segunda-feira, 2 de abril de 2012

A festa da festa - ano 02 - nº 386

A FESTA DA FESTA
ANO 02 – Nº 386

Um dia desses fora convidado para uma festa. Como de hábito, cheguei cedo e procurei um lugar confortável, que não ficasse nem muito perto, nem muito longe da pessoa homenageada. Diz a tradição protestante que ficar muito perto é querer se considerar mais importante do que realmente se é. Ficar muito longe resulta que os serviçais nem sempre chegam para oferecer os manjares. Uma distância razoável representa o equilíbrio.

Os demais convidados foram chegando aos poucos e lá pelas tantas estava quase todo o mundo esperado. A festa estava mais para sessão de pranto do que para comemoração. As pessoas conversavam baixinho em suas mesas, uma música tocava, mas quase não se ouvia. O ambiente estava chocho que dava vontade de dormir ou de ir embora.

De repente, chegou um antigo amigo de longa data. Quando adentrou o hall do ambiente todo o mundo já sabia, mesmo quem estava sentado no fundo da sala, no canto mais escondido, gritou o seu nome imediatamente. Entrou abraçando o homenageado, perguntando pelos canapés, bebida e comida, dizendo para o homenageado que não tinha vindo por ele, mas pela comida.

Pronto! A partir dali não foi mais a mesma coisa. A chegada daquele amigo transformou a reunião morna e sem graça numa festa de verdade. A música mudou de volume, as pessoas levantaram e começaram a abraçar o pessoal que chegava, risadas, piadas, histórias e gargalhadas para todos os cantos.

Não pairou nenhuma dúvida para ninguém por ali: havia chegado a Festa da festa. O ambiente, a comida, a bebida estava toda preparada, pronta, sem nenhum retoque necessário. Não passava de uma reunião porque faltava o ingrediente necessário que transformou chatice em alegria e divertimento. Foi uma noite e tanto!

Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo
puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou
com os seus cabelos; encheu-se toda a casa com
o perfume do bálsamo. (Jo 12.3) [leitura recomendada
para segunda-feira da Semana Santa]

DESTAQUE DO DIA

Dia Mundial do Autismo

O Dia Mundial do Autismo, anualmente em 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas, em 18 de Dezembro de 2007, para a conscientização acerca dessa questão. No primeiro evento, em 2 de abril de 2008, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou a iniciativa do Catar e da família real do país, um dos maiores incentivadores para a proposta de criação do dia, pelos esforços de chamar a atenção sobre o autismo. No evento de 2010, a ONU informou que, segundo especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. Em 2011, o Brasil teve o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, iluminado de azul nos dias 1 e 2 de abril, além da Ponte Estaiada em São Paulo, os prédios do Senado Federal e do Ministério da Saúde em Brasília, o Teatro Amazonas em Manaus, a torre da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, entre muitos outros. Em Portugal, monumentos e prédios, como a Torre dos Clérigos e a estátua do Cristo Rei em frente a Lisboa também foram iluminados de azul para lembrar a data.[1]



[1] DIA MUNDIAL DE CONCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_de_Conscientiza%C3%A7%C3%A3o_do_Autismo. Acesso em 2 abr 2012.

2 comentários:

  1. Meu estimado colega Garin,
    na festa que relata dava vontade de ser um pouco autista:"Estado mental caracterizado pela tendência a alhear-se do mundo exterior e ensimesmar-se".
    Bonita reflexão para a segunda-feira santa,
    attico chassot

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    1. Amigo Chassot,

      há momentos nos quais a gente precisa 'fugir'; por outro lado já participei de festa que estava animada e com a chegada de alguém, simplesmente 'murchou'.
      Um abraço,
      Garin

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