terça-feira, 27 de setembro de 2011

MOMENTO ERRADO
ANO 01 – Nº 200
Estava falando com uma pessoa, ao celular, sobre um assunto importante de aula. De repente só se ouviu o silêncio, se é que silêncio pode ser audível. Conferi meu aparelho e constatei que havia esgotado a carga da bateria. Olho para cá, olha para lá, não encontrei um meio de retomar a ligação. A frustração aparece ao perceber que aquele era o momento certo para tratar daquele assunto. Depois já seria muito tarde. Sabes aquele ditado: a pessoa certa, no lugar certo, no momento certo? Pois é, por causa de uma bateria descarregada acompanhei tudo isso esvair-se água abaixo; perdi a oportunidade! Quando cheguei em casa corri para a primeira tomada, pluguei o celular e refiz a ligação. Não adiantou mais, todos os ‘certos’ já haviam se desfeito e agora só incertezas.
Situações como essa certamente já aconteceram como todo o mundo. Eu não era o primeiro, não seria a última vez e nem o único que passou por uma situação assim. O consolo que ficou é a lição que aprendi sobre o cuidado que necessito ter com a carga da bateria do celular.
Dessa situação derivou outra reflexão. Assim como o celular, nós também necessitamos ‘carregar a bateria’. Estou me referindo àquela porção que transcende os aspectos físicos como a alimentação, a água, o oxigênio. É comum a gente se envolver de tal sorte com as situações que compõem a nossa faina rotineira que esquecemos aquele elemento principal que nos sustenta em pé: a alimentação do humano que subsiste em cada um. Frequentemente colocamos o trabalho, e suas derivações, como prioridade do nosso existir. Não que o trabalho não deva ser prioritário, mas acontece que, com facilidade, ele passa a ser a prioridade absoluta. Todas as outras coisas adquirem um caráter secundário e lá se vão nossas energias.
O humano que subsiste em cada um, a despeito da valorização atual da materialidade, necessita ser alimentado constantemente. Trata-se da espiritualidade que recebe o seu alimento quando nos dedicamos a cuidar de nós mesmos e dos outros, enquanto esse aspecto sensível do humano. É preciso encontrar a ‘tomada’ adequada para essa energia. Há quem a encontre na convivência comunitária religiosa. Mas há outros tipos de tomadas que recarregam nossas energias do espírito. Para uns é uma viagem, para outros, a leitura de um livro, um filme, o cinema, o esporte etc. Fundamental é não descuidar dessa alimentação sob pena de deixar passar o momento certo de nosso existir.
DESTAQUE DO DIA
Morte de Francisco Alves[1] (59 anos)
Francisco de Morais Alves[2], um dos mais populares cantores do Brasil, nasceu no Rio de Janeiro a 19 de agosto de 1898 e faleceu em Pindamonhangaba a 27 de setembro de 1952. Seu primeiro sucesso foi a marcha carnavalesca O Pé de Anjo, do compositor Sinhô. Devido a sua voz firme e potente, era conhecido como o ‘Rei da Voz’. Compôs, com Orestes Barbosa, algumas obras-primas da canção brasileira: "Meu Companheiro", “A Mulher que Ficou na Taça", "Dona da Minha Vontade", "Por Teu Amor".


[1] Ilustração disponível http://lorenzonilais.wordpress.com/page/2/. Acesso em 26 set 2011.
[2] FRANCISCO ALVES. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Alves_(ator). Acesso em 26 set 2011.

2 comentários:

  1. Meu estimado colega Garin,
    de bateria recarregada, ainda antes de ir a academia, faço minha passagem matinal, aqui, para celebrar a edição BICENTENÁRIA. Acredito que privilegiadamente li, em diferentes geografias a maioria.
    Obrigado pela blogada nossa de cada dia, que se faz alimento para o espírito.
    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    preciso te agradecer a companhia constante nesse blog. Com teus comentários diários tens me incentivado a continuar. Lembro de uma observação tua: poucas pessoas comentam as postagens! Também tenho a mesma experiência, porém com uma grande diferença: o meu blog tem um comentarista diário altamente qualificado.

    Um abraço,

    Garin

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