quinta-feira, 10 de maio de 2012

Visitar mamãe - ano 02 - nº 424


VISITAR MAMÃE
ANO 02 – Nº 424

Neste domingo próximo é o Dia das Mães, mas desde 2010 estou privado de sua presença. Era um quente dia de verão quando ela faleceu deixando um vácuo de saudade no peito de cada um dos seus filhos. Entretanto, tomei uma decisão quiçá estranha, mas compreensível: este ano vou visitar mamãe.

Decidi que nesse Dia das Mães vou fazer uma viagem para caminhar pelo pátio de sua antiga morada, contemplar o pé de nogueira em cuja sobra costumava descansar, no rigor do verão. Vou caminhar sobre as pedras por onde seus pezinhos trilhavam e ouvir o canto dos pássaros, dos galhos das árvores das quais ela escutava bem-te-vis e sabiás todos os anos. Nesse Dia das Mães vou visitar minha mãe, aquela que deu a luz e que também vive dentro do peito acalentando o filho que não pode mais ver.

Quero fazer a minha homenagem ali, naquele lugar onde viveu e partilhou sua vida com parentes, familiares e amigos. Quero sentir novamente como era chegar em sua casa e encontrá-la feliz por mais uma vez receber a visita do filho que, muito jovem teve que se afastar do lar para continuar seus estudos.

Pois é, esse ano decidi dar meu abraço à eterna mamãe que vive dentro em mim, mas ali onde passou seus últimos dias junto com árvores, pássaros, animais e plantas, exatamente naquele cenário que amava e que se sentia gente porque reconhecia cada coisa que a cercava.

Votos e uma ótima quinta-feira!
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Karl Barth (126 anos)

Karl Barth nasceu em Basileia a 10 de maio de 1886 e morreu na mesma cidade em 10 de dezembro de 1968. Foi um teólogo cristão-protestante, pastor da Igreja Reformada e um dos líderes da teologia dialética e da neo-ortodoxia protestante. Conhecida como teologia dialética ou teologia da crise, a obra de Barth é um vigoroso protesto contra o chamado neoprotestantismo, que predominou no século XIX e até a primeira guerra mundial. É também um restabelecimento das afirmações básicas da Reforma do século XVI, especialmente pela obra Der Römerbrief (A Epístola/Carta aos romanos) de 1919, que lançou as bases para o existencialismo alemão e serviu de elo entre Kierkegaard e Heidegger. Combateu a teologia liberal, o iluminismo alemão e o moralismo que excluísse o encontro da revelação e da fé.

A teologia de Barth está sistematizada principalmente em Die Christliche Dogmatik (A dogmática cristã), monumental obra de 26 volumes iniciadas em 1932, cuja publicação foi concluída em 1969. Os polos fundamentais de seu pensamento - a revelação e a fé - permeiam toda sua dogmática, que ele define como exame científico do conteúdo das palavras que a igreja pronuncia sobre Deus. Assim a fé cristã proclama falência de todas as religiões, pois afirma que é Deus quem toma iniciativa de aproximar-se do ser humano salvá-lo, por intermédio de Jesus Cristo. Só a graça de Deus e a sua palavra, que transcende a Bíblia, cruza o abismo dialético que separa o homem do Criador.[1]


[1] KARL BARTH. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Barth. Acesso em 10 maio 2012.

2 comentários:

  1. Garin,
    tudo se reduz a um comentário: quão comovente será teu dia das mães.
    attico chassot

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    1. Amigo Attico,
      pois é, mesmo agora, as palavras me faltam.
      Um abraço,

      Garin

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