VISITAR MAMÃE
ANO 02 –
Nº 424
Neste domingo próximo é o Dia das Mães, mas
desde 2010 estou privado de sua presença. Era um quente dia de verão quando ela
faleceu deixando um vácuo de saudade no peito de cada um dos seus filhos. Entretanto,
tomei uma decisão quiçá estranha, mas compreensível: este ano vou visitar
mamãe.
Decidi que nesse Dia das Mães vou fazer uma
viagem para caminhar pelo pátio de sua antiga morada, contemplar o pé de
nogueira em cuja sobra costumava descansar, no rigor do verão. Vou caminhar
sobre as pedras por onde seus pezinhos trilhavam e ouvir o canto dos pássaros, dos
galhos das árvores das quais ela escutava bem-te-vis e sabiás todos os anos. Nesse
Dia das Mães vou visitar minha mãe, aquela que deu a luz e que também vive
dentro do peito acalentando o filho que não pode mais ver.
Quero fazer a minha homenagem ali, naquele
lugar onde viveu e partilhou sua vida com parentes, familiares e amigos. Quero sentir
novamente como era chegar em sua casa e encontrá-la feliz por mais uma vez
receber a visita do filho que, muito jovem teve que se afastar do lar para
continuar seus estudos.
Pois é, esse ano decidi dar meu abraço à
eterna mamãe que vive dentro em mim, mas ali onde passou seus últimos dias
junto com árvores, pássaros, animais e plantas, exatamente naquele cenário que
amava e que se sentia gente porque reconhecia cada coisa que a cercava.
Votos e uma ótima quinta-feira!
DESTAQUE DO DIA
Nascimento de Karl Barth (126 anos)
Karl
Barth nasceu em Basileia a 10 de maio de 1886 e morreu na mesma cidade em 10 de
dezembro de 1968. Foi um teólogo cristão-protestante, pastor da Igreja
Reformada e um dos líderes da teologia dialética e da neo-ortodoxia
protestante. Conhecida como teologia dialética ou teologia da crise, a obra de
Barth é um vigoroso protesto contra o chamado neoprotestantismo, que predominou
no século XIX e até a primeira guerra mundial. É também um restabelecimento das
afirmações básicas da Reforma do século XVI, especialmente pela obra Der
Römerbrief (A Epístola/Carta aos romanos) de 1919, que lançou as bases para o
existencialismo alemão e serviu de elo entre Kierkegaard e Heidegger. Combateu
a teologia liberal, o iluminismo alemão e o moralismo que excluísse o encontro
da revelação e da fé.
A
teologia de Barth está sistematizada principalmente em Die Christliche Dogmatik (A dogmática cristã), monumental obra de
26 volumes iniciadas em 1932, cuja publicação foi concluída em 1969. Os polos
fundamentais de seu pensamento - a revelação e a fé - permeiam toda sua
dogmática, que ele define como exame científico do conteúdo das palavras que a
igreja pronuncia sobre Deus. Assim a fé cristã proclama falência de todas as religiões,
pois afirma que é Deus quem toma iniciativa de aproximar-se do ser humano salvá-lo,
por intermédio de Jesus Cristo. Só a graça de Deus e a sua palavra, que
transcende a Bíblia, cruza o abismo dialético que separa o homem do Criador.[1]
Garin,
ResponderExcluirtudo se reduz a um comentário: quão comovente será teu dia das mães.
attico chassot
Amigo Attico,
Excluirpois é, mesmo agora, as palavras me faltam.
Um abraço,
Garin