domingo, 27 de maio de 2012

Será mágico - ANO 02 – Nº 441


SERÁ MÁGICO

Conversando com uma pessoa, semana passada, ela usou uma expressão que sintetiza boa parte dos nossos desejos. Disse ela: “seria tão bom se as nossas dificuldades pudessem ser resolvidas de forma mágica!” De fato, nosso pensamento vagueia, seguidamente, buscando soluções rápidas, fáceis e eficientes para situações pessoais e coletivas. São as nossas visões. Caso não as tivéssemos, nossas vidas seriam muito pobres.

O profeta Isaías teve uma visão, certa vez, a respeito de Jerusalém. Nela, o profeta percebia todos os povos, caminhando em direção à cidade santa. Era uma caminhada pacífica, na qual as nações abriam mão da guerra. Suas armas de combate seriam convertidas em instrumentos de trabalho. Os povos que participavam desta caminhada faziam um pacto de não violência. As invasões e agressões seriam suspensas e todos andariam na “luz do Senhor”.

Na profecia de Isaías, o apelo era na direção da construção de um mundo de paz. A visão era uma antecipação daquilo que deveria acontecer com as nações que assumiam o pacto. Não se tratava de uma ‘paz mágica’. Deveria ser construída com relhas de arado e podadeiras. Pressupunha o aparelhamento das pessoas e nações para uma atividade produtiva.

Seguidamente temos visões. Muitas delas inúteis porque desejam soluções fáceis e mágicas. Necessitamos transformar nossas visões em elementos de esperança para a edificação de um tempo novo. Um tempo sem violência, sem guerras e com oportunidade de trabalho e produção para todas as pessoas que desejarem. Precisamos converter os equipamentos de guerra e violência, em instrumentos de trabalho.

Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações;
estas converterão as suas espadas em relhas de
arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação
não levantará a espada contra outra nação, nem
aprenderão mais a guerra. (Is 2.4)
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de ibn Khaldun (680 anos)

Abu Zayd 'Abd al-Rahman ibn Muhammad ibn Khaldun al-Hadrami  ou Ibn Khaldun nasceu em Túnis a 27 de Maio de 1332/ah732 e morreu no  Cairo a 17 de Março de 1406/ah808. Foi um polímata árabe — astrônomo, economista, historiador, jurista islâmico, advogado islâmico, erudito islâmico, teólogo islâmico, hafiz, matemático, estrategista militar, nutricionista, filósofo, cientista social e estadista. Ele é considerado um precursor de várias disciplinas científicas sociais: demografia, história cultural, historiografia, filosofia da história, e sociologia. Ele também é considerado um dos precursores da moderna economia, ao lado do antigo erudito indiano Chanakya. Ibn Khaldun é considerado por muitos como o pai de várias destas disciplinas e das ciências sociais em geral, por ter antecipado muitos elementos dessas disciplinas séculos antes de terem sido fundadas no Ocidente. É mais conhecido por seu Muqaddimah (conhecido como Prolegômenos no Ocidente), o primeiro volume de seu livro sobre a história universal, Kitab al-Ibar.[1]


[1] IBN KHALDUN. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ibn_Khaldun. Acesso em 27 maio 2012.

3 comentários:

  1. Mestre e Amigo,
    lendo tuas palavras, nesta manhã fria de domingo, ficou "martelando" na minha mente a frase: Suas armas de combate seriam convertidas em instrumentos de trabalho. Que mundo maravilhoso teremos quando os Homens derem-se conta disto. Grande abraço.

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    1. Desculpe Garin... Jaime Gross Garcia

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    2. Caro Jaime,
      esse é o sonho que alimenta nossas esperanças e nos faz sair todos os dias para nossa faina diária.

      Um abraço,

      Garin

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