreendente desta narrativa seja que, a partir desta atitude de vida comunitária, do amor que os unia e da alegria com que faziam suas refeições, “acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”.
Choros, lamentos e reclamações intensos fazem parte de uma comunidade que vive o conflito. Fuxicos, maledicências e desamores são sinais de enfermidade comunitária.  Uma comunidade consegue ter um crescimento consistente, que não desanda, quando possui singeleza de coração e partilha a experiência da vida, com alegria.
Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração. (at 2.46)

DESTAQUE DO DIA
Morte de Lévi-Strauss
Claude Lévi-Strauss[1] nasceu em Bruxelas a 28 de novembro de 1908 e faleceu em Paris a 30 de outubro de 2009, antropólogo, professor e filósofo francês é considerado fundador da antropologia estruturalista, em meados da década de 1950, e um dos grandes intelectuais do século XX. Professor honorário do Collège de France, ali ocupou a cátedra de antropologia social de 1959 a 1982. Desde seus primeiros trabalhos sobre os povos indígenas do Brasil, que estudou em campo, no período de 1935 a 1939, e a publicação de sua tese As estruturas elementares do parentesco, em 1949, publicou uma extensa obra, reconhecida internacionalmente. Dedicou uma tetralogia, as Mitológicas, ao estudo dos mitos, mas publicou também obras que escapam do enquadramento estrito dos estudos acadêmicos, dentre as quais, o famoso Tristes Trópicos, publicado em 1955, que o tornou conhecido e apreciado por um vasto círculo de leitores.


[1] CLAUDE LÉVI-STRAUSS (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Claude_L%C3%A9vi-Strauss. Acesso em 29 out 2011.

sábado, 29 de outubro de 2011

A NANO E A ÉTICA
ANO 01 – Nº 232

Já comentei aqui a minha participação no VIII Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente que se encerrou quinta-feira no IPA[1]. Entre as maravilhas da Nanociência está a descoberta de que é possível partir as moléculas de tal sorte que, mantendo o mesmo volume é possível multiplicar a superfície. Com esse conhecimento em mãos, a nanotecnologia consegue produzir matérias muito mais eficientes, duráveis e quase indestrutíveis. É possível imaginar como isso pode facilitar a vida do ser humano em diversas fronteiras nas quais antigamente era impossível avançar.

Meu entendimento é de que a nanotecnologia é um avanço do presente que se mostra indispensável para o futuro. É possível, por exemplo, inserir um medicamento em um nanotubo de carbono e fazê-lo andar pelo corpo da pessoa até atingir o local infectado por um vírus ou bactéria. De outra sorte, utilizando a mesma tecnologia, é possível produzir materiais praticamente indestrutíveis, como concreto ultra resistentes, cápsula de cabines para carros de competição que podem se chocar em altíssima velocidade sem machucar gravemente o piloto e por aí afora.

Entretanto, toda essa maravilha coloca-nos alguns desafios e preocupações. Se injetar um medicamento numa pessoa, utilizando os nanotubos eles irão até o local da lesão, porém, os que não o atingirem, onde irão parar e o que irão provocar corpo da pessoa? Outra preocupação: posso construir um prédio com um tipo de concreto leve e quase indestrutível, que possibilita a indestrutibilidade das residências, mas quando preciso me desfazer daquele prédio, o que vou fazer com os materiais indestrutíveis?

Hoje, o ser humano já se encontra complicado com a disseminação de objetos e sacolas plásticas, cuja degradação necessita de anos. Imaginem com a produção de outros tipos de materiais quase indestrutíveis, como vamos nos livrar desse lixo. Certamente as gerações futuras não se agradarão de conviver com isso acompanhado de um bilhetinho: “Desculpe os transtornos!”.

Sim, hoje podemos mexer com a natureza com muito mais competência, mas precisamos ter o mesmo nível de competência ética ao pensar naqueles que virão depois de nós. É necessário impedir que apenas a ética do mercado seja aquela que controle a disseminação de produtos e objetos que a natureza não tem condições de degradar.

Acho que precisamos pensar seriamente nisso antes de sair aplaudindo efusivamente o “desenvolvimento” científico indiscriminado.


DESTAQUE DO DIA
Dia Nacional do Livro

Livro[2] é um volume transportável, composto por páginas encadernadas, contendo texto manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a parte principal de um trabalho literário, científico ou outro.

