sexta-feira, 17 de junho de 2011

JOHN WESLEY


Hoje comemoramos 308 anos do nascimento de John Wesley, em Epworth (Inglaterra). Embora não tenha fundado a Igreja Metodista, foi quem desenvolveu o movimento metodista que, a partir de 1791, depois de sua morte, se transformou em Igreja na Inglaterra. O texto a seguir foi retirado de http://www.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=4, acesso em 16 jun 2011.

“Samuel Wesley não era uma pessoa querida pelos seus paroquianos e, por isso tanto, ele como a família, sofreram alguns ataques violentos. Na noite de 9 de Fevereiro de 1709, deitaram fogo à reitoria. Uma das mais conhecidas histórias sobre John Wesley refere-se ao seu salvamento, quando tinha cinco anos de idade, por um homem firmado nos ombros de outro, pouco antes de o teto ruir. O grito de Susanna "não é este um tição retirado do fogo?" tornou-se uma profecia. O próprio John foi, mais tarde, influenciado pela convicção da mãe de que Deus tinha uma missão especial para ele.

John Wesley viveu na Inglaterra do Século XVII, quando o cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralizante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo. John Wesley pertencia a uma família pastoral, que vivia em Epworth, numa região afastada de Londres. Em seu lar absorveu a seiva de um cristianismo genuíno.

Ao entrar para a universidade, Wesley não se deixou influenciar pelo ceticismo cínico e nem pela libertinagem. Como reação a isso formou. junto com outros poucos jovens, o chamado "CLUBE SANTO". Os adeptos dessa sociedade tinham a obrigação de dar um testemunho fiel da sua fé cristã, conforme as regras da Igreja Anglicana. Eram rígidos e regulares em suas expressões religiosas, no exercício de ordem espiritual e no auxílio aos pobres, aos doentes e aos presos. Por causa dessa regularidade, os demais companheiros da universidade zombavam e ridicularizavam os membros do "CLUBE SANTO" dando-lhes o apelido de "METODISTAS".

Embora cumprisse fielmente a disciplina do "clube", John Wesley não se sentia satisfeito. Durante anos lutou com esse sentimento de insatisfação até que em 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:
"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma meneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".

Para John Wesley, clérico da Igreja Anglicana, esse novo sentir não era como a conversão de um infiel a Cristo. Era um aprofundar na compreensão do que significa ser cristão. O movimento metodista, por muitas décadas não se organizou em igreja. Na Inglaterra o movimento organizou-se em igreja somente pouco depois da morte de John Wesley em 22 de março de 1791. Sendo assim, o fundador do movimento metodista morreu Anglicano, sem nunca ter pertencido à Igreja Metodista.”



Nome: John Wesley
Nascimento:17 de junho de 1703,
Local: Epworth (Inglaterra)
Falecimento: 2 de março de 1791,
Pais: Samuel e Suzana Wesley
 

3 comentários:

  1. Meu caro Garin,
    há que aceitar a tese de Einstein: ‘Deus não joga dados!’.
    Estou completando 4 anos de convívio no Centro Universitário Metodista do IPA. E foi na vigília do aniversário daquele tido como “o fundador do movimento metodista morreu Anglicano, sem nunca ter pertencido à Igreja Metodista” que pela primeira vez assisti o meu colega de disciplina formalmente como Pastor [para mim este blogue é a ‘Voz do Pastor do cotidiana’ a cada dia], na abertura do V Seminário de Pesquisa e Pós-graduação.
    Conhecia há muito o texto de Mateus acerca do sábio que construiu a casa sobre a rocha e do néscio que o fez na areia, mas nunca tivera a contextualização geográfica que densamente ofereceste.
    Aprendo muito na convivência com os metodista que têm comigo uma história de fraterna amizade iniciada há quase beira meio século com nosso conterrâneo comum, o amigo querido Edni (que recebe cópia deste comentário).
    Obrigado por este texto de hoje, que se junta aquela meia grosa que desde março a cada dia me faz reflexivo.
    Com estima e admiração
    attico chassot

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  2. Caro Chassot,

    muito obrigado pelas palavras de apreciação à reflexão que, de improviso, fiz onte à noite. Como diz o ditado popular, há que sempre se ter uma carta na manga do colete.

    Não dá para se dizer, que se Wesley estivesse vivo estaria completando 308 anos hoje, porque ninguém vive todo esse tempo, mas é uma data para a gente comemorar: afinal de contas, essa visão do Evangelho misturada com a educação herdamos do pensamento e prática dele.

    Uma boa sexta-feira!

    Garin

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