sábado, 18 de junho de 2011

STORYTELLING

Quando recebi o convite para participar do V Seminário de Pesquisa e Pós-graduação do Centro Universitário Metodista do IPA, que se desenvolve até hoje na Instituição, me chamou a atenção uma palestra prevista para esta manhã sobre o tema “O Impacto do relatório à Storytelling” que será proferida pelo Prof. Ms. Mário Neto. Confesso meu desconhecimento, pois nunca havia lido, ou ouvido nada sobre essa técnica.

Diante dessa ignorância fui à busca de literatura sobre o assunto. Descobri, grosso modo, que se trata de uma técnica de comunicação envolvendo a contação de história com a finalidade de envolver a o leitor (ou ouvinte) na trama de uma narrativa. Dessa forma, quando o ouvinte se dá conta já está inserido na história, de tal sorte que sua atenção se concentra intensamente no objeto da comunicação. Descobri também, que de certa forma, utilizo essa metodologia em algumas propostas de comunicação que produzo, seja através do texto escrito, seja através da fala (sala de aula, rádio, TV, vídeo etc.). Mais ainda, essa metodologia de comunicação é bastante eficiente para comunicar principalmente ideias. Digo isso não apenas para aquilo que tenho construído em diferentes oportunidades, mas também para as ocasiões nas quais participo como ouvinte de palestras, pregações e outros eventos. Através dessa técnica, a concentração da pessoa é focada no objeto da fala e gradativamente se pode fazer associações com a realidade, criando um campo comum com o ouvinte.

Até essa altura tudo muito bom. Já fiz uso dessa técnica e continuo utilizando-a em muitos momentos comunicativos. Entretanto, o que me causou surpresa é que essa técnica está sendo utilizada nos meios de propaganda com a finalidade de envolver os consumidores para que comprem os produtos anunciados. Justifico a minha surpresa. Para mim, trata-se de uma propaganda subliminar e como consequência, pode levar os consumidores a comprar produtos de que não necessitem e que possivelmente não terão nenhuma utilidade para as suas vidas. Sempre tenho desafiado os meus alunos(as) a refletirem seriamente sobre tudo aquilo que irão consumir. O risco de a pessoa ser envolvida pela propaganda e adquirir um produto simplesmente pelo impulso, aumenta significativamente com o envolvimento provocado pela técnica de storytelling. Diante disso, torna-se cada vez mais necessária a reflexão e a análise sobre cada passo do nosso cotidiano para que a tentação do consumismo, aliada às modernas técnicas de propaganda, não acabem levando a pessoa ao desastre de contrair intermináveis dívidas.

Cuidado com o storytelling aplicado à propaganda de produtos!

Meus votos de um ótimo sábado de reflexão!

4 comentários:

  1. Muito caro Garin,
    tua blogada de hoje catalisa a inércia para vencermos esta neblina que tolda a visão nos faz desejar ficar em casa. Vale ir ao Centro Universitário Metodista do IPA para assistir a palestra “O Impacto do relatório à Storytelling”. Como tu, ficara intrigado com o título, mas não fui suficientemente curioso para fazer tão minuciosa investigação.
    Obrigado.
    Teu alerta final: Cuidado com o storytelling aplicado à propaganda de produtos! Fez-me intrigado.
    Assim, até daqui uns minutos no V Seminário de Pesquisa e Pós-graduação do Centro Universitário Metodista do IPA, que certamente encontrarei no topo do Morro Milenar, mesmo com a neblina. Metodista do IPA.
    attico chassot

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  2. Puxa visa, hien! Esses publicitários são mesmo muito baixos! Fazem de tudo para alcanças os fins que pretendem.
    Tenho estudado muito Piaget e a perspectiva dele é bem Knatina, no sentido de que o fim é sempre o ser humano.
    Lembras que eu também conto história? Diferente dessa técnica meu objetivo é apenas que essas histórias não se percam e nem o ato de contar histórias uns pros outros seja esquecido.
    Beijos.
    Moiara

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  3. Caro Chassot,

    conservo sempre certo cuidado com a propaganda. Parece que há pessoas (e agências) nesse meio que não possuem escrúpulos e fazem de tudo para "empurrar" seus produtos. É claro que a maioria é gente honesta - as excessões é que me causam medo.

    Um abraço,

    Garin

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  4. É verdade Moiara,

    pessoalmente também utilizo essa técnica na comunicação, seja em aulas, seja em outros meios. Parece-me que, na propaganda, é um tanto subliminar.

    Um beijo.

    Pai

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