O livro é um produto intelectual e, como tal, encerra conhecimento e expressões individuais ou coletavas. Mas também é nos dias de hoje um produto de consumo, um bem, e sendo assim a parte final de sua produção é realizada por meios industriais (impressão e distribuição). A tarefa de criar um conteúdo passível de ser transformado em livro é tarefa do autor. Já a produção dos livros, no que concerne a transformar os originais em um produto comercializável, é tarefa do editor, em geral contratado por uma editora. Outra função associada ao livro é a coleta, organização e indexação de coleções de livros, típica do bibliotecário. Finalmente, destaca-se também o livreiro cuja função principal é de disponibilizar os livros editados ao público em geral, vendendo-os nas livrarias generalistas ou de especialidade. Compete também ao livreiro todo o trabalho de pesquisa que vá ao encontro da vontade dos leitores.
Contemporaneamente, o livro também é disponibilizado na forma digital.


[1] Para mais informações: http://nanotecnologiadoavesso.org/content/viii-seminario-internacional-nanotecnologia-sociedade-e-meio-ambiente-viii-seminanosoma.
[2] LIVRO (ilustração de texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro. Acesso em 28 out 2011.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MAIS UM BIG BROTHER
ANO 01 – Nº 231
Enquanto aguardava meus alunos fiz um passeio relâmpago pela internet, atrás de notícias fresquinhas. Mais uma vez encontrei a informação sobre a construção de uma nova tentativa de controlar o ser humano em seus comportamentos e atitudes. A sede de poder de governos e comerciantes é tal que a cada novo dia uma engenhoca é inventada para espiar o que homens e mulheres estão fazendo, quando estão fazendo e porque estão fazendo o que fazem. A engenhoca dessa notícia é muito ardilosa e essa minha postagem poderá estar sendo caçada por um laboratório de pesquisas sociais em algum lugar do globo terrestre. Antes de me sentir importante por isso, fica uma dose de preocupação: quem for analisar esses dados terá a isenção necessária de um cientista? Os dados desse tipo de pesquisa poderão dar em nada, mas também poderão cair na mão de inescrupulosos cuja finalidade é atrapalhar a quase insistente liberdade de opinião do mundo contemporâneo. Cito, na íntegra, a notícia da Folha.com:
Cientistas tentam prever o futuro usando dados da internet[1]
Mais de 60 anos atrás, em sua série Fundação, o escritor de ficção científica Isaac Asimov inventou a psico-história, que combinava matemática e psicologia, para prever o futuro.
Hoje, os cientistas sociais tentam garimpar os vastos recursos da internet --pesquisas na web e mensagens do Twitter, postagens no Facebook e em blogs, pistas de localização digital geradas por bilhões de telefones celulares-- para fazer a mesma coisa.
Os pesquisadores mais otimistas acreditam que os "grandes dados" desses estoques vão revelar pela primeira vez as leis sociológicas do comportamento humano, permitindo que eles prevejam crises políticas, revoluções e outras formas de instabilidade.
"Este é um importante passo adiante", disse Thomas Malone, diretor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). "Temos à disposição tipos de dados mais detalhados e mais ricos, assim como algoritmos de previsão, o que possibilita um tipo de previsão que antes era impensável."
O governo americano está demonstrando interesse. Neste verão, uma agência pouco conhecida --a Atividade de Projetos de Pesquisa Avançada de Inteligência, ou Iarpa na sigla em inglês, que faz parte do gabinete do diretor da inteligência nacional-- começou a procurar ideias de cientistas sociais acadêmicos e corporações sobre maneiras de se rastrear automaticamente a internet em 21 países latino-americanos atrás de "grandes dados".
O sistema de coleta de dados automático se concentrará em padrões de comunicação, consumo e movimento das populações. Ele vai usar dados publicamente acessíveis, que incluem pesquisas na web, entradas em blogs, fluxo de tráfego na internet, indicadores do mercado financeiro, webcams de trânsito e alterações em verbetes da Wikipédia
Ele pretende ser um sistema totalmente automatizado, um "olho para dados no céu" sem intervenção humana, segundo a proposta do programa. A pesquisa também exploraria a capacidade de prever epidemias e outros tipos de contaminação generalizada.
Para um crítico, o projeto evoca memórias de um programa do Pentágono pós-11 de Setembro para caçar potenciais ameaças, identificando padrões em acervos de dados públicos e privados.
"Por um lado é compreensível que um país queira rastrear coisas como o aparecimento de uma pandemia, mas devo me perguntar sobre a automatização total disso e o quê de produtivo sairá dele", disse David Price, que escreveu sobre cooperação entre cientistas sociais e agências de inteligência.
Um projeto semelhante da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, ou Darpa, pretende identificar automaticamente redes sociais insurgentes no Afeganistão.
No ano passado, pesquisadores do HP Labs usaram dados do Twitter para prever com precisão as receitas de bilheterias de filmes de Hollywood. Em agosto, a Fundação Nacional de Ciências em Arlington, Virgínia, aprovou verbas para pesquisa usando mídias sociais como Twitter e Facebook para avaliar danos de terremotos.
"Os grandes dados permitem ir além da inferência e da importância estatística e avançar para análises mais significativas e precisas", disse Norman Nie, um desenvolvedor de instrumentos estatísticos para cientistas sociais.
Os cientistas sociais que operam com as agências de pesquisa afirmam que, no balanço, as novas tecnologias terão um efeito sobretudo positivo.
"O resultado será uma compreensão melhor do que acontece no mundo e como os governos locais estão lidando com a situação", disse Sandy Pentland, um cientista do Laboratório de Mídia do MIT. "Eu acho tudo isso muito esperançoso, mais que assustador, porque esta talvez seja a primeira oportunidade real de toda a humanidade ter transparência de governo."
Os defensores da privacidade se preocupam. "Essas técnicas têm dois lados", disse Marc Rotenberg, presidente do Centro de Informação de Privacidade Eletrônica em Washington. "Podem ser usadas com a mesma facilidade contra adversários políticos nos Estados Unidos e contra ameaças de países estrangeiros."
Mas Prabhakar Raghavan, diretor do Yahoo! Labs e especialista em obtenção de informação, notou que prever epidemias de gripe examinando buscas na web pela palavra "gripe" não melhorou significativamente a informação já existente sobre um surto.
Outros pesquisadores são mais otimistas. "Existe uma enorme quantidade de poder de previsão nesses dados", disse Albert-Laszlo Barabasi, um físico especializado em ciência de redes.
"Se eu tiver dados hora a hora de sua localização, posso prever com 93% de precisão onde você estará uma hora ou um dia depois."

