segunda-feira, 4 de abril de 2011

A TAMHUI

Como todo o grupo humano, a Igreja nascente enfrentou dificuldades, entre elas, o problema da exclusão. Tinha sobre si a responsabilidade da expansão missionária da Igreja, mas logo esqueceu a humildade que o Senhor havia vivido e anunciado. Os primeiros cristãos de Jerusalém se empertigaram sobre a alegação de serem mais merecedores do que os cristãos estrangeiros.
A Igreja de Jerusalém era composta por dois principais grupos – os judeus da própria terra e os judeus vindos do mundo grego, chamados de helenistas. Estes não falavam mais o aramaico. Eram considerados inferiores pelos judeus nativos.
Logo apareceram as murmurações. Uma dificuldade inerente à convivência entre pessoas. Era a reclamação de que as viúvas dos judeus helenistas estavam sendo discriminados pelos demais irmãos da comunidade nascente. Não estavam recebendo a porção diária da assistência social: a Tamhui. Tratava-se de uma cesta-básica que servia para suprir algumas refeições. Era constituída de alimentos arrecadados no mercado local, por irmãos/ãs da Igreja.
O problema foi levado aos apóstolos, mas estes se recusaram a entrar na discussão. Escolheram sete pessoas de origem grega que se encarregaram da distribuição às viúvas helenistas.
De forma objetiva e direta, resolveram um problema polêmico, distribuindo as funções dentro da comunidade. Deus sempre distribui muitos carismas e sempre há pessoas com dons correspondentes às necessidades do seu povo. Fundamental é estar disposto a responder ao chamado de Deus e dispor-se aos seus ministérios.
“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”. (At 6.1)

4 comentários:

  1. Parabéns, Dr. Garin, pel teu blog. Gostei imensamente. Obedece teu reconhecido e gostoso estilo literário de partir de fatos/as experiências cotidianas para com simplidade chegar a idéias e dicas mais complexas. Permiti-me "roubar" teu texto sobre a samartitana e colá-lo em meu blog "Epístolas pastorais". Creio que edificará a muita gente. Obrigado.

    Inúmeras vezes te enviei o endereço de meu blog. Nunca respodesnte nem comentaste nada. Não sei porque. Continuo a gostar muito de ti com muito respeito e admiração. Graças a Deus meu filho Rafael também sente o mesmo por ti. Abraços, Orvandil

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  2. Caro Dom Orvandil,

    de fato,recebi tuas mensagens. Não foi apenas ao teu Blog que eu não comentei: não fiz comentários a nenhum outro. Atravessei um periodo de trabalho muito intenso e de concentração elevada. Fiz, na época, uma opção por não reagir a nenhum texto de colegas e amigos - não podia comentar um e não comentar outro.

    A partir deste ano, estou mais tranquilo e com o tempo devido para viver.

    Obrigado pela tua visita. Fica à vontade para utilizar o que achares útil. Para mim é uma alegria.

    Também gosto muito do Rafael, meu colega de IPA.

    Um abraço,

    Garin

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  3. Boa tarde professor,venho conhecer este maravilhoso blog atravez do convite do nosso professor e amigo Sergio Barbosa.,mui lindo seu trabalho viu?Parabens e,DEUS o abençoe sempre===brande abraço..Beijaflor

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  4. Prezada Beijafor,

    muito obrigado pelo teu comentário. É uma satisfação receber a reação das pessoas que estão nos seguindo neste blog.

    Um abraço,

    Garin

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