SEIS DOMINGOS
É domingo e não me peçam para ser sério hoje. Descobri uma
grande injustiça e estou disposto a iniciar uma cruzada para resgatar a igualdade
negada a todos nós. De segunda a sábado contam-se seis dias. Boa parte do
pessoal trabalha de segunda a sábado sem descanso e tem uma folga no domingo. Uma
porção menor trabalha de segunda a sexta e sábado e domingo faz ‘feriado’.
Isso não é justo. Desde a Revolução Francesa lutamos pela
igualdade. Acho mais que justo que todos deveriam trabalhar igualmente de
segunda a sábado, inclusive. Não haveria discriminações entre esses e aqueles e
assim se cumpriria a igualdade, um dos valores mais perseguidos pela humanidade
atualmente. Dedicação igual para todos, fosse intelectual, negociante, burocrático,
político, professor etc. não interessasse a ocupação.
Na mesma direção, é necessário resgatar outra desigualdade que
acomete a todos os que trabalham. Se nos ocupamos seis dias no laborar, devemos
ter direito a seis dias de ócio. Por isso, quero iniciar a minha cruzada pelo
resgate da igualdade dos dias da semana. Trabalharemos segunda, terça, quarta,
quinta, sexta e sábado e então deveríamos folgar seis domingos seguidos.
O primeiro poderia se chamar ‘véspera do domingo’ seria dedicado
ao descanso das atividades da semana. O segundo dia seria dedicado às compras,
arrumação da casa, cuidado do jardim, da horta etc. Esse seria o domingo caseiro.
Depois viria o dia das festas e celebrações assim como aniversários,
casamentos, batizados, formaturas, jogos, esportes e por aí afora. Teríamos o
domingo celebrativo. Depois disso viria o domingo família, no qual todo o mundo
se dedicaria aos seus queridos, sejam da família nuclear ou de pessoas ligadas
por outros laços afetivos. Na sequência, viria o domingo introspectivo, que
seria dedicado aos cultos religiosos, à meditação, à introspecção etc. Finalmente
viria o domingo recreativo, dedicado a descansar dos cinco domingos anteriores.
Depois desses seis domingos voltaríamos a trabalhar normalmente por mais seis
dias.
Assim cumpriríamos o calendário de semana completa com doze
dias, perfeito para as contagens matemáticas, estatísticas, etc. e o mês poderia
ter três semanas de doze dias. O ano teria dez meses e os cinco dias e seis
horas restantes poderiam ser dedicados às festas de ano novo.
Não é que eu esteja querendo trabalhar menos. É só uma questão
de igualdade e justiça em relação aos dias da semana. Seis de trabalho e seis de descanso. Isso seria reivindicar o absurdo?
Preferem continuar mantendo essa injusta desigualdade (6x1)? Não se
envergonham de discriminar o descanso dando-lhes apenas um dia por semana?
Hoje é domingo e não me cobrem seriedade. De mais a mais estou com
a idade avançada e divertir-se é necessário! Quem estiver disposto a entrar
nessa cruzada, votem em mim que defenderei essa proposta no cargo para o qual
for eleito.
Bom domingo!
DESTAQUE DO
DIA
I Concílio de
Niceia (1687 anos)
O Primeiro Concílio de Niceia foi um concílio de bispos cristãos reunidos
na cidade de Niceia da Bitínia (atual İznik, Turquia), pelo imperador romano
Constantino I em 325. O Concílio foi a primeira tentativa de obter um consenso
da igreja através de uma assembleia representando toda a cristandade. O seu
principal feito foi o estabelecimento da questão cristológica entre Jesus e
Deus, o Pai; a construção da primeira parte do Credo Niceno; a fixação da data
da Páscoa; e a promulgação da lei canônica. O Concílio foi aberto formalmente a
20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com
discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com alguns
seguidores, em especial Eusébio de Nicomédia, Teógnis de Niceia, e Máris de Calcedônia,
parecem ter sido os principais líderes. As sessões regulares, no entanto,
começaram somente com a chegada do imperador que abriu a sessão na condição de
presidente de honra e, depois, assistiu às demais sessões, mas a direção das discussões
teológicas ficou com as autoridades eclesiásticas.[1]
[1]
PRIMEIRO CONCÍLIO DE NICEIA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Conc%C3%ADlio_de_Niceia.
Acesso em 19 maio 2012.
Meu caro Garin,
ResponderExcluirsurprrende-me u teólogo querer ir contra a lei Mosaica de maneira tão radical acerca do sétimo dia. Eu advogo a igualdade de tosos guardarmos o preceito de cada uma das tres religiões abraâmicas, quardando a sextá-feria / sábado/ domingo
Um bom saldo do último,
attico chassot
Amigo Chassot,
Excluiré uma outra alternativa, mas acho que vamos ser derrotados em nossos propósitos: a sociedade de consumo não suportaria essa igualdade ou a obediência às determinações das três religiões abraâmicas.
Um abraço,
Garin