DESTAQUE DO DIA
Tenentismo no Rio Grande do Sul (87 anos)
Tenentismo[2] foi o nome dado ao movimento político-militar e à série de rebeliões de jovens oficiais de baixa e média patente do Exército Brasileiro no início da década de 1920, descontentes com a situação política do Brasil. Não declaravam nenhuma ideologia, propunham reformas na estrutura de poder do país, entre as quais se destacam o fim do voto de cabresto, instituição do voto secreto e a reforma na educação pública.
Os movimentos tenentistas foram: a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana em 1922, a Revolução de 1924 e a Comuna de Manaus de 1924 e a Coluna Prestes[3].
O movimento tenentista não conseguiu produzir resultados imediatos na estrutura política do país, já que nenhuma de suas tentativas teve sucesso, mas conseguiu manter viva a revolta contra o poder das oligarquias, representada na Política do café com leite. No entanto, o tenentismo preparou o caminho para a Revolução de 1930, que alterou definitivamente as estruturas de poder no país.


[1] CIENTISTAS TENTAM PREVER O FUTURO USANDO DADOS DA INTERNET. (ilustração de texto). Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/tec/995613-cientistas-tentam-prever-o-futuro-usando-dados-da-internet.shtml. Acesso em 27 out 2011.
[2] TENENTISMO. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_tenentista. Acesso em 27 out 2011.
[3] Ilustração disponível em http://www.brasilescola.com/historiab/tenentismo.htm. acesso em 27 out 2011.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ENSINO ÉTICO

ANO 01 – Nº 230

Quando faltavam quinze minutos para a minha aula de Ética, Sociedade e Meio Ambiente para o curso de Licenciatura em Música do IPA, subi para a minha sala e montei os equipamentos que iria utilizar na aula. Nesse período do ano, a turma está apresentando os seminários. Sempre combino o ensino com a pesquisa e parte desta é a construção de seminários, pelos acadêmicos, sobre temas relacionando a ética ao seu curso.

Na aula de ontem, uma aluna apresentou um seminário sobre o tema da ética no ensino de música fora da escola, aquelas aulas particulares. O estudo foi embasado em diversos casos nos quais a falta de ética é uma prática recorrente. Um professor que ensina canto sem orientar os alunos sobre a postura adequada e sem corrigir a respiração. Outro que não se importa com a maneira correta de utilização das pregas vocais. Um falava sobre o ensino de violão utilizando apenas duas cordas para facilitar o aprendizado do aluno e por aí afora.

A partir da análise desses casos, a turma iniciou um debate sobre a falta de ética no ensino em geral. Foi mencionado o caso de professores que privilegiam alunos por causa de sua beleza física. Outros que perseguem estudantes por causa de preferências e caprichos pessoais. Foi possível analisar diversas situações e confrontar com a maneira adequada de se posicionar eticamente diante de uma turma.

Sobretudo, o debate considerou os diferentes momentos de um período letivo ou acadêmico. Alguns professores se entusiasmam, no início do semestre e imaginam que suas aulas estão agradando porque ele é ‘bonzinho’ com os alunos. Depois que começa o período de provas, muitas vezes a situação se inverte. Alguém que não foi bem numa avaliação pode inverter o seu conceito sobre o mestre.

Nessa altura do debate procurei orientar os acadêmicos no sentido de que é fundamental adotar uma postura ética ao longo de todo o período. Concessões, promessas, liberdades, deslizes e outros tropeços do professor, no início do semestre podem custar-lhe caro quando o conceito que os estudantes lhe atribuem se inverter. Ser ‘queridinho’ da turma pode representar um risco perigoso para quem necessita avaliar a trajetória de crianças e jovens na sua busca pelo conhecimento. É recomendável ter uma postura ética coerente, do início até o último momento. Isso pode representar a isenção necessária para uma avaliação justa.
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Erasmo de Roterdã[1]

Erasmo de Roterdã nasceu em Roterdão a 28 de Outubro de 1466 e faleceu em Basiléia a 12 de Julho de 1536. Teólogo e humanista neerlandês, viajou por toda a Europa. Cursou o seminário com os monges agostinianos e realizou os votos monásticos aos 25 anos, vivendo como tal, sendo um grande crítico da vida monástica e das características que julgava negativas na Igreja Católica. Frequentou o Collège Montaigu, em Paris, e continuou seus estudos na Universidade de Paris, então o principal centro da escolástica, apesar da influência crescente do Renascimento da cultura clássica, que chegava de Itália. Erasmo optou por uma vida de acadêmico independente, independente de país, independente de laços acadêmicos, de lealdade religiosa e de tudo que pudesse interferir com a sua liberdade intelectual e a sua expressão literária. A sua obra mais conhecida, "Praise of Folly" (Elogio da Loucura), foi dedicada ao seu amigo Sir Thomas More. Em 1536 ele escreveu De puritate ecclesiae christianae, na qual ele tentou reconciliar os diferentes partidos. Muito dos seus escritos apelam a uma grande audiência e lidam com assuntos do interesse humano geral.


[1] ERASMO DE ROTERDÃO (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Roterd%C3%A3o. Acesso em 26 out 2011.


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CONVITE ESPECIAL

O Curso de Licenciatura em Filosofia do IPA e os seus acadêmicos promovem, mensalmente, o Café Filosófico. Colo abaixo o convite para a atividade do próximo sábado:



quarta-feira, 26 de outubro de 2011


O MUNDO MINÚSCULO
ANO 01 – Nº 229

Participo do VIII Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente. É um mundo tão minúsculo que exige equipamentos de altíssima tecnologia para que seja identificado, mas que pode ser determinante para a resistência de materiais e personalização de tratamentos de saúde. Pode se dizer que se trata de uma fronteira do conhecimento na qual as pesquisas cotidianas determinam avanços para facilitar a vida do ser humano, especialmente no tratamento da saúde. As nanopartículas existem na natureza, mas só recentemente o desenvolvimento tecnológico tem possibilitado a sua manipulação. O tratamento de doenças importantes como o do câncer começam a receber investimentos em pesquisas para se ter melhores resultados. É essa tecnologia que poderá particularizar o tratamento de determinadas moléstias, sem que um medicamento cause efeitos colaterais.

Quando percebemos essas possibilidades descobrimos que o conhecimento humano ainda é limitado e nos coloca uma multidão de questões a respeito do que é possível realizar utilizando esse minúsculo mundo. Os questionamentos de antigos filósofos, sobre o princípio motor fundamental da existência podem encontrar novos encaminhamentos a partir da nanotecnologia. De fato, a existência ainda é um grande ponto de interrogação e a sede de conhecimento humano não tem limites.

DESTAQUE DO DIA
Dia da Cruz Vermelha

O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho[1] é um movimento internacional humanitário com aproximadamente 97 milhões de voluntários mundialmente. Seu objetivo é proteger a vida e a saúde humana, e prevenir e aliviar sofrimento humano, sem discriminação baseado em nacionalidade, raça, sexo, religião, classe social ou opiniões políticas.



[1] MOVIMENTO INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO (ilustração e texto). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Internacional_da_Cruz_Vermelha_e_do_Crescente_Vermelho. Acesso em 25 out 2011.




CONVITE ESPECIAL


Acontece no próximo sábado, o IV Colóquio de Pesquisa da História do Metodismo no Rio Grande do Sul, no auditório Oscar Machado do IPA. A entrada é livre e todos são convidados: