AO CUIDADO, NOVAMENTE
ANO 01 – Nº 195
Ontem aconteceu um evento na Igreja da minha esposa e eu fui escalado para ajudar no transporte. Juntamente com as companheiras, prepararam doces, salgados, tornas, bolos, pudins e outras coisas boas mais. No final de tudo, fui chamado para ajudar a conduzir tudo isso até a sede da comunidade onde o chá seria servido. Para que tudo chegasse em perfeita ordem, foi necessário acomodar cada forma e cada prato de tal sorte que numa travada do carro, aquelas guloseimas não despencassem umas sobre as outras e estragasse todo o trabalho delas. Entre os riscos, o pior seria amassar as tortas e pudins, feitos com tanto carinho, e transformar tudo num doce caos de misturas incompatíveis.
Esse transporte banal, de tornas e doces me fez pensar sobre o tratamento que damos às informações que os nossos amigos nos confiam. Uma das principais funções da amizade é ser confessor. Quando alguém nos chama para ‘abrir o coração’ é porque confia na nossa lealdade e precisa repartir sua ‘carga’ com alguém. Nesse momento, passamos a ser portadores de coisas preciosas de sua vida. A maneira como transportamos esses dados é determinante para aquela vida que confiou em nós.
Tenho percebido que algumas pessoas utilizam essas confidências para tirar proveito próprio. Comentam em rodas de amigos e até fazem chacota com as informações que receberam em confidencialidade. Desprezam e destroem a vida do amigo sem nenhum cuidado moral. Tratam as informações com desdém, fazendo da história ouvida, um caos de comentários indiscretos.
Quando nos tornamos confidentes de um amigo precisamos cuidar das informações recebidas com muito carinho. Elas não nos pertencem. Pertencem ao amigo que repartiu sua carga conosco. Precisam ser acomodadas de tal sorte que em nenhum momento sejam destruídas ou revolvidas para qualquer fim. A única coisa que podemos fazer com elas é devolvê-las a quem nos confiou, em particular, quando isso for necessário. Possivelmente, nosso amigo as precisará de volta para refazer a construção do seu existir quando sua vida se tornar menos pesada.
DESTAQUE DO DIA
Fim do inverno
Hoje é o último dia de um dos mais rigorosos invernos[1] do hemisfério sul. Amanhã, às 9h04min estaremos adentrando à nova estação. Foram longos dias de muito frio, muitos deles acompanhados de chuvas e ventos. Várias inundações e deslizamentos transformaram essa estação que se encerra, num período complicado de se viver. Sempre que olhamos para a primavera, a desejamos com a volta de dias mais quentes e repletos do revigorar da natureza.
[1] Ilustração disponível em http://noticias.r7.com/cidades/noticias/rio-grande-do-sul-registra-a-menor-temperatura-do-ano-20100714.html. Acesso em 21 set 2011.
Meu caro Garin,
ResponderExcluircom limitações que veras no meu blogue, passo aqui apenas para desejar, uma quinta-feira de gostosa despedia do inverno. Só volto de Manaus quando aí for primavera.
Um abraço do attico chassot
Caro Chassot,
ResponderExcluirtenho um amigo que todos os anos "foge" durante o inverno e só retorna em meados da primavera. Por outras circunstâncias, tu também retornas quando a primavera já avança sobre o hemisfério sul.
Obrigado.
Um abraço.
Garin