segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

PILOTO AUTOMÁTICO

ANO 01 – Nº 269

Hora do café da manhã, que, aliás, aqui por casa é quase sagrado. Assim como o chimarrão, o ritual do desjejum é obrigatório. Sei de alguns colegas que levantam às pressas, passam a mão em qualquer alimento e saem mastigando enquanto terminam de se arrumar, abrir a porta da casa e saltar mundo afora.

Abro a geladeira para retirar a manteiga e me surpreendo com um livro de ética na prateleira bem de cima. Antes de ficar apavorado pelo inusitado começo a rir de mim mesmo. Intrigada, a Ana quer saber por que estou rindo e por alguns instantes não consigo falar ainda. Quando me recupero e digo do que se trata, ela também tem um acesso de riso. Divertimo-nos juntos por alguns instantes, antes de analisar a causas do fenômeno ‘sobrenatural’.

Quando saí do trabalho, passei no supermercado para comprar algumas coisas que estavam faltando na dispensa. Entre as comprinhas, estavam alguns alimentos que necessitavam de refrigeração. Como trouxesse à mão um livro sobre ética e comunicação, acabei guardando junto com manteiga, frios, queijos etc., tudo na geladeira.

Certa vez uma colega me disse que “estava no piloto automático”. Acho que é isso mesmo: nessa altura do ano desenvolvemos nossas tarefas quase automaticamente. Servimo-nos dos reflexos condicionados (viva Pavlov) para acelerar o trabalho. Com isso, acontecem as coisas mais engraçadas que já experimentamos, como “refrigerar um livro de ética”.

Porém, essa ‘automatização’ das atividades tem benefícios e prejuízos. Os benefícios são claros e estão ligados à agilidade de que necessitamos para dar conta de tudo que está sobre os nossos ombros, como guardar alimentos e livros na geladeira. Os prejuízos estão relacionados a confusões e compras que automaticamente realizamos. Quase sempre é possível reparar os danos ou, na melhor das hipóteses, causar um ‘ataque’ de risos. Noutros casos, há consequências mais sérias que precisam ser reparados e cujos prejuízos não são nada agradáveis. Por isso, sempre é bom ‘desligar’ o piloto automático e refletir sobre cada detalhe do cotidiano.

Com os votos de uma boa semana!


DESTAQUE DO DIA

Morte de Monet (85 anos)

Impressão, nascer do sol
Oscar-Claude Monet nasceu em Paris a 14 de novembro de 1840 e morreu em Giverny a 5 de dezembro de 1926, foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas. O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um[1] papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha." . A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.


[1] CLODE MONET. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Claude_Monet. Acesso em 5 dez 2011.

2 comentários:

  1. Meu querido amigo Garin,
    o não desligar o piloto automático e colocar o livro de ética na geladeira tem um nome SFA: Síndrome de fim de ano.
    Hoje saí mais de 21h30min do Centro Universitário Metodista, do IPA e não consegui terminar com ajuda de uma virtuose em siga a apropriação de duas turmas. Ela e eu tivemos uma SFA e resolvemos deixar para amanhã;
    Aliás ontem e hoje fiz um protesto contra me bloguista da madrugada: no o encontrei. Ele também deve ter SFA.
    Já é hora de quase dizer uma boa terça-feira

    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    não tenho conseguido fazer as postagens na véspera: estou sofrendo de SFA. Espero retomar a normalidade a partir da próxima semana. Gostei da sigla, vou utilizá-la regularmente.

    Um abraço,

    Garin

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