O lixo - ano 01 - nº 367

O LIXO

ANO 01 – Nº 367

O tanque de lavar roupas aqui de casa já não atendia mais às nossas necessidades. Era muito grande e ocupava um espaço importante. A Ana insistia comigo para que a gente procurasse uma alternativa mais condizente. Um sábado pela manhã fomos a uma casa que vende esse tipo de mobiliário e compramos um tanque novo. Para nossa área de serviços seria melhor um móvel menor que tivesse armarinho conjugado. Não foi difícil encontra e, logo no primeiro estabelecimento, encontramos o que procurávamos.

Chegando em casa coube-me a tarefa de retirar o tanque antigo e colocar o novo móvel. Surgiu o primeiro problema: o que fazer com o tanque antigo, um tanto usado, mas utilizável ainda. Minha esposa ficou bastante preocupada com o que fazer com aquilo que para nós, agora passava a ser lixo. Logo imaginei um plano: vamos descer com ele pelo elevador e depositá-lo sobre a calçada. Ela protestou afirmando que seria ‘feio’ colocar algo assim à frente do edifício. Para acalmá-la veio-me uma resposta consoladora: vamos deixá-lo ali até o final do dia, depois a gente recolhe. Enquanto isso, pensamos noutra solução e assim fizemos.

Quando subi novamente e olhei pela janela enxerguei o antigo tanque sobre uma carrocinha sendo carregado por um catador de lixo reciclável. Imagino que o móvel não tenha ficado cinco minutos parado à frente do edifício. Confesso que fiquei satisfeito por duas razões. Primeiro porque resolvemos um problema aqui em casa. Segundo porque nosso plano de descarte deu certo e terceiro porque sentimos que ajudamos alguém a resolver uma necessidade semelhante.

A reutilização daquilo que não nos serve mais é uma preocupação séria para o mundo civilizado de hoje. O cuidado dispensado àquilo que consideramos lixo pode determinar a subsistência das futuras gerações. O nosso conceito de lixo necessita ser reavaliado e as posturas precisam ser repensadas seguidamente. O interesse na reutilização daquilo que não nos serve mais precisa fazer parte do cotidiano. Já passou o tempo em que o lixo era problema apenas do poder público. Se não se tornar primeiramente uma preocupação individual, certamente o amanhã será insuportável às próximas gerações. É mister que antes de adquirir algo tenhamos um plano sobre o que fazer com isso quando não nos servir mais. Parece insignificante, mas é um assunto sério: somos responsáveis pelo lixo que geramos – é questão ética fundamental.

Com votos de uma segunda-feira responsável diante do meio ambiente!

DESTAQUE DO DIA

Dia do Bibliotecário

O Bibliotecário é um profissional liberal (bacharel, mestre ou doutor) que trata a informação e a torna acessível ao usuário final, independente do suporte informacional. Ele trabalha em bibliotecas centros de documentação e pode gerir redes e sistemas de informação além de gerir recursos informacionais. Por essas atribuições o bibliotecário é segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), um Profissional da Informação, como também o são arquivistas e museólogos. Ainda segundo a CBO o exercício desta ocupação requer bacharelado em Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação ou Gestão da Informação. A formação técnica adquirida nos cursos é complementada com aprendizado tácito no local de trabalho e cursos de extensão e de especialização.[1]

Nossa homenagem aos bibliotecários e bibliotecárias que apoiam nossas tarefas acadêmicas cotidianamente!

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[1] BIBLIOTECÁRIO. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Bibliotec%C3%A1rio. Acesso em 12 mar 2012.