terça-feira, 11 de outubro de 2011

AUTORIDADE X RESPONSABILIDADE
ANO 01 – Nº 214
Comenta-se atualmente que a família está em cries. Ouvi de certa pessoa, semana passada, que a família não está em crise, está em processo de mudança. Contudo, observando o comportamento familiar podemos dizer, com certeza: alguma coisa profunda está acontecendo com a família.
Quando me criei, pai dizia e criança baixava a cabeça e cumpria. Mãe falava e estava dito. Hoje as coisas são bem diferentes. Não correria o mesmo risco de alguns que afirmam que hoje está muito pior, nem teria a ousadia de outros em afirmar que agora é que está bem. Nem melhor nem pior, está diferente. Melhor ou pior, somente a história, com sua indispensável visão do tempo, vai nos provar.
Entretanto, há aspectos na família que necessitam ser revistos. Não é admissível que se deixe o “barco correr” por conta das inclinações dos modismos contemporâneos. As tendências nem sempre possuem uma direção segura.
Entre esses aspectos está a questão da autoridade dos pais e a responsabilidade dos filhos. Se por um lado os pais se queixam que os filhos não lhes obedecem, por outro, os filhos reclamam que os pais não lhes dão as condições  de que necessitam.
No tipo de sociedade atual, é necessário equaciona as relações pais-filhos de tal maneira que haja equilíbrio e harmonia. De um lado os pais (mãe e pai) necessitam ser mais do que meros geradores dos filhos. Esses merecem uma educação condizente com os desafios atuais e isso inclui a companhia dos pais.  Muito facilmente somos levados a atender a milhares de solicitações que a contemporaneidade nos impõe e nos tornamos ilustres ausentes no lar. Facilmente os pais passam a desempenhar um papel muito próximo de meros gerentes da casa. Reproduzem, dentro do lar, o mesmo tratamento que praticam na empresa. Precisamos nos conscientizar de que nossa família é o circulo mais íntimo de nossas vidas. Quem ali está, merece amor, compreensão, carinho, ternura. Merece o investimento de nossos melhores momentos. Não podemos limitar nossos contatos com a família a escassos instantes, estritamente necessários. Família requer exclusividade. Quando estamos com nossos filhos, o tempo lhes pertence.
De outra sorte, há filhos que não estão tendo sensibilidade para perceber todo o trabalho e esforço que os pais lhes dedicam. Não assumem nenhuma atitude de cooperação demonstrando grande parcela de ócio, e pior ainda, de irresponsabilidade. Se por um lado não se admite a ausência dos pais, preocupados muito mais com seus compromissos profissionais e sociais, por outro é difícil entender a falta de participação dos filhos na dinâmica do lar.
Deve ficar entendido que lar não é um hotel onde se dorme e se come. É uma comunidade íntima, onde seus componentes vivem e desfrutam da companhia, amor, carinho e solidariedade uns dos outros.

DESTAQUE DO DIA
Dia do Deficiente Físico
Deficiência física[1] é o nome dado a característica dos problemas que ocorrem no cérebro ou sistema locomotor, e levam a um mau funcionamento ou paralisia dos membros inferiores e/ou superiores. A deficiência física pode ter várias etiologias, entre as principais estão os: fatores genéticos, fatores virais ou bacterianos, fatores neonatal, fatores traumáticos (especialmente os medulares). As pessoas com deficiência de ordem física ou motora necessitam de atendimento fisioterápico, psicológico a fim de lidar com os limites e dificuldades decorrentes da deficiência e simultaneamente desenvolver todas as possibilidades e potencialidades.
Essa data deve nos levar a refletir sobre a acessibilidade para todas as pessoas. Boa parte de nossas ruas, prédios e moradias não levam em consideração a locomoção de pessoas com deficiência. Atenção especialmente deve ser dada à vaga de estacionamento para pessoas com deficiência.


[1] DEFICIÊNCIA FÍSICA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_f%C3%ADsica. Acesso em 10 out 2011.

2 comentários:

  1. Muito estimado colega Garin,
    quem ler a tua edição 214 poderia te labelar de ‘um saudosista conservador’ ou de ‘revolucionário renovador’. Fico com a segunda opção. Zero Hora publicou ontem um texto se o Estado pode proibir a palmada na educação. Não sei.
    Tu e eu vivemos outro ‘regime disciplinar’. Se a mãe ou o pai chamavam, jamais poderíamos dizer: ‘o quê!’ e sim: “Senhor!’ ou ‘Senhora!’. Não saímos deste sistemas com traumas. Talvez com nossos filhos fomos muito menos exigentes e eles também se fizeram homens e mulheres que ‘ se deram/dão bem’. Agora nos teus alertas talvez devesse se dar um basta.
    Tua edição merece uma discussão.
    Com admiração e estima

    attico chassot
    http://mestrechassot.blogspot.com

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  2. Caro Chassot,

    o senso de responsabilidade para com as atividades doméstica (e das lides ruais no meu caso) eram encaradas como compromissos. Atualmente, por ausência forçada dos pais ou por preguiça das novas gerações, isso fica de lado. Boa parte dos filhos adolescente de agora não se importa com as tarefas domiciliares.

    Um abraço,

    Garin

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