sexta-feira, 3 de junho de 2011

O INFINITO

Hoje trago essa imagem para refletir contigo no blog. O céu estava lindo, mas com nuvens bastante densas e por uma fresta, o sol enviava seus raios com muita intensidade.
Acho que nunca esquecerei um pensamento que li na contracapa de um livro de Filosofia. O livro nem era meu e o pensamento estava escrito à mão e dizia, “Nunca esqueças que por trás das nuvens, o sol continua a brilhar!”. Nunca soube se esse pensamento é de autor conhecido ou não. Encontrei um blog que o atribuía, em parte, a Lincoln, mas tenho dúvidas sobre isso. Entretanto, em muitas situações da vida, pensei nesse singelo pensamento.

Olhando para a imagem percebo alguns elementos que me fazem refletir. O pano de fundo é constituído pelo infinito azul que nos trás a sensação de que os limites do universo estão muito além do que se pode imaginar. Um pouco mais próximo, enxergamos a imagem forte do sol iluminando e aquecendo a todos(as). Bem perto, percebemos as nuvens ameaçadoras.
O infinito é como as possibilidades que estão diante de nós todos os dias. Podemos fazer as mais diferentes escolhas, tomar decisões e construir nosso viver. Das escolhas e decisões resultam novas possibilidades que, por si, geram outras escolhas e nos levar a novas decisões. Nossa existência não possui um script e por isso, a cada dia somos livres para assumir o destino que desejamos. É como o infinito – há infinitas possibilidades.

O sol, um pouco mais próximo do nosso planeta, nos lembra que as infinitas possibilidades que o azul do céu nos inspira, tem implicações. Mesmo que tenhamos toda a liberdade para tomar nossas decisões, não somos os únicos que habitam esse infinito. O sol é quem nos ilumina e aquece. Se o tiramos de da imagem, mergulhamos numa escuridão gélida. Assim, antes de fazer nossas escolhas e tomar nossas decisões precisamos considerar o outro(a), aquele que compartilha comigo esse mesmo infinito.

As nuvens, muito baixas e ameaçadoras nos amedrontam, especialmente em dias de tempestades. Nossas escolhas e decisões precisam levar em conta as ameaças e riscos com os quais precisamos conviver cotidianamente. Esquecê-los tornaria nossas escolhas e decisões absurdas.

É verdade, temos um infinito de possibilidades para escolher e decidir, mas necessitamos considerar as contingências de quem anda em sociedade. Além disso, não nos é permitido esquecer as ameaças e riscos do dia-a-dia.

O sol, no infinito, continua a brilhar por trás das nuvens, mas lembremos que  cada um desses elementos é determinante para o nosso existir.

4 comentários:

  1. Muito caro colega Garin,
    dias continuados de céu nublado, nuvens plúmbeas parecem atestar que o sol não está mais. Mas. Que ele existe e existe.
    Mas agora ele deve estar lá para as bandas do Japão e quando ele recém ‘voltar uma vez mais’.... estaremos nos reencontrando para nosso seminário de História e Filosofia da Ciência. Isto é muito bom.
    Até então, com expectativa

    attico chassot

    ResponderExcluir
  2. Caro Chassot,

    a meu blogue de hoje te despertou a veia poética. Uma certeza pelo menos assalta as mentes mais céticas dos humanos: o sol vai continuar no seu ritmo normal, mesmo que, de vez enquando, a gente possa fazer poesia sobre ele.

    Uma boa sexta-feira! Até breve.

    Garin

    ResponderExcluir
  3. Professor Garin,

    Seus textos me fazem companhia e me inspiram.

    Um abraço,
    Rosana

    ResponderExcluir
  4. Olá Rosana,

    em primeiro lugar meu agradecimento pelas tuas visitas ao meu blog. Fico feliz por servir de alguma maneira.

    Um abraço,

    Garin

    ResponderExcluir