AMIGO E AMIGO
ANO 02 –
Nº 401
A amizade é uma
predisposição recíproca
que torna dois seres
igualmente ciosos
da felicidade um do
outro.
Esse pensamento é atribuído a Platão (427-347
a.C.) e nos fala sobre o perfil do amigo verdadeiro. É comum alguém se
aproximar da gente invocando a amizade que nos une com o objetivo de fazer um
pedido, seja de dinheiro ou de ajuda. Na mente do filósofo, a amizade tem outro
fluxo: manifesta o desejo de que o outro se sinta melhor. Como ao seu tempo, a
ética consistia na busca do bem supremo, uma amizade caminhava na direção de
proporcionar ao outro as melhores condições para o seu existir.
No caminho contrário está quem invoca a
amizade para pedir favores. Nesse fluxo devemos incluir a distorção do
hedonismo, corrente filosófica atribuída aos filósofos gregos Aristipo de Cirene e Epicuro, cujo fundamento era alcançar o
prazer do maior número de pessoas e da sociedade como um todo. Contemporaneamente,
tem-se utilizado dessa visão, mas num círculo restrito e egoísta, no qual o
valor buscado é o prazer individual.
É importante fazer a diferença entre o
amigo, que se doa para proporcionar a felicidade ao outro e o amigo que nos
busca para construir o seu prazer egoísta.
Uma boa terça-feira de amizades
verdadeiras!
DESTAQUE DO DIA
Morte de Proclo (1527 anos)
Proclo
Lício nasceu em Constantinopla a 8 de fevereiro de 412 e morreu a 17 de abril
de 485, chamado de Proclo Diádoco (em grego, o sucessor: Πρόκλος ὁ Διάδοχος),
foi um filósofo neoplatônico grego do século V. Teve o mérito de desenvolver a
corrente de pensamento baseada em Platão, iniciada por Plotino e depois
expandida por Porfírio e Jâmblico. Proclo combinava os seu próprios pontos de
vista com os de seus mestres: Plutarco, Siriano, Porfírio e Jâmblico.
Sua obra
pode ser dividida em duas partes. Na primeira parte estão os seus Memoranda ou
comentários sobre o pensamento platônico, o primeiro deles escrito quando
Proclo tinha 28 anos. Dizem respeito aos diálogos platônicos (A República,
Timeu, Alcebíades, Parmênides e Crátilo). Nesses trabalhos, Proclo analisa e
reafirma o pensamento de Platão, que, na época, era muitas vezes mal
interpretado.
A
segunda parte é de conteúdo teológico, destacando-se os seis livros que
constituem a Teologia Platônica, Chrestomatheia,
Hymni, Epigrammata e outros. Em razão da perseguição cristã, o conhecimento
da religião grega estava fadado ao desaparecimento. Proclo ensinou o simbolismo
dos mitos gregos e analisou-os com grande cuidado e sabedoria. Afirmou, por
exemplo, que nos mitos gregos o "casamento é a união indivisível de forças
criativas".[1]
Muito estimado amigo Garin,
ResponderExcluirjulgo-me privilegiado por poder chamar-te de amigo, diferente daquele milhar 'ditos amigos no Facebook,
attico chassot
Amigo Chassot,
Excluiressa comunidade do Facebook parece muito mais a daquele outro tipo de amigo, concordo contigo.
Um abraço,
Garin
Certamente é uma bela definição de casamento.
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