quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AJUDA

ANO 01 – Nº 313

Há muito tempo não visitava certo lugar onde acompanhava meu filho, durante sua infância, para passar uns dias na casa de um amiguinho. Tomei a moto e sai pelas estradas esburacadas, de chão batido, do interior. Depois de muitos solavancos e saltos, encontrei a casa, mas estava totalmente fechada. Aproveitei a ocasião para visitar outros pontos da localidade.

Ao passar por um lugar alagado, a moto parou de funcionar de repente. Após algumas tentativas frustradas apelei para o socorro da concessionária. Infelizmente, como o local fosse distante, não havia como enviar reboque naquele momento. Fiz mais algumas tentativas, mas o motor do veículo continuava sem dar partida.

Conclui que se tratava de ignição molhada e, portanto, não restava fazer outra coisa a não ser esperar que a mesma secasse por conta própria, o que poderia levar de um dia a uma semana ou procurar ajuda na redondeza.  Como o local fosse pouco habitado, essa decisão requereu empurrar a moto por algum trecho.

A cerca de duas quadras avistei uma casa com pessoas se movimentando no pátio. Ao chegar fui recebido por um cidadão que, ao explicar o meu problema respondeu que não entendia de moto. Então perguntei se na casa havia secador de cabelo. Um tanto surpreso ele disse que sua filha tinha um e me concedeu a licença para colocar a moto em sua garagem onde havia uma tomada de energia. Com o secador consegui enxugar a ignição que havia molhado e dentro de pouco tempo o motor respondeu, possibilitando o meu retorno. Agradeci e me despedi feliz por ter encontrado a ajuda de que necessitava.

Às vezes não conseguimos encontrar quem nos ajude. Outras, como podemos ser ajudados. Entretanto, quando o coração da pessoa está disposto a contribuir, mesmo que seja com coisas simples, uma ajuda pode fazer a diferença entre ficar parado no meio do nada ou possibilitar que alguém retome o seu caminho, como aconteceu no meu caso.

Diferentemente de fazer no lugar do outro, ajudar significa alcançar aquilo que outro necessita efetivamente, mas não consegue por seus próprios recursos. Quando não temos clara essa diferença, podemos correr o risco de fazer o que compete ao outro fazer, tornando nossa ação um assistencialismo e quitando-lhe uma oportunidade de aprendizado e crescimento.

Com os votos de uma ótima quarta-feira!

DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Montesquieu (323 anos)

Charles-Louis de Secondatt, ou simplesmente Charles de Montesquieu, senhor de La Brède ou barão de Montesquieu nasceu no castelo de La Brède, próximo a Bordéus a 18 de Janeiro de 1689 e morreu em Paris a 10 de Fevereiro de 1755. Foi um político, filósofo e escritor francês que ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais. Aristocrata, filho de família nobre, cedo teve formação iluminista com padres oratorianos. Revelou-se um crítico severo e irônico da monarquia absolutista decadente, bem como do clero católico. Adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, mas também frequentou em Paris os círculos da boêmia literária. Em 1714, entrou para o tribunal provincial de Bordéus, que presidiu de 1716 a 1726.[1]



[1] CHARLES MOSTESQUIEU. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_de_Montesquieu. Acesso em 18 jan 2012.

2 comentários:

  1. Meu amigo Garin,
    mais importante que o secador de cabelo foi a sabedoria do motociclista.
    Vi que o período de férias as edições são mais tardias. Há sabedoria no ser menos adito.
    Uma quarta-feira desejando que minha experiência sísmica fique na de ontem à noite.

    attico chassot

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    1. Caro Chassot,

      a gente se envolve com atividades fora de rotina e às vezes, a inspiração não vem com facilidade. O dia passa e a noite chega e nada que nos encante para uma postagem.

      Um abraço,

      Garin

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