Coloca no lugar - ano 02 n º 419

COLOCA NO LUGAR

ANO 02 – Nº 419

Minha esposa queria saber em que dia da semana caia a data de vinte e três de junho. Servi o chimarrão, levantei e fui até ao escritório onde, sobre a mesa, sempre conservo um calendário aberto (antigamente a gente chamava de folhinha) no mês em curso. Como pudesse ocorrer a necessidade de consultar outras datas resolvi trazer, para a roda do chimarrão, o dito calendário.

Entreguei-o e ficamos ali, confabulando sobre diferentes datas como aniversário de familiares e amigos, feriados, comemorações etc. Terminada a conferência de datas, levantei novamente e fui ao escritório repor o calendário no devido lugar.

A conversa do chimarrão se desenvolveu depois, em torno daquela atitude, a de buscar e de repor o calendário no mesmo lugar. As pessoas gostam de ter suas coisas organizadas, mas nem todas conseguem realizar esse propósito.

Primeiro, para que a casa esteja organizada é necessário ter outras situações encaminhadas, como os sentimentos, as crenças, a afetividade etc. Nosso mundo exterior reflete bastante o que se passa no universo interior de cada um. Percebe-se que uma pessoa dificilmente consegue colocar sua casa em ordem quando suas relações familiares e afetivas estão de ‘pernas para o ar’.

Segundo, uma casa não fica em ordem por milagre. A magia não funciona quando o assunto é saber onde está o calendário. Necessita disciplina e aí, caro leitor(a), não tem jeitinho: é necessário trabalho. Quando a gente se dobra à preguiça, mentalmente justificando com um ‘depois eu faço!’, em pouco tempo a casa fica de ‘ponta-cabeça!’. Não adianta, pequenos omissões, descuidos sutis são suficientes para desfazer um penoso trabalho de organização. Mesmo que seja um pequeno objeto, um clipe, por exemplo, que se deixa fora do lugar, pode ser o início de uma baita desorganização.

A propósito, aproveito o sábado e se organize!

Um abraço.