A RÉGUA
ANO 02 –
Nº 400
Precisei digitar um texto longo, copiando-o
de um livro e escrevendo no editor de texto. Seguidamente me perdia e copiava a
mesma expressão duas vezes. Ainda bem que no computador essa tarefa de
desmanchar o que se escreveu errado é bastante fácil. Quando cursei a minha
graduação, os trabalhos eram datilografados numa máquina de escrever manual. Caso
cometesse um impropério quase ao final da página, para que o trabalho ficasse
bem apresentado, era necessário repetir tudo em nova página de papel.
Como os erros começaram a se repetir
procurei uma régua e ia me guiando, na leitura do livro pelo alinhamento da
mesma. Isso facilitou muito a minha tarefa. Acabou o equívoco do copiar duas
vezes a mesma linha. Foi uma beleza, o trabalho fluiu com tranquilidade e o
texto logo ficou pronto.
Essa atitude me fez questionar sobre a nova
‘tarefa’ que atribuí à régua. De fato, a régua serve para guiar o traçado que fazemos
sobre uma folha de papel ou de outro material que necessita de um traço reto e
seguro. Ao utilizá-la para guiar a minha leitura/cópia lhe atribui um novo
sentido. Partindo da necessidade que tinha de não me perder na leitura, busquei
um delimitador.
Mesmo sabendo que tinha plena liberdade
para fazer a minha tarefa, fui em busca de um limite. Justamente, esse instrumento
de alinhar o traço, transformado em limite/guia de leitura facilitou o meu trabalho. Ao buscar limites para ações e tarefas
do cotidiano descubro que o ato de existir pode ser facilitado quando encontro
elementos limitadores. A liberdade é fundamental para o desenvolvimento de
qualquer pessoa, mas encontrar artifícios disciplinares pode facilitar.
Descobrir a funcionalidade da dialética
liberdade/disciplina sempre será um desafio para o ser humano. Se não conseguimos
perceber os limites de uma e de outra, corremos o risco de avançar em nossa
liberdade além dos limites convenientes a um bom relacionamento. Se nos
cercamos demais de disciplinas e de limites caímos no outro extremo e
transformamos nosso viver num mero cumprir de roteiros preestabelecidos. Avançar
nas liberdades é ridículo. Travar-se na disciplina equivale a abdicar do ato de
viver.
Votos de uma nova semana de realizações!
DESTAQUE DO DIA
Dia Mundial da Voz
Foto 1 |
A voz
humana consiste no som produzido pelo ser humano usando suas pregas vocais para
falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar etc. Sua frequência varia entre 60 e
7000 Hz. De modo geral, o mecanismo para gerar a voz humana pode ser
subdividido em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os
articuladores - lábios, língua, dentes, palato duro, véu palatar e mandíbula. O
pulmão produz um fluxo de ar, que funciona como um combustível para a voz.
O ar é
expulso pelo diafragma e passa para as pregas vocais, que vibram e transformam
esse ar em pulsos sonoros, formadores da fonte de som da laríngea. Os músculos
da laringe ajustam a duração e a tensão das pregas vocais para adequar a altura
e o tom. Os articuladores modulam e filtram o som emanado pela laringe e até
certo ponto podem interagir com o fluxo de ar para fortalecê-lo ou
enfraquecê-lo como a fonte do som.
As
pregas vocais, juntamente com os articuladores, são capazes de produzir sons
altamente intrincados. O tom da voz pode ser modificado para sugerir emoções
como raiva, surpresa e felicidade. Cantores usam a voz humana como um
instrumento para criar música.[1]
Nem sempre
nos damos conta da importância da voz. Quando ela claudica ou desaparece,
lembramos dela como elemento fundamental da comunicação humana.
Nossa homenagem
aos fonoaudiólogos e aos foniatras, especialistas da voz!
[1]
VOZ HUMANA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Voz.
Acesso em 16 abr 2012.
Foto 1: Disponível em http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/1980410:BlogPost:45770.
Meu caro Garin,
ResponderExcluira respeito de régua como condutora da datilografia/digitação recordo uma história para recordar a saudosa Dona Lygia Costa, Secretária do Instituto de Química da UFRGS, quando fui diretor do mesmo:
"Professor, tenho um pedido a fazer-lhe. Quando o senhor fizer correções em um texto que devo datilografar. Faça-o acima da linha. Abaixo eu não vejo, pois é ocultado pela régua!".
Quanta sabedoria!
Por fim um agradecimentos àqueles e àquelas que cuidam de nossa voz, pela data lembrada com oportunidade,
attico chassot