ÉTICA E MORAL
ANO 01 – Nº 377
Quase todos os semestres, o que mais acirra dos debates na disciplina de Ética, Sociedade e Meio Ambiente que ministro para as turmas de Licenciaturas do IPA, é a distinção entre ética e moral. Há um motivo forte para essa confusão: a sociedade de forma geral, e os meios de comunicação de massa não têm clareza sobre essa distinção. Frequentemente ouvimos alguém falar sobre antiético querendo se referir a alguém que teve um comportamento imoral, ou se referir à imoralidade de alguém como se fosse falta de ética.
Ontem, essa discussão ocupou boa parte da aula porque os alunos queriam ter segurança sobre a distinção entre ambos os conceitos, não por uma questão de diletantismo, mas para que pudessem se posicionar corretamente em suas futuras aulas, diante de alunos que em breve terão como professores regentes.
Conforme a discussão foi se desenvolvendo os exemplos começaram a aparecer. Aos poucos fomos construindo as delimitações de um e de outro conceito. Alguém falou de situações nas quais nos encontramos frente a frente com decisões que necessitamos tomar com urgência e o que vale, naquela hora, são nossos princípios e valores morais. É diante de situações práticas que precisamos nos posicionar, servindo-nos do repertório de valores enaltecidos pela nossa cultura. Essa é a hora que precisamos adotar posturas morais condizentes. Do contrário, agimos imoralmente.
Quando desenvolvemos nossa reflexão sobre essas situações, confrontamos nossas posturas morais com as leis e regulamentações que existem sobre isso, construímos discursos a respeito de posturas morais corretas, entramos no território da ética, a ciência que sustenta a reflexão sobre valores, princípios e posturas morais.
Para ilustrar a aula, recorri a um texto clássico de Adolfo Sánchez Vászquez:
Os homens não só agem moralmente (isto é, enfrentam
determinados problemas nas suas relações mútuas,
tomam decisões e realizam certos atos para resolvê-los
e, ao mesmo tempo, julgam ou avaliam de uma ou de outra
maneira estas decisões e estes atos), mas também
refletem sobre esse comportamento prático e o
tomam como objeto da sua reflexão e de seu pensamento.
Dá-se assim a passagem do plano da prática
moral para o da teoria moral; ou, em outras palavras,
da moral efetiva, vivida, para a moral reflexa. Quando se
verifica esta passagem, que coincide com o início
do pensamento filosófico, já estamos propriamente
Com votos de uma ótima quinta-feira!
DESTAQUE DO DIA
Dia Mundial da Água
O "Dia Mundial da Água" foi criado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 21 de Fevereiro de 1993,[1] declarando todo o dia 21 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21. A cada ano, uma agência diferente das Nações Unidas produz um kit para imprensa sobre o DMA que é distribuído nas redes de agências contatadas. Este kit tem como objetivos, além de focar a atenção nas necessidades, entre outras, de:
Tocar assuntos relacionados a problemas de abastecimento de água potável;
Aumentar a consciência pública sobre a importância de conservação, preservação e proteção da água, fontes e suprimentos de água potável;
Aumentar a consciência dos governos, de agências internacionais, organizações não governamentais e setor privado;
O tema desse ano é “Água e segurança alimentar”.
Estimado colega Garin,
ResponderExcluirperfeitamente correlacionados o "assunto" & o "destaque' do dia. Este deve ser marcado por aquele.
Um abraço cuiabano e votos de uma muito boa quinta-feira;
Com admiração,
attico chassot
Amigo Attico,
Excluirse não nos alertamos para a questão da água, logo vamos estar 'pedindo água'.
Um abraço,
Garin