TECNOLOGIA
Acordei cedo para fazer meu chimarrão. Antigamente reunia a
lenha mais seca, amassava umas palhas de milho, arrumava entre as achas de
lenha e colocava uns gravetos mais finos sobre as palhas. Riscava um fósforo (quando
havia) e o fogo estava iniciado. Bastava dar uns assopros, a palha se
incendiava e o fogo começava a crepitar no velho fogão de chapa. Esses fogões representavam
um avanço tecnológico importante, pois facilitavam o manuseio e economizavam
lenha.
Ao tempo do meu avô, o fogo era guardado, por semanas, num
tronco de árvore deitado no chão do galpão. Fazia-se fogo à altura da metade do
tronco e ia se queimando aos poucos. À noite restava o braseiro que ajudava o
tronco a permanecer queimando lentamente. Chamávamos aquele tronco de “guarda-fogo”.
Na manhã seguinte bastava assoprar as brasas do mesmo, colocar algumas palhas
de milho e o fogo voltava o suficiente para aquecer uma chaleira preta,
pendurada na trempe, para sevar o mate.
Lembro-me de algumas vezes que precisei buscar fogo na casa da
minha tia, distante uns quatrocentos metros de nossa casa. Acomodava uma porção
de brasas dentro de uma lata vazia, de compota de abacaxi, no formato de cone,
e voltava campo a fora. De vez em quando parava e dava uns assoprões na boca da
lata para “avivar” as brasas. Chegava em casa feliz! Aquelas brasas
possibilitavam o aquecimento da água, o cozimento dos alimentos e tudo o mais
que necessitava do fogo.
Hoje é um tanto diferente. Não preciso mais buscar água na fonte,
é só abrir a torneira e ela jorra ali, na cozinha mesmo. O fogo, ah, o fogo é
outra história. Nada de acomodar lenhas palhas e gravetos, basta girar o botão do
fogão e lá está a chama azul provocada pela queima do GLP, na medida certa para
aquecer minha água de chimarrão.
Poderia dizer que a tecnologia mudou muito nesse tempo todo. Uma
coisa que a tecnologia não conseguiu mexer foi com a tradição do mate. Continua
sendo na velha cuia de porongo, preparado com erva-mate e sorvido pela bomba de
metal, com a temperatura da água no ponto certo: no primeiro chiado.
Como dizia meu pai: “Buenas, vamos ao mate!”.
DESTAQUE DO
DIA
Nascimento de
Fichte (250 anos)
Johann Gottlieb Fichte nasceu em Rammenau, Saxônia a 19 de maio de 1762 e
morreu em Berlim a 27 de janeiro de 1814. Foi um filósofo alemão. Fichte
decidiu devotar sua vida à filosofia, depois de ler as três Críticas de
Immanuel Kant, publicadas em 1781, 1788 e 1790. Em 1790, ele volta para
Leipzig, onde um pupilo seu pede para ter lições sobre a filosofia kantiana.
Apesar de mal conhecer as obras de Kant, Fichte aceita o pedido e passa a
estudar com afinco as obras de Kant, dando conta das três críticas em poucas
semanas. A leitura das críticas foi muito importante para que Fichte superasse
o determinismo, fazendo com que se evidenciasse que o "novo mundo" é
o mundo da liberdade, que se evidenciava como a chave para entender toda a
estrutura da razão.[1]
[1]
JOHANN GOTTLIEB FICHTE. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Gottlieb_Fichte.
Acesso em 19 maio 2012.
Meu estimado amigo,
ResponderExcluirse precissássemos surprrender nossos ancestrais com novas tecnologias em nossas casa, bastaria mostrar-lhes nossas cozinha.
Vamos ao mate, que este ainda tem alguns rituais de antanhos,
achassot