quinta-feira, 24 de maio de 2012

Primeiros retratos - ANO 02 – Nº 438


PRIMEIROS RETRATOS

Quando levanto, todas as manhãs, para fazer o chimarrão, uma das primeiras ações ao chegar à sala é acender a luz. Acontece que o interruptor está localizado acima de um balcão sobre o qual minha esposa dispôs as fotografias de família. Ali estão fotos dos filhos, cunhados, afilhados, as nossas, entre outras. Dessa forma uma das primeiras coisas que faço é cumprimentar, mentalmente, todo o pessoal representado naquelas imagens.

Sei que naqueles retratos está registrado apenas um momento de suas vidas, mas é como se houvesse uma reunião de família. Cada uma daquelas imagens evoca uma vida carregada da complexidade que representa o existir, na atualidade. As imagens estão paradas, estratificadas pelo ‘instantâneo’ de um momento, mas suas vidas evoluíram, tanto cronologicamente como em suas experiências. Ao olhá-las desfiguradas pelo lusco fusco da madrugada, penso em suas experiências vitais de agora: sonhos, frustrações, esperanças, projetos, realizações etc.

Como se fosse um oratório, carrego-os no coração pedindo que seja mais um dia de realizações e alegrias para cada um deles. Que seja mais um dia no qual o sofrimento e a dor não lhes venham visitar. Que possa receber uma notícia boa sobre o viver de cada um.

Os tempos atuais não permitem realizar aquelas grandes reuniões familiares de antigamente. Cada um deles está num canto diferente. Não existe agenda capaz de suportar um encontro, num lugar, num mesmo dia. Eu me conformo com a reunião que consigo realizar naquele canto da casa. Dessa forma posso visitá-los todos os dias e recordar suas falas, seus andares, suas reações, enfim, suas formas distintas de ser.

Pois é, já faz quase meia hora que estive com todos: que cada um possa tocar normalmente a sua vida hoje: continuarão reunidos no coração todo o dia.

Votos de uma ótima quinta-feira!
DESTAQUE DO DIA

Experiência Religiosa do Coração Aquecido (277 anos)

O dia 24 de maio é marcante para os metodistas de todo o mundo. Foi nessa data que John Wesley teve uma de suas experiências religiosas marcantes, chamada de “A experiência do coração aquecido”. Em seu diário, Wesley registrou o seguinte: “À noite, fui sem grande vontade a uma reunião na Rua Aldersgate, onde alguém lia o prefácio de Lutero à Epístola aos Romanos. Cerca de um quarto para as nove, enquanto ele descrevia a mudança que Deus realiza no coração pela fé em Cristo, senti meu coração estranhamente aquecido. Senti que confiava em Cristo, somente em Cristo, para a salvação; e uma segurança foi-me dada, de que Ele havia perdoado os meus pecados, sim os meus pecados, e salvou-me da lei do pecado e da morte”.

Para muitos, essa experiência é considerada uma conversão religiosa que o levou a se dedicar com mais empenho ao estabelecimento de uma experiência religiosa comprometida com as pessoas, tanto na dimensão da espiritualidade quanto do envolvimento social.  

2 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    linda esta maneira de estar com os amigos. Aprendo com este relato.
    Agradeço também uma palhinha do metodismo,
    attico chassot

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    1. Amigo Attico,

      obrigado pelo teu comentário sempre presente e estimulador.
      Um abraço,

      Garin

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