domingo, 22 de janeiro de 2012

Deus de pedra

ANO 01 – Nº 317

A antiguidade estava povoada de deuses de pedra, cerâmica e madeira. As divindades eram associadas aos feitos heróicos de seus exércitos. Reis e imperadores proporcionavam pedestais e santuários luxuosos para acolher seus ídolos. Fazia parte da ação estratégica dos mesmos, manter um grupo de sacerdotes e sacerdotisas que se encarregavam de dar uma interpretação teológica aos atos dos governos. Os reis sabiam muito bem, que leis e decretos anunciados pela boca de sacerdotes eram mais bem aceitos pelo povo. Era, pois, neste contexto de dominação que se estabeleciam os deuses de pedra.

Desde a sua organização, no século XII a.C., o povo de Deus virou as costas para os deuses de pedra (Js 24.23-24). Sabiam como tais divindades eram utilizadas para explorar a boa fé das pessoas. Sabiam também, que estes ídolos não faziam nada, pois não passavam de madeira, argila ou pedra. Desde o início, confiaram no Deus eterno, invisível, poderoso e presente em todos os lugares que atendia pelo nome de Javé.

Entretanto, houve o momento da revelação da face do amor de Deus. Esta face apareceu na pessoa de Jesus. Esse Deus eterno não era uma divindade distante, mas próxima, capaz de sentir as dores humanas. Quando o relato bíblico o descreve como cansado e sedento, sentado à beira de um poço, permite entender como esse Deus é e como quer se fazer conhecido: um Deus-pessoa, que sua, que cansa, que chora, que se angustia, que sofre, bem assim como os humanos. Apresenta-se como aquele que está onde cada pessoa está e alcança o ser humano com sua graça e com seu poder.

Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.  Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. (Jo 4.6-7)
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de Bacon (451 anos)

Francis Bacon nasceu em Londres a 22 de janeiro de 1561 e morreu na mesma cidade a 9 de abril de 1626. Foi um político, filósofo e ensaísta inglês, barão de Verulam, visconde de Saint Alban e considerado fundador da ciência moderna. Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns. Sucessivamente, durante o reinado de Jaime I, desempenhou as funções de procurador-geral (1607), fiscal-geral (1613), guarda do selo (1617) e grande chanceler (1618). Em 1621 foi acusado de corrupção. Condenado ao pagamento de pesada multa e proibido de exercer cargos públicos. Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo. Sua principal obra filosófica é o Novum Organum.[1]




[1] FRANCIS BACON (FILÓSOFO). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Francis_Bacon_(fil%C3%B3sofo). Acesso em 21 jan 2012.

2 comentários:

  1. Muito estimado colega Garin,
    abandono os deuses de pedra e associo-me a homenagem que fazes a um dos ícones da História e Filosofia da Ciência: Francis Bacon.
    Deles temos 'o Método Científico'.
    Um bom domingo,
    attico chassot

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    1. Caro Chassot,
      que os deuses de pedra continuem amontoados nas colinas ao redor de Siquém, depositados pelos líderes das tribos dos filhos de Abraão e que os contemporâneos deuses não nos seduzam e roubem nossa liberdade.

      Um abraço,

      Garin

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