domingo, 19 de junho de 2011

TUDO A TI

Na noite de quinta-feira, enquanto participava da abertura do V Seminário de Pós-graduação do Centro Universitário Metodista, do IPA o Dr. Rodrigo Costa Mattos, Diretor Presidente da FAPERGS mencionava que as verbas destinadas a Fundação ainda são insuficientes para sustentar todos os programas desejados e que não chegam ao dízimo do que deveria, fazendo uma analogia com o sustento das igrejas que pedem o dízimo dos seus fiéis. Afirmou que essa situação vem melhorando bastante nestes últimos tempos.
Essa comparação me remeteu a um assunto muito comentado, nas igrejas e fora delas. Quando se fala em sustento da obra de Deus quase sempre se arma um debate. De um lado estão os defensores do Dízimo, equivalente a dez por cento sobre os ganhos da pessoa. De outro, os defensores da Contribuição Espontânea, ou seja, cada um dá aquilo que o seu coração indica.
Nada disso corresponde ao desejo de Deus. Aqueles que oferecem o Dízimo dão apenas uma parte dos seus ganhos e isso é muito pouco. Aqueles que destinam uma contribuição também é igualmente pouco.
Quando o Filho de Deus aceitou o Calvário não destinou apenas dez por cento e tampouco fez uma contribuição espontânea. Ele espontaneamente entregou tudo o que era e o que possuía.
Caso consagremos o dízimo, o que vamos fazer com o restante dos nossos recursos e dos nossos dons? A mesma coisa se aplica às pessoas que fazem contribuições espontâneas.
Tudo o que temos e somos, para nós cristãos(ãs), é dom de Deus, portanto, também devemos consagrar-lhe tudo. Não temos o direito de reservar uma parte para o Deus e fazermos o que bem entender com o restante, pois é nesse restante que ‘mora o perigo’ de nossas vidas.
Deus só aceita se for cem por cento, a totalidade dos dons, a totalidade dos talentos, a totalidade dos bens, a totalidade dos recursos. Menos que isso é mesquinharia. Seu Filhoo se entregou por porcentagens ou por contribuição espontânea.
Falamos isso em relação ao sustento da obra de Deus, diferente do que seria o sustento de comunidades (igrejas). Entretanto, essa precisa ser a lógica para todas as causas. Quando me dedico à obra da Educação, por exemplo, não posso me dedicar por partes: ou me entrego a essa missão ou não faço educação. É inadequado se dedicar (consagrar) por partes – ou é tudo, ou é nada!
Votos de um bom Domingo da Trindade!


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MESTRADOS NO IPA
Aproveito a oportunidade desse blog para divulgar os mestrados do Centro Universitário Metodista, do IPA, onde trabalho como professor. As inscrições estarão abertas até 30 de junho. Para realizar a inscrição, o(a) candidato(a) deve preencher o Formulário disponível no portal institucional: http://www.metodistadosul.edu.br/mestrado/reabilitacao_inclusao/inscricao.php?curso=ri

2 comentários:

  1. Meu caro colega Garin,
    primeiro obrigado pela distinção que teu blogue confere ao meu Ciências através dos Tempos, trazendo sua capa na abertura de teu blogue. Se vaidade ainda for pecado, catalisaste meu pecar. Em compensação lembras-me que hoje é o domingo da Trindade, que sempre remete a dúvida agostiniana. Quanto ao dizimo, tive certa indignação com a comparação (marcar a ação das igrejas como pedintes) ao ouvir na noite de quinta-feira o diretor presidente da Fapergs.
    Um frutuoso domingo trinitário
    attico chassot
    http://mestrechassot.blogspot.com

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  2. Caro Chassot,

    pode ser que a comparação não seja muito adequada, mas foi o próprio palestrante quem mencionou o dízimo. Considerando a dedicação de quem trabalha com a pesquisa com quem se dedica ao trabalho sagrado, acho que encontramos um paralelo, afinal de contas, ambos estão no mesmo nível.

    Bom domingo,

    Garin

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