הושענא
ANO 02 – Nº 385
É possível que você esteja se perguntando sobre o que significa esses essa palavra do título? Bem, é isso mesmo que é importante! Precisamos nos perguntar sobre o significado daquilo que vemos e ouvimos para que possamos entender o mundo que nos rodeia. Aí em cima está escrita a palavra Hosana, na forma como aparece nos originais. É bom salientar que se lê da direita para a esquerda.
Até aqui já desvendamos uma parte do mistério. Quantas vezes já cantamos Hosana ao que vem em nome do Senhor. Mas a dúvida permanece: não sabemos o seu significado. É importante dizer que esta palavra fazia parte de um ritual chamada hallel (aleluia), realizado pela procissão quando entrava no Templo de Jerusalém. No início do primeiro século para a celebração das grandes festas, como na festa das tendas, a festa da Páscoa e outras.
Por outro lado à palavra ‘Hosana’ é tradicionalmente associada ao Domingo de Ramos. Segundo o Evangelho de Mateus, as multidões, saudando Jesus, entraram em Jerusalém cantando “Hosana ao Filho de Davi” (Mt 21.9). Evidentemente, trata-se de uma expressão litúrgica de entronização, ritos que acompanham o ingresso de alguém ou de algum símbolo. Aqueles que cantavam, especialmente os seus discípulos (Lc 19.38) depositavam nestas expressões, suas esperanças misturadas com suas certezas.
Entretanto, o Salmo 118, nos ajuda a entender o significado da palavra ‘Hosana’, cantada no ritual de entronização do Templo, por ocasião das grandes festas. É uma palavra de aclamação dirigida a quem tem o poder de trazer uma boa nova: “dá a salvação”. Quando o povo cantava ‘Hosana ao Filho de Davi’ estava clamando ‘salva-nos filho de Davi’ e acrescentava uma saudação ‘bendito o que vem em nome do Senhor’!
Com votos de um bonito Domingo de Ramos!
DESTAQUE DO DIA
Morte de Bastide (38 anos)
Roger Bastide nasceu em Nîmes a 1º de abril de 1898 e morreu em Maisons-Laffitte, 10 de abril de 1974. Foi um sociólogo francês que viveu muitos anos no Brasil.
Em 1938 integrou a missão de professores europeus à recém-criada Universidade de São Paulo, para ocupar a cátedra de sociologia. No Brasil, estudou durante muitos anos as religiões afro-brasileiras, tornando-se um iniciado no candomblé da Bahia. Uma de suas obras mais importantes é O Candomblé da Bahia, reeditada em 2001 pela editora Companhia das Letras. Outra obra que merece destaque é As Américas negras: as civilizações africanas no Novo Mundo, editada pela EDUSP em 1974.
Como membro da "missão francesa" contratada para núcleo do corpo docente da Faculdade de Filosofia de São Paulo, lecionou quase vinte anos no Brasil (1937-1954), onde recebeu o título de "doutor honoris causa" pela Universidade de São Paulo. Foi membro das sociedades de sociologia e psicologia de São Paulo, de antropologia no Rio de Janeiro, de folclore no Rio Grande do Norte, e do Instituto Histórico do Ceará.
Em 1973, Bastide reeditou "Brasil, terra de contrastes". Em seguida, aposentado, trabalhou no Centro de Psiquiatria Social em Paris, fundado por ele. O seu último livro, "Sociologia da desordem mental", utilizou resultados de pesquisas deste Centro.[1]
Muito estimado Garin,
ResponderExcluirdeve ter havido aqueles que Lhe cantaram hosanas no domingo e O apedrejaram no caminho do Gólgota na sexta-feira....
Com votos de uma abençoada Semana Santa,
attico chassot
Amigo Chassot,
ExcluirObrigado pela tua presença e comentários tão apropriados neste blog.
Um abraço,
Garin