segunda-feira, 16 de abril de 2012

A régua - ano 02 - nº 400


A RÉGUA
ANO 02 – Nº 400

Precisei digitar um texto longo, copiando-o de um livro e escrevendo no editor de texto. Seguidamente me perdia e copiava a mesma expressão duas vezes. Ainda bem que no computador essa tarefa de desmanchar o que se escreveu errado é bastante fácil. Quando cursei a minha graduação, os trabalhos eram datilografados numa máquina de escrever manual. Caso cometesse um impropério quase ao final da página, para que o trabalho ficasse bem apresentado, era necessário repetir tudo em nova página de papel.

Como os erros começaram a se repetir procurei uma régua e ia me guiando, na leitura do livro pelo alinhamento da mesma. Isso facilitou muito a minha tarefa. Acabou o equívoco do copiar duas vezes a mesma linha. Foi uma beleza, o trabalho fluiu com tranquilidade e o texto logo ficou pronto.

Essa atitude me fez questionar sobre a nova ‘tarefa’ que atribuí à régua. De fato, a régua serve para guiar o traçado que fazemos sobre uma folha de papel ou de outro material que necessita de um traço reto e seguro. Ao utilizá-la para guiar a minha leitura/cópia lhe atribui um novo sentido. Partindo da necessidade que tinha de não me perder na leitura, busquei um delimitador.

Mesmo sabendo que tinha plena liberdade para fazer a minha tarefa, fui em busca de um limite. Justamente, esse instrumento de alinhar o traço, transformado em limite/guia de leitura facilitou o meu  trabalho. Ao buscar limites para ações e tarefas do cotidiano descubro que o ato de existir pode ser facilitado quando encontro elementos limitadores. A liberdade é fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa, mas encontrar artifícios disciplinares pode facilitar.

Descobrir a funcionalidade da dialética liberdade/disciplina sempre será um desafio para o ser humano. Se não conseguimos perceber os limites de uma e de outra, corremos o risco de avançar em nossa liberdade além dos limites convenientes a um bom relacionamento. Se nos cercamos demais de disciplinas e de limites caímos no outro extremo e transformamos nosso viver num mero cumprir de roteiros preestabelecidos. Avançar nas liberdades é ridículo. Travar-se na disciplina equivale a abdicar do ato de viver.

Votos de uma nova semana de realizações!
DESTAQUE DO DIA

Dia Mundial da Voz

Foto 1
A voz humana consiste no som produzido pelo ser humano usando suas pregas vocais para falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar etc. Sua frequência varia entre 60 e 7000 Hz. De modo geral, o mecanismo para gerar a voz humana pode ser subdividido em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores - lábios, língua, dentes, palato duro, véu palatar e mandíbula. O pulmão produz um fluxo de ar, que funciona como um combustível para a voz.

O ar é expulso pelo diafragma e passa para as pregas vocais, que vibram e transformam esse ar em pulsos sonoros, formadores da fonte de som da laríngea. Os músculos da laringe ajustam a duração e a tensão das pregas vocais para adequar a altura e o tom. Os articuladores modulam e filtram o som emanado pela laringe e até certo ponto podem interagir com o fluxo de ar para fortalecê-lo ou enfraquecê-lo como a fonte do som.

As pregas vocais, juntamente com os articuladores, são capazes de produzir sons altamente intrincados. O tom da voz pode ser modificado para sugerir emoções como raiva, surpresa e felicidade. Cantores usam a voz humana como um instrumento para criar música.[1]

Nem sempre nos damos conta da importância da voz. Quando ela claudica ou desaparece, lembramos dela como elemento fundamental da comunicação humana.

Nossa homenagem aos fonoaudiólogos e aos foniatras, especialistas da voz!


[1] VOZ HUMANA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Voz. Acesso em 16 abr 2012.
Foto 1: Disponível em http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/1980410:BlogPost:45770.

Um comentário:

  1. Meu caro Garin,
    a respeito de régua como condutora da datilografia/digitação recordo uma história para recordar a saudosa Dona Lygia Costa, Secretária do Instituto de Química da UFRGS, quando fui diretor do mesmo:
    "Professor, tenho um pedido a fazer-lhe. Quando o senhor fizer correções em um texto que devo datilografar. Faça-o acima da linha. Abaixo eu não vejo, pois é ocultado pela régua!".
    Quanta sabedoria!
    Por fim um agradecimentos àqueles e àquelas que cuidam de nossa voz, pela data lembrada com oportunidade,
    attico chassot

    ResponderExcluir