terça-feira, 6 de dezembro de 2011

INSPIRAÇÃO

ANO 01 – Nº 270

Ontem foi o primeiro dia do X Seminário Internacional da Rede Sulbrasileira de Investigadores da Educação Superior. A abertura aconteceu pela manhã e, ao meio dia o programa previa uma parada para observação dos pôsteres e, é claro, o almoço. Ao  sair do restaurante ouvi parte de um diálogo entre dois professores, à porta do estabelecimento. Mesmo que tenha sido an passant, escutei uma palavra significativa que pensei compartilhar em uma reflexão aqui no blog. Desci as escadas e fui ao toalete para a higiene bucal e, depois, me dirigi à sala de conferências para a sessão da tarde.

Como ainda faltasse algum tempo para a primeira palestra vespertina, apanhei o laptop para iniciar a reflexão sobre aquela palavra. Liguei o aparelho, esperei que carregasse os programas e, quando fui escrever o título da reflexão... cadê a palavra. Pensei, pensei, pus a mão no queixo, cocei a cabeça, olhei para a direita, para o teto, para a esquerda e nada. Esperei um pouco, refiz mentalmente o trajeto até o restaurante, recordei as pessoas com as quais conversei no almoço, vislumbrei, na imaginação, as feições daqueles dois professores que conversavam à porta e, nada. Ainda hoje pela manhã fiz um exercício de anamnese, mas não consegui lembrar a ‘palavra’ que havia me inspirado para a reflexão de  hoje. Assim, fico devendo a postagem imaginada ontem.

Por outro lado, vale a reflexão sobre a inspiração. Quando se ouve, vê, percebe alguma coisa que traz inspiração é fundamental registrá-la no mesmo instante. Um passo adiante, um escorregão aqui, uma pessoa que a gente encontro a seguir, qualquer coisa, pode ‘esconder’ a inspiração para sempre. ‘Sempre’ é uma palavra inadequada, muitas vezes essa inspiração volta, mas aí já passou o contexto, a oportunidade já não existe mais, o tema não se adéqua ao novo momento. Não é questão de mais ou menos idade, a qualquer tempo, a memória faz associações instantâneas e as desmancha como num piscar de olhos. Se tiver uma ideia, a anote num guardanapo de papel, no celular, na palma da mão, onde for, pois o risco da inspiração ‘desinspirar’ é de cem por cento. Não cometa o pecado que cometi ontem.

Com os votos de uma terça-feira repleta de realizações humanas e de inspirações!


DESTAQUE DO DIA

Morte de João Goulart (35 anos)

João Belchior Marques Goulart[1] nasceu em São Borja, RS, a 1º de março de 1919 e morreu em Mercedes, RJ, a 6 de dezembro de 1976. Era conhecido popularmente como "Jango", foi um político brasileiro e o 24° presidente de seu país, de 1961 a 1964. Antes disso, também foi vice-presidente, de 1956 a 1961, tendo sido eleito com mais votos que o próprio presidente, Juscelino Kubitschek (naquela época votava-se para vice-presidente em separado). A família de Goulart era de ascendência portuguesa, sendo ele filho de Vicente Goulart, estancieiro do Rio Grande do Sul que tinha grande influência na região, ajudando em sua entrada na vida política. Formou-se em Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1939. Foi deposto pelo Golpe Militar de 1964, liderado pelo alto escalão do Exército.



[1] JOÃO GOULART. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Goulart. Acesso em 6 dez 2011.

2 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    em tempos de SFA, só dois minúsculos comentários a tua crônica do cotidiano: 1) soubeste com limão fazer uma sumarenta limonada; 2) tua descrição do esquecimento de uma palavra chave pareci que falas de mim.
    Muito bom evento nesta terça-feira eu desejo que consiga êxito,

    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    além da proximidade de nossas origens há outras muitas proximidades entre as nossas formas de pensar, agir e se posicionar.

    Obrigado,

    Garin